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« alguns exemplares, sendo todos destinados pelo editor para brin<« dar com elles as pessoas de sua amisade, e outras a quem quiz << obsequiar.

« A traducção da Ode de Dryden (não as outras) appareceu « passados annos reproduzida na Mnemósine Lusitana, tomo II, « 1817, pag. 312, com a propria Advertencia preliminar do edi

<<< tor. >>

O catalogo dos livros da bibliotheca do conde da Barca, á pag. 106, reza o seguinte:

« 1.135) Ode de Dryden para o dia de Santa Cecilia. Tra«duzida em Portuguez com o original ao lado. 1 vol. 4.° bro«< ch. 320. »

<< 1.136)-Idem, 1 vol. 4.° broch. 320. »>

A Bibliotheca Nacional possue dois exemplares d'este folheto: d'esses exemplares o primeiro tem uma capa de papel azulado, e na folha anterior d'ella traz, na 1.a pagina, em cima perto do canto superior esquerdo, as lettras (C. B.) escriptas á tincta, e no canto inferior esquerdo o n. 1135 manuscripto á tincta sôbre um pequeno rotulo de papel branco; no verso d'essa mesma folha anterior da capa o Ex-Libris n. 2 do conde da Barca, no qual está escripto a lapis dentro de um parallelogrammo o n. 1135 ; e no alto da 1.a pagina vem reproduzido o mesmo numero tambem escripto a lapis e do mesmo modo que no Ex-Libris: é portanto este exemplar o descripto no catalogo dos livros da bibliotheca do conde da Barca sob o n. 1.135.

á

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N'este exemplar nota-se o seguinte: pag. 2 do folheto, a segunda palavra da penultima linha está emendada em lettra manuscripta á tincta, a saber, as ultimas lettras -çoens- riscadas e substituidas por çoens- escriptas em cima; á pag. 19 do folheto, (Ode de Dryden, verso 9), a palavra inseplutos- tem as lettras lu- inutilizadas por traços e substituidas pelas lettras -ul-manuscriptas á tincta em cima, devendo portanto ler-se insepultos e não inseplutos-; á pag. 21 do folheto, (Ode de Dryden) na linha 3 da nota, a palavra -Englarg'd- tem o primeirog eliminado por um traço vertical, e na linha 4 da mesma nota as duas ultimas lettras --th- da palavra —lenth

estão substituidas pelas lettras —gth— manuscriptas, cobrindo as duas impressas; á pag. 27 do folheto, (Ode de Gray sobre o progresso da Poesia) no 10.° verso da estrophe I. 1. a lettra—0— que vem depois da palavra-Reino está emendada e substituida por um e-, manuscripto á tincta cobrindo o -o-, de sorte que, segundo a emenda, o verso deverá ficar assim composto :

-

« Reino; e ora vae furiozo, debruçado ».

tendo a traducção d'estes quatro opusculos sido feita, segundo Trigoso e Innocencio F. da Silva, em numero de versos egual ao dos originaes, como se-verifica cotejando os d'estes com os d'aquella, e não havendo na traducção da estrophe III. 3. da Ode de Gray sobre o progresso da Poesia, á pags. 37 e 39 do folheto, mais que 16 versos, quando ha no original 17, segue-se que existe falta de um verso por erro typographico: ésta falta porêm está supprida no exemplar, de que nos-occupamos, pela intercalação em manuscripto por lettra do proprio traductor, entre os dois versos (4.° e 5.o).

« Termos devolve, e imagens mil viventes.
O lira divinal! que genio ouzado »

de mais outro,

« Mas ah! ja não respira »

escripto á margem direita, e correspondente ao verso original

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A'

« But ah! 'tis heard no more- »;

pag. 39 do folheto, (na mesma Ode de Gray sobre o progresso da Poesia) em cima das palavras-certo irá voando- do 7.° verso lê-se -hade ir sempre em manuscripto á tincta por lettra do traductor, sem signal de chamada, nem traço sôbre as palavras substituidas entretanto parece que a variante deve ficar assim composta,

«E hade ir sempre voando, porque fóra ».

Finalmente por baxo do ultimo verso da mesma pagina 39 do folheto e dicta Ode de Gray sobre o progresso da Poesia

« Que perto existe o bem, mas longe o grande, »

lêem-se as duas seguintes variantes, precedidas do signal X

<< Bem q abaixo do bom além do grande

« Aquem do bom, mas muito além do grande »>

manuscriptas a tincta por lettra do conde da Barca. Ainda que o ultimo verso não traga o signal de chamada correspondente, bem se-vê que as duas variantes são concernentes a elle.

O segundo exemplar d'estas traducções, que possue a Bibliotheca Nacional, formava tambem um só folheto, como se-deduz dos restos do papel azulado da capa antiga, identico ao da do primeiro exemplar, existentes no rosto da 1. folha da Ode de Dryden e no verso da ultima (em branco) da da Ode de Gray vendo ao longe o Collegio de Eton; mas hoje acha-se enquadernado com outros opusculos em um volume com o titulo Miscellanea, vol. 10. As quatro Odes estão numeradas na primeira pagina de cada uma d'ellas com dois numeros de ordem differentes, a saber, 199-202 correspondentes ao logar que ellas occupavam em outra collecção, de que foram desentranhadas, e hoje inutilizados por traços horizontaes, e 1-4, que são os concernentes a este volume, como se-vê do Indice manuscripto, que vem em principio d'elle.

