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ginal não só os Lusiadas, mas as poesias lyricas do Poeta, como se vê dos versos dirigidos a uma senhora, a qual brindou com um exemplar das Obras de Camões.

DR. JOHN BLACK

(1810)

THE LIFE OF TASSO, WITH AN HISTORICAL AND CRITICAL ACCOUNT

OF HIS WRITINGS, BY JOHN BLACK. EDINBOURG, 1840. 2 VOL. 4.o

Na sua vida de Torquato falla em Camões, e pretende provar que o Poeta italiano não foi imitador do Poeta portuguez, e julga que só teve conhecimento do Poema de Camões pela versão hespanhola de 1580. Não me parece esta asserção muito fundamentada, não só porque é de suppor que o Tasso preferisse ler o nosso Poeta no original, sendo-lhe isto tão facil, por saber a lingua hespanhola; mas porque achando-se em Paris em 1572, onde concorriam bastantes portuguezes, provavelmente devia ter conhecimento do poema dos Lusiadas, que n'esse anno se publicára.

MR. SOUTHEY

(1822)

ART. 1.o MEMOIRS OF THE LIFE AND WRITINGS OF LUIS DE CAMOENS, BY JOHN ADAMSON F. S. A. LONDON. EDINBOURG AND NEWCASTLE-UPON-TYNE. 2 VOL. CROWN 8.° 1820. -2.o O ORIENTE, POEMA DE JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO. LISBOA. 2 VOL.

Esta memoria de Southey sobre Camões foi inserida no vol. XXVÙ do Quarterly Review, Abril e Julho de 1822, por occasião do apparecimento da obra de Mr. Adamson. Consta este artigo de uma biographia de Camões, a analyse dos Lusiadas e das duas traducções inglezas de Fanshaw e de Mickle; aponta as alterações feitas pelo ultimo traductor, e termina com outra analyse do poema Oriente de José Agostinho de Macedo.

Southey conhecia, postoque não a fundo, as duas linguas peninsulares, a castelhana e portugueza; da primeira traduziu o romance de Amadis da Gaulla; e da segunda alguns sonetos de Camões. Residiu tambem por algum tempo entre nós pelos annos de 1811 a 1812.

O seu juizo critico sobre os Lusiadas é pouco favoravel, e pouco mais concede ao Poeta que facilidade de estylo; mas que valor póde este ter, quando avança a idéa disparatada que a traducção liberrima de Mickle é melhor que o original? e que conhecimento tinha da lingua portugueza aquelle que affirma, e muito ao serio, que a melhor obra escripta na nossa lingua era a auto-biographia de Vieira Lusitano, O Insigne Pintor? A mesma opinião de pouco enthusiasmo e apreço pelo nosso Poeta emitte em algumas das suas cartas e n'outros artigos inseridos no Quarterly Review.

Uma tal insensibilidade, diz Mr. Quillinan, em um tão distincto e tão bom escriptor como Southey, só se póde attribuir a supposição que lêra, com muita incuria e de corrida, o original, e que em mais verdes annos se tivesse agradado da bombastica traducção de Mickle, a qual teria parecido nauseabunda ao seu gosto se a tornasse a ler em idade mais madura.

A leitura de Southey era immensa, porém dilatava o seu pensamento sobre uma muito vasta escala; lia com muita rapidez e de relance, por isso precipitava-se em conclusões com muita liberdade e dogmaticamente. Tinha um conhecimento geral das linguas, mas não era, rigorosamente fallando, muito profundo nas linguas grega e latina. Das linguas vivas não conhecia nenhuma radicalmente, nem a sua grammatica respectiva, excepto a propria, da qual innegavelmente era mestre. Na nossa patria, onde ha bem poucas pessoas que tenham um conhecimento litterario das linguas da Peninsula, para seguros avaliadores, seria empreza bem difficultosa o destruir um erro em que se labora julgando Southey um profundo conhecedor das linguas e litteratura portugueza e hespanhola em todo o sentido; porém os nossos litteratos estão bem ao facto do contrario. Elle podia ler livrarias inteiras nas duas linguas, mas poucas vezes conhecia que lia mal os logares intrincados, e assim julgava à lingua muito facil pelo modo leviano com que a lia. E na verdade faltava-lhe o tempo para ler de outra maneira, com as varias e interminaveis emprezas litterarias que havia emprehendido. Assim, com o maior respeito para com o homem com quem fui pessoal e intimamente ligado desde o anno de 1821 até à sua morte, eu não dou o mais pequeno valor ao seu juizo critico sobre Camões, o qual se erguerá sempre por si só bem alto, sem o apoio de Southey ou de qualquer outro, postoque seria agradavel se podessemos enumerar Southey entre os escriptores, que com gosto têem tomado a peito honrar o genio de um Poeta, do qual Portugal com tanta rasão se vangloria.

