Pagina-afbeeldingen
PDF
ePub
[blocks in formation]

Cartas de J. P. Ribeiro ao Arcebispo Cenaculo 9, 33, 68, 90, 107, 120

[blocks in formation]

Relação dos mss. mais notaveis existentes na bibliotheca Penalva 104

..

Satyra da perda da nacionalidade portugueza em 1580.........
Signo do Leam Terrestre pera instrucção de Princepes..

109

37

..........

PORTUGUEZA

Vol. 1.°

Janeiro de 1879

0

N.° 1

0 Boletim de Bibliographia Portugueza publica-se uma vez mensalmente. Cada numero se compõe de dezeseis paginas em formato de oitavo maximo. Doze numeros formam um volume. Só se admittem assignaturas para doze numeros (um volume), cujo pagamento deve ser feito adiantadamente.

Preço de cada volume, tanto para Portugal como para fóra, 15500 réis. O escriptorio da redacção e administração é na villa da Louzan (correio de Coimbra), para onde deve ser dirigida toda a correspondencia relativa a esta publicação.

DUAS PALAVRAS

De ha muito que entre os poucos bibliophilos do nosso paiz era geralmente sentida a falta de um jornal de bibliographia, modelado por alguns dos que vêem a luz na França, na Belgica e na Allemanha; mas, apezar de se reconhecer essa falta, ninguem até hoje tinha tomado sobre si o encargo de preenchel-a.

Principiamos hoje a publicação d'um jornal d'esta indole, certos de que não passará d'um ensaio, julgando-nos muito felizes se conseguirmos sustental-o um anno. Fica d'esta forma á disposição dos amigos dos livros, com cuja dedicada collaboração contamos, um pequeno periodico, que, sem nada prometter, se esforçará comtudo por se tornar interessante e curioso, como repositorio de noticias bibliographicas.

Não nos falte a cooperação dos bibliophilos, que a boa vontade é de sobra no redactor.

(F. T.)

ANALECTA BIBLION

I

Uma Carta de Sá de Miranda

Quem examinar certos livros, que, a primeira vista, parecem ter apenas uma importancia secundaria, nem sempre dará por malbaratado o tempo que n'isso empregar.

Quantas novidades, quantas surprezas para os verdadeiros bibliophilos, não são frequentemente os resultados destas indagações? Pelo que nos respeita, se algumas vezes nada colhemos, que valha uma simples nota, muitas mais temos descoberto verdadeiras curiosidades, e noticias de interesse para a nossa historia bibliographica e litteraria, que bem longe estavamos de suppôr que existissem em certos livros. Encetamos hoje n'este jornal e subordinados á epigraphe geral de Analecta biblion, uma serie de artigos nos quaes, passando em revista algumas obras escriptas em diversas linguas, reuniremos o que nellas encontrarmos de immediato interesse para a nossa bibliographia e litteratura.

Daremos a primasia a um livro, onde, se nos deparou uma peça poetica em quintilhas do nosso celebre poeta Dr. Francisco de Sá de Miranda que julgamos desconhecida, pois, alem de a não acharmos incluida nas edições geraes e parciaes das obras deste poeta, que temos á vista, e que são as de 1804 (reproducção da primeira, Lisboa por Manuel de Lyra, 1595), a de 1677 Lisboa á custa de Antonio Leite, e a de 1784 feita pelo edictor Rolland (copia da de 1614, Lisboa por Antonio Alvares e augmentada com as comedias), tambem della não encontramos menção alguma no trabalho mais completo que possuimos acerca de Sá de Miranda, e da sua eschola, que faz parte da Historia da litteratura portugueza do erudito professor do curso superior de lettras Sr. Dr. Theophilo Braga, o qual nada deixou de approveitar do que encontrou acerca da nossa historia litteraria. Vamos descrever o livro, e depois transcreveremos fielmente a poesia, e os commentarios a cada uma das quintilhas ;

Brazão

d'armas

aberto em

chapa de metal

Año. M.D.C.XLII

1 Este escudo é diverso do que se encontra á frente da Vida de Ma-

nuel Machado de Azevedo, escripta pelo Marquez de Montebelo Felix
Machado da Silva Castro Vasconcellos, e impressa em Madrid, por Pedro
Garcia de Paredes, 1660, 4.°, sendo este o de que usaram os Machados
depois da reforma de D. Manuel, e que consiste em cinco machados de
prata com os cabos de ouro, postos em santor, em campo vermelho: tim-
bre, dois machados em aspa, atados com torçal vermelho, e compondo-se o
de que se falla no texto (que é o primitivo) de tres machados postos em
roquete, em campo vermelho, com nove torres em orla, e por timbre dois
machados em aspa.

As que traz A. de Villas Boas Sampaio, na Nobiliarchia Portugueza,
differem um pouco das descriptas em primeiro logar, porque diz que a côr
do torçal que ata os machados do timbre, é verde. Os heraldicos saberão
de que lado está a verdadeira côr, ou se ambos são genuinos, o que tambem
pode dar-se.

..

« VorigeDoorgaan »