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Segue-se o Privilegio, e depois a dedicatoria a D. Gonçalo Coutinho por Estevão Lopes, datada de 16 de Janeiro de 1598.

Vem os dois Epigrammas de Manuel de Sousa Coutinho (Fr. Luiz de Sousa); o soneto italiano de Leonardo Turricano a Camões; o do Tasso (Parte vi, pag. 47); do Licenceado Gaspar Gomes Pontino; Diogo Bernardes; Francisco Lopes: Diogo Taborda, e o soneto de um amigo, que começa:

Quem he este que na harpa Lusitana, etc.

Segue-se um prologo ao leitor em o qual diz, que tendo-se gastado a primeira edição das Rimas, e determinando dar segunda, procurára expurga-la dos erros que se haviam introduzido na primeira, por culpa das más copias, e para isso a conferira com pessoas que o entendiam, examinando ao mesmo tempo varios originaes. Mas não só este beneficio recebeu do editor a memoria de Camões, mas a addição de outros tantos sonetos, cinco odes, alguns tercetos e tres cartas. Esta edição é a reproducção da primeira de 1595, á qual ajuntaram mais trinta e seis sonetos, quatro odes, uns tercetos e as tres cartas. É quasi toda impressa em italico, exceptuam-se as informações, privilegio, dedicatoria, quatro dos sonetos em louvor de Camões, o prologo e todos os sonetos, menos o primeiro. O Academico Sebastião Francisco Mendo Trigoso não a descreve, apesar de possuir um exemplar.

1601

RIMAS DE LUIS DE CAMOENS. 4601?

Esta edição não é conhecida, porém é citada por Manuel de Faria e Sousa como sendo a quinta. O sr. Adamson a dá como de Lisboa, em 4.o; porém a julga duvidosa. Alem de Faria e Sousa, faz tambem menção d'esta edição, como tendo-a visto, Thomás de Aquino no discurso preliminar que precede a edição de 1779 a 1780, por esta fórma: «Afirma Pedro de Mariz, na vida que escrevêo e imprimio com algumas Rhythmas do Poeta, em 1601.» Thomas Northon encontrou duas paginas com parte do prologo de Pedro de Mariz, que eram inteiramente differentes de todas quantas viu nas edições onde elle apparece. Será este prologo o d'esta edição desconhecida? Por certo que seria muito curioso apparecer um exemplar d'ella, por ser a primeira noticia biographica que teriamos do Poeta.

1607

RIMAS DE LUIS DE CAMÕES, ACRESCENTADAS NESTA TERCEYRA IMPRESSÃO. DERIGIDAS Á INCLYTA UNIVERSIDADE DE COIMBRA. IMPRESSAS COM LICENÇA DA SANTA INQUISIÇÃO. EM LISBOA, POR PEDRO CRAESBECK. ANNO 1607. Á CUSTA DE DOMINGOS FERNANDEZ MERCADOR DE LIBROS. COM PRIVILEGIO. 4.o

Tem no frontispicio a esphera de D. Manuel, e são dirigidas á inclyta Universidade de Coimbra. Na primeira pagina da segunda folha vem as licenças datadas do anno antecedente (1606), e no verso a continuação do privilegio concedido por Alvará de 7 de Setembro de 1605, a Vicencia Lopes, viuva de Estevão Lopes, por espaço de vinte annos, attendendo a ficarem-lhe cinco filhos, e ao seu estado de indigencia.

Segue-se a Dedicatoria á Universidade, feita por Domingos Fernandes, por ter sido na mesma seu livreiro, e occupado em feitorisar, por muitos annos, a sua livraria publica. N'esta dedicatoria faz grandes elogios á Universidade e ao Poeta, o qual põe acima dos reis, imperadores e conquistadores, pois d'estes tem havido muitos, mas collocados no mais alto logar da poesia, só Homero, Virgilio, Tasso e Camões. Não sei com que fundamento o faz natural de Coimbra. «O vosso Luiz de Camões: pois nascendo elle nessa vossa cidade de Coimbra, a vosso peyto, como Mãy natural o criastes tantos annos: Co' vossa doutrina, como Mestra o creastes algus: & com vossos louvores, como fiel Amiga o honrastes tantas vezes.» No verso da ultima pagina da dedicatoria, começam os sonetos feitos em louvor do Poeta, de Leonardo Turricano, Torcato Tasso, Diogo Taborda Leitão, e o soneto dirigido ao mesmo Camões por um amigo, que começa:

Quem he este que na harpa Lusitana, etc.

Vem depois um prologo ao leitor do mesmo Domingos Fernandes, em o qual promette a segunda parte das Rimas, que só depois se imprimiu no anno de 1616. Em seguida a este prologo lê-se o soneto de Bernardes, e depois começam as Rimas, que são em italico, exceptuando os sonetos, que são em letra romana, menos o primeiro. Termina com uma Taboada e indice das poesias. Esta edição bem como as de 1614 e 1621 são a reproducção da segunda de 1598. Thomas Northon tinha um exemplar com um frontispicio differente; em logar da

esphera tem as armas reaes, e as Rimas dirigidas a la inclyta Universidade.

1607

OS LUSIADAS DE LUIS DE CAMÕES. DEDICADO Á UNIVERSIDADE DE COIMBRA.

ANNO 1607. NA OFFICINA DE PEDRO CRAESBECK

Barbosa Machado cita esta edição que não é conhecida.

1608

RIMAS DE LUIS DE CAMOENS. 1608?

Esta edição não é conhecida, nem tem sido citada nos catalogos das edições: Faria e Sousa, que a cita, diz que fôra a setima.

1609

OS LUSIADAS DE LUIS DE CAMÕES PRINCIPE DA POESIA HEROICA, DEDICADOS AO D. DOM RODRIGO DