Pois sempre o coração tenho turbado, Qu' em contino receio Amor me manda; Qu'em meus olhos abrio quem nos seus anda, O sol sereno e puro, Que no formoso rosto resplandece, Do triste esquecimento, não parece; Mude-se por meu damno a natureza; A Fortuna inconstante ache firmeza; Mas eu firme estarei no qu'emprendi. NOTA S. Pag. 4. V. 4. Que rompesse os Mahometicos arnezes] Faria e Sousa. Rompessem os Mahometicos arnezes] 3a ed. A primeira lição he viciosa, a segunda correcta; e por isso e por ser mais antiga a adoptámos. P. 14. V. 24. Ha de acabar o mal destes amores.] Todas as ed. Mas o vício he manifesto, porque a tenção, desacompanhada da obra, nada póde acabar. Corrigimos: Mas se vossa tenção com minha morte He de acabar o mal destes amores etc. P. 29. V. 13. Mas em vão não vereis, porque vereis] Faria e Sousa. Mas em vão não vireis, porque achareis] 3a ed. Adoptámos esta lição, que he a do poeta. P. 30. V. 10. O pensamento da aspereza vossa] Faria e Sousa. O pensamento e a aspereza vossa] 3a ed. Porque rejeitaria Faria e Sousa esta lição? ou que entenderia elle por pensamento da aspereza? Seguimos a lição antiga, que he a verdadeira. P. 34. V. 7. Pois a parte maior do entendimento] Faria e Sousa. Pois a parte melhor do entendimento] 3a ed. Adoptâmos a lição antiga, porque por parte maior, se entende a maior porção. P. 34. V. 9. Se em teu valor contemplo a melhor parte] Faria, e 3a ed. Mas he vicio, porque o poeta acaba dizer a que melhor parte do entendimento se vê perdida |