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Vamos concluir esta já demasiadamente longa nota genealogica e litteraria.

Um trabalho d'estes não tem presumpções de litteratura; nem podia tel-as.

Cerrando o nosso estadio, esculpiremos na meta um voto: que no futuro, ao folhearem-se as percorridas memorias de tantos benemeritos, possa apparecer entre elles, senão com gloria ao menos sem deslustre, o nome do mais obscuro d'elles todos, o humilde nome de

Abril de 1864.

JULIO DE CASTILHO.

Lista das obras que consultei para
o presente estudo

1 Camões, drama, 1.a edição.

2 Ensaio biographico, critico, por José Maria da Costa e Silva.

3 Noticia historica e descriptiva do mosteiro de Belem, por F. A. de Varnhagen (saiu anonyma). 4 Diccionario bibliographico portuguez, por Innocencio F. da Silva.

5 Chronica d'El-Rei D. Sebastião, por D. Francisco Manuel de Mello.

6 Theatro genealogico, por D. Tivisco de Nasao Zarco e Colonna.

7 Distribuição dos empregos dos academicos. Mem. da Acad. R. de Hist. vol. de 1721.

8 Cat. dos Dep. do Cons. ger. da Santa Ing., etc. pelo Padre Fr. Pedro Monteiro. Ibid.

9 Noticia geral das Santas Inquisições d'este Reino e suas conquistas, etc., pelo Padre Fr. Pedro Monteiro. Ibid. vol. de 1723.

10 Catalogo dos Bispos da igreja de S. Salvador da cidade de Angra, elc., por D. Antonio Caetano de Sousa. Ibid. vol. de 1722.

11 Catalogo dos Bispos de Leiria, etc., por Caetano José da Silva Sottomaior. Ibid.

12 Catalogo chronologico dos Collegiaes e Porcionis

tas do Collegio de S. Pedro, etc., pelo Dr. ́Manuel Pereira da Silva Leal. Ibid. vol. de 1725.

13 Catalogo dos religiosissimos DD. Abbades do antigo mosteiro de Santa Maria de Guimarães, etc., e dos illustrissimos DD. Priores do mesmo mosteiro, etc., pelo Bacharel Francisco Xavier da Serra Crasbeck. Ibid. vol. de 1726.

14 Memorias do Collegio Real de S. Paulo da Universidade de Coimbra, etc., por D. José Barbosa. Ibid. vol. de 1727.

15 Elogio do Padre Jeronymo de Castilho, pelo Marquez de Valença. Ibid. vol. de 1730.

16 Jornada de Africa, etc., por Hieronimo de Mendoça.

17 Nobiliarchia portugueza, etc., por Antonio de Villas Boas e Sampaio.

18 Familias de Portugal tiradas dos melhores nobi

VOL. 3.

liarios, etc., por Jacintho Leitão Manso de Lima. Ms. da B. N. de Lisboa — C.

19 Nobiliario genealogico das familias illustres de Portugal, por... Ms. da mesma Bibliotheca C-2-4.

20 Thesouro da nobreza das familias gentilicas do Reino de Portugal, por Fr. Manuel de Santo Antonio, etc., Ms. da mesma Bibl.

21 Nobiliario de familias illustres de Portugal, composto por D. Rodrigo da Cunha, com annotações de D. Francisco de Menezes, Conego em Evora. Ms. da mesma Bibl.— Ċ — 1 — 32. 22 Diccionario de Moreri, em hespanhol, traducção de D. José de Miravel e Casadevante. 23 Les Arts en Portugal, lettres adressées à la Société artistique et scientifique de Berlin, par le Comte A. Raczynski.

24 Vozes saudosas da eloquencia, do espirito, do zelo,

e eminente sabedoria do Padre Antonio Vieira, da Companhia de Jesus, etc. etc., tudo reverente dedica ao Principe N. S. o Padre André de Barros, etc.

25 Bibliotheca Lusitana, Historica, Critica e Chronologica, etc., por Diogo Barbosa Machado. 26 Chronica de los Principes de Asturias y Cantabria, etc., su autor el Padre Predicador Fray Francisco Sota de la Orden de San Benito, etc. 27 Noticias chronologicas da Universidade de Coimbra, por...

28 Historia genealogica da Casa Real, por D. Antonio Caetano de Sousa.

29 Chronica de Cister, por Fr. Bernardo de Brito.

30 Dictionnaire historico-artistique du Portugal, pelo Conde A. Raczynski.

31 Corographia portugueza e descripção topographica do famoso Reyno de Portugal, etc. etc., por Antonio Carvalho da Costa.

32 Arvores de Costado e apontamentos genealogicos de varias familias portuguezas, por Gregorio de Freitas. Ms. Tres vol.

etc. etc. etc.

J. DE C.

-ILHARGAS DE REIS

(Tomo 1 pag. 63, linha 16-Ingreme é em verdade a facção a que me abalanço !-Pag. 65, linha 20-Heis-de ser vice-rei, senhor D. Martim.-Pag. 82, linha 3-Apresento-vos, senhor Luiz de Camões, a minha esposa.-Pag. 156, linha 19 Neste pergaminho, firmado do proprio punho d'El-Rei Catholico, meu Senhor, verá V. S., senhor Camara, que S. Magestade o tem em conta de leal amigo, e como tal o préza, e lhe fará mercê, continuando V. S.a a auxiliar, como até agora, as suas traças.-Pag. 181, linha 19-É o Martim de Freitas da deslealdade.)

Não sei se me haverá Deus de tomar contas por ter levantado falsos testemunhos ao famoso Escrivão da Puridade, Martim Gonçalves da Ca

mara, quando o dei parcial de Castella, e inimigo solapado do rei e do reino. Se no dia de juizo se admittissem coarctadas, uma tenho eu que seria muito para receber, scilicet: que não foi em processo d'historia que o eu capitulei por traidor, mas só em uma fabula dramatica; genero a que nunca nenhum desalmado se lembraria de ir procurar documentos, nem para queimar em estatua, nem para canonisar a quem quer que fosse. E se, pondo-se-me réplica de que não obstante ser em fabula dramatica, e seculos apoz, maliciosamente lhe attribui malicias, me fosse ainda consentido o triplicar, diria que em minha consciencia de jurado, á mingoa de provas directas e concludentes, havia uma quasi certeza da insigne ruindade do sujeito, e uma valente presumpção d'intenções suas secretas e damnadas contra El-Rei, a corda, e o estado; e tudo isto, pelo que eu colhi d'uma testemunha contemporanea d'elle, varão de grande fé, insigne em lettras e virtudes, temente a Deus, conselheiro leal de principes, amante e zelador de sua patria; tal é o bispo de Silves D. Jeronymo Ozorio, appellidado dos eruditos o Cicero Portuguez; o qual, dos dois Gonçalves da Camara, Luiz e Martim, o confessor e o ministro de D. Sebastião, fez o seu Verres, e o seu Catilina.

Peza-me não poder, para minha cabal defensa, chamar para aqui inteira a sua carta agro-doce, escrita em portuguez, e portuguezmente, ao Luiz Gonçalves, carta de tanto maior pezo, além de todas as outras razões, quanto maior é o desa

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