Será este o folheto descripto no Catalogo dos livros da bibliotheca do conde da Barca sob o n. 1.136? Ainda que elle não traga, como o antecedente, o n. 1.136 escripto a lapis dentro de hum parallelogrammo na 1. pagina da Ode de Dryden, inclinamo-nos a crer que o-é, á vista das apostillas manuscriptas por lettra do conde da Barca, que n'elle se-lêem. Seja porem como fôr, eis

o que ha de notavel n'este exemplar :

As palavras Observaçons

:

á pag. 2, inseplutos- á pag. 19, e-Englarg'd— e —lenth- á pag. 21 da Ode de Dryden estão emendadas do mesmo modo que no 1.° folheto;

na Ode

de Gray sobre o progresso da Poesia (pag. 27 do folheto, e verso 10) a lettra―o, que vem depois de Reino ;-, não está emendada e substituida por um e-; o verso portuguez (pag. 37 do fo heto, estrophe III. 3.) correspondente ao original

é

« But ah! 'tis heard no more

« Mas ah! calou-se a li..... »

(ra? as ultimas lettras faltam, por terem sido eliminadas no acto de aparar-se a margem), manuscripto á tincta por lettra do traductor,

e não

« Mas ah! ja não respira; »>

O verso 8.o da pagina 39 do folheto

« E certo irá voando, porque fóra »

não traz a emenda hade ir sempre ; — e e finalmente o ultimo verso da traducção n'essa mesma pagina não traz as duas variantes do primeiro exemplar :

2. « 419) Traducção da Elegia de Gray, composta no cemiterio de uma igreja d'aldea. Em um folheto de 4. gr. similhante ao antecedente; foi publicada pelo mesmo editor, quasi pelo mesmo tempo. E' egualmente mui rara. Eu a fiz inserir em 1841 no Ramalhete, Jornal de Instrucção e Recreio, e sahiu no tomo IV á pag. 359 com varias incorrecções typographicas, que escaparam ao revisor. >> (Innocencio F. da Silva, Diccionario bibliographico portuguez).

Mr. Ferdinand Denis accrescenta ao que precede que ésta traducção foi impressa em Hamburgo.

A Biblotheca Nacional não possue exemplar algum d'essa tra ducção, nem nunca o-vimos alhures.

3. « 420) Resposta, ou refutação da Carta de um Vassallo no«bre ao seu Rei attribuida ao Marquez de Penalva Fernando Telles << da Silva. Esta resposta, que parece ter sido originalmente es«cripta em francez, appareceu traduzida e publicada sem o nome de << seu auctor no Investigador Portuguez numero XXXXI (Junho de

1814) pags. 690 a 695. Depois foi impressa junta com a pro« pria carta do Marquez, e com uma segunda resposta ou refutação « d'esta, feita por José Agostinho de Macedo, formando tudo um « folheto de 65 pag. em 8.o, com o titulo de Carta de um vassallo « nobre ao seu Rei, e duas respostas á mesma, nas quaes se prova

« quaes são as classes mais uteis do Estado. Lisboa, na Typ. Rol<< landiana 1820. Todas as trez peças vem ahi anonymas. A de << Antonio de Araujo começa á pag. 16 e finda á pag. 28. » (Innocencio F. da Silva, Opere citato.)

O Investigador Portuguez, no dicto numero, diz a este respeito o seguinte, á pag. 685: « Revolvendo os papeis da nossa correspondencia, entre elles achamos um com o titulo seguinte: << Carta de um Vassallo Nobre ao seo Rey; e logo adiante ou« tro, escripto em Francez, que dizia: Reponse á la lettre du

« Marquiz de Penalva. Par un Portugais attaché à Son Souve« rain. ... etc. »: vem depois, no fim da mesma pagina, a Carta de hum Vassallo Nobre ao seo Rey, continuada até a pag. 690, em que finda, começando logo abaxo a Resposta á Carta do Marquez de Penalva, por um Portuguez amigo do seo Soberano. Traduzida do Original Francez, que vae até a pag. 695. Logo abaixo diz o redactor: « Temos outra Resposta, escrita em Portuguez dada á << mesma carta acima transcripta;...... etc. » promettendo publicala no numero seguinte. Não conhecemos essa segunda resposta por não ter a Bibliotheca Nacional a continuação do Investigador alem do n. XXXVI, nem tão pouco o folheto, de que falla Innocencio F. da Silva.

4). Memoria em defeza de Camões contra Monsieur de la Harpe, inserta no tomo VII, pags. 5-16 das Memorias da litteratura portugueza, publicadas pela Academia Real das Sciencias de Lisboa. Temos ésta memoria.

5 « 422) Representação a elrei D. João VI, feita no Rio de <«< Janeiro, em que defende os actos do seu ministerio, queixando«se do Conde de Linhares, então ministro, e de seu irmão o Conde « do Funchal, embaixador em Londres. Esta representação só <«< viu a luz no fim de alguns annos e já depois da morte de Araujo, «publicada no Campeão Portuguez em Londres, vol. I pag. 266, << em um artigo de correspondencia assignado « Vindex »; dando << motivo a que em breve apparecesse uma extensa confutação com o titulo seguinte: Resposta publica á denuncia secreta, que tem por « titulo « Representação que a S. M. fez Antonio de Araujo do

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