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Southey escreveu muitos poemas epicos, alguns d'elles de grande merecimento, mas eu não os trocaria todos por um só canto dos Lusiadas, postoque cada um d'elles, Joanna d'Arc, Thalabas, Madoc, Kahanna e D. Roderigo, abundam em logares bastante animados. O seu defeito principal é a falta de concisão; bate o seu oiro muito delgado; e finalmente a sua popularidade entre nós como poeta não está de maneira alguma em harmonia com as suas pretenções; não agrada inteiramente ao maior numero, nem satisfaz os poucos. Não posso deixar de attribuir á excessiva vaidade do seu talento poetico o pouco apreço que fazia do de Camões, e de outros dos nossos mais eminentes escriptores (por exemplo Pope), ao mesmo tempo que achava merecimento em auctores muito inferiores; emquanto à sua alma, era candida e generosa, postoque era extraordinariamente estimulado por um exagerado orgulho de si mesmo. Repugna-me o dizer tanto; porém a justiça que eu julgo que se deve a memoria de Camões, para com quem elle foi injusto, me obriga a ser tão explicito.>>

SIR ANDREW LJUNGSTED

(1836)

AN HISTORICAL SCKETCH OF THE PORTUGUESE SETTLEMENTS IN CHINA AND OF THE CATHOLIC CHURCH AND MISSION IN CHINA, BY SIR ANDREW LJUNGSTED, KNIGHT OF THE SWEDISH ROYAL ORDER WAZA. BOSTON, JAMES MUNRAE & C.° M.DCCCXXXVI

A folhas 22 falla da gruta de Macau, e no fim do volume traz em appendice os versos latinos de Davis feitos à gruta.

HENRY HALLAM

(1839)

INTRODUCTION TO THE LITTERATURE OF THE FIFTEENTH, SIXTEENTH AND SEVENTEENTH CENTURIES, BY HENRY HALLAM, F. R. A. S. 1839

A folhas 176 falla no poema dos Lusiadas, e cita a Memoria que Southey escreveu sobre Camões, que foi inserida no jornal litterario Quarterly Review.

H. S.

(1840)

CAVE OF CAMOENS IN MACAU: NOTICES OF HIS LIFE AND WORKS, ESPECIALY OF HIS LUSIAD COMMUNICATED FOR THE REPOSITORY BY H. S.

Vem no Chinese Repository, volume viii, março, 1840. N.o 11. Era de todas as descripções a que melhor me deu a conhecer a gruta, antes dos interessantes esclarecimentos que pude obter d'aquelle local, vindos directamente da cidade de Macau. Traz uma traducção ingleza dos versos latinos de Mr. Davis feitos å gruta, obra do R.do Mr. Taylor, Capellão da fragata Columbia, dos Estados Unidos, que visitou Macau no anno de 1839 (Maio). Esta memoria devo-a ao Ex.mo Bispo de Macau que teve a delicada lembrança de m'a remetter d'aquella cidade, e comprehende, alem da citada descripção, a biographia de Camões, e uma breve analyse sobre o Poema.

G. N. WRIGHT M. A.
(1843)

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CHINA IN A SERIES OF VIEWS DISPLAYING THE SCENERY ARCHITECTURE AND SOCIAL HABITS OF THAT ANCIENT EMPIRE, DRAWN FROM ORIGINAL AND AUTHENTICS SKETCHES BY THOMAS ALLOM, ESQUIRE, WITH HISTORICAL AND DISCRIPTIVE NOTICES BY THE REV. G. N. WRIGHT. M. A. 1843, 4 VOL. 4.°

No terceiro volume a folhas 43 vem uma descripção da gruta de Macau e uma biographia do Poeta com algumas inexactidões, acompanhada de uma boa gravura aberta em aço.

DR. BOWRING

(1849)

Um soneto escripto na gruta de Macau, que começa:

Gems of the Orient earth and open sea, etc.

MR. TICKNOR

(1819)

HISTORY OF SPANISH LITTERATURE BY MR. TICKNOR. NEW-YORK, 1849. 3 VOL.

Trata de Camões a pagina 15, tomo III. Ha uma traducção d'esta obra por D. Pascoal Gayangos; não sei se está concluida: vi o primeiro volume com que o auctor tinha brindado o Sr. Alexandre Herculano.

Alem das traducções e obras que deixamos mencionadas, escriptas na lingua ingleza, devem existir outras publicadas nos Estados Unidos da America, e nas possessões inglezas: dizem-me que existe uma traducção ingleza dos Lusiadas publicada na Australia.

TRADUCÇÕES ALLEMÃS

JOÃO NICOLAU MEINHARD

(1762)

Traduziu alguns trechos em verso dos Lusiadas, o Episodio de D. Ignez de Castro e o do Adamastor, que se publicaram no jornal Gelehrte Beiträge zu den braunschweiger anzeigen, 1762. St. 25, pag. 193; St. 26, pag. 210..

Meinhard, ou antes João Nicolau Gemeinhard, nasceu em Erlangen em 1727, e morreu em Berlim em 1767.

BARÃO DE SECKENDORF*

(1782)

PRIMEIRO CANTO DOS LUSIADAS TRADUZIDO PELO BARÃO DE SECKENDORF,

INSERIDO NO VOLUME II DO MAGAZIN DER SPANISCHEN UND PORTUGIESISCHEN LITERATUR, PUBLICADO POR MR. BERTUCH. WEIMAR, 1782..

O Barão Carlos Sigmund de Seckendorf nasceu em Erlangen a 26 de Novembro de 1744, e morreu sendo Enviado da Côrte de Berlim junto aos Principes do Cyclo de Franconia em Ausbach, a 26 de Abril de 1785.

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