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Nossa situação e a de todo o brazileiro honrado é a mais critica possivel; o Brazil se desmorona e cahe em ruinas. Eu seria demasiado extenso, se tentasse descrever o nosso estado; seu mano contar-lhe-ha por miudo as desgraças de nossa patria; e como bom cidadão terá de sentil-as.

Adeus, meu caro; viva mais feliz e tranquillo do que eu; dê-me sempre as suas ordens, emquanto me souber em vida, e persuada-se da sincera estima e cordeal veneração que tributa

A V. S.

Rio, 25 de Maio de 1833.

Seu am. certo e sempre lembrado

M. F. RIBEIRO D'ANDRADA.

mo

Ill.mo e Ex. Sñr. Antonio de Menezes de Vasconcellos Drummond. Pela sua carta, em data de Setembro, venho ao conhecimento de achar-se V. Ex." em Lisboa, e residente em um paiz theatro de centenas de desordens, e por isso não appetecivel. Agradeço o offerecimento de seus serviços, e desde já o acceito, encarregando-o da entrega com segurança da carta inclusa. Julgo superfluo fazer a V. Ex. um igual offerecimento, porque conhece a constancia do meu procedimento, e por isso não póde duvidar de que de longo tempo dispõe da minha vontade como propria.

Gabriella agradece os seus respeitosos cumprimentos, e lh'os retribue com identicos; e os meus dois pequenos, nunca olvidados do amor com que OS tratava, o abraçam cordialmente.

Resta-me renovar-lhe os antigos protestos da consideração e estima com que fui, sou e serei eternamente

Santos, 28 de Dezembro de 1838.

De V. Ex.

Patricio honrado e velho amigo,

MARTIM FRANCISCO RIBEIRO D'ANDRADA.

P. S. Espero se não descuide de obter a certidão de uma pensão, que foi concedida a meu presado irmão José, hoje fallecido, na volta da sua viagem, sobre a qual seu irmão extensamente lhe escreveu por pedido meu.

Am. e Sñr. Menezes.

da carta que se dirigia a actual do Brazil, pelo le

Agradeço a sua lembrança e respondo á parte mim. Só crianças é que podem esperar, no estado vantamento do interdicto, que por aqui nos tem: desenganemo-nos; nós não podemos voltar se não quando o monstro ou tiver consolidado o seu despotismo, ou tiver sido botado fóra do paiz; qualquer d'estes casos pede bastante tempo, logo é loucura contar com o nosso prompto regresso; mas no caso de verificar-se, e consolidar-se o despotismo no Brazil, qual é o brazileiro livre e que trabalhou pela reforma e felicidade de seu paiz, que queira voltar a elle? Não me obriga a rir sómente o Pedra-branca; todos os novos grandes do novo Imperio fazem rir; são de certo inferiores aos grandes do Rei Christophe. Basta por ora: o amigo Rocha acceite esta por sua; recommende-me a seu Mano, ao Innocencio e Juvencio, e por ultimo o coração saudoso de

Seu am.

M. F. R. D'ANDRADA.

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