Camões: estudo historico-poetico liberrimanente fundado sobre um drama francez dos senhores Victor Perrot, e Armand du Mesnil, Volumes 1-3

Voorkant
Typ. da Sociedade typograhica franco-portugueza, 1863

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Pagina 218 - Queria perdoar-lhe o Rei benino, Movido das palavras, que o magoam; Mas o pertinaz povo e seu destino (Que desta sorte o quiz) lhe não perdoam. Arrancam das espadas de aço fino Os que por bom tal feito ali apregoam.
Pagina 219 - Assi como a bonina , que cortada Antes do tempo foi , candida e bella , Sendo das mãos lascivas maltratada Da menina , que a trouxe na capella , O cheiro traz perdido , ea cor murchada ; Tal está morta a pallida donzella, Seccas do rosto as rosas, e perdida A branca e viva cor, co'a doce vida.
Pagina 215 - É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma um fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao céu voando, num'hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar unrhora.
Pagina 217 - Naquele engano da alma, ledo e cego, Que a Fortuna não deixa durar muito, Nos saudosos campos do Mondego, De teus formosos olhos nunca enxuito, Aos montes ensinando e às ervinhas O nome que no peito escrito tinhas.
Pagina 217 - Príncipe ali te respondiam As lembranças que na alma lhe moravam, Que sempre ante seus olhos te traziam, Quando dos teus fermosos se apartavam; De noite, em doces sonhos que mentiam, De dia, em pensamentos que voavam.
Pagina 206 - Aqueles sós direi que aventuraram Por seu Deus, por seu Rei, a amada -vida, Onde, perdendo-a, em fama a dilataram, Tão bem de suas obras merecida.
Pagina 218 - Ante o Rei, já movido a piedade; Mas o povo com falsas e ferozes Razões á morte crua o persuade.
Pagina 217 - Principe alli te respondiam As lembranças que na alma lhe moravam ; Que sempre ante seus olhos te traziam, Quando dos teus formosos se apartavam De noite em doces sonhos que mentiam, De dia em pensamentos que voavam ; E quanto em fim cuidava, e quanto via, Eram tudo memorias de alegria.
Pagina 218 - Crendo co'o sangue só da morte indina Matar do firme amor o fogo aceso. Que furor consentiu que a espada fina Que pôde sustentar o grande peso Do furor mauro, * fosse alevantada Contra uma fraca dama delicada?
Pagina 218 - Para o avô cruel assim dizia: 5; já nas brutas feras, cuja mente Natura fez cruel de nascimento, E nas aves agrestes, que somente Nas rapinas...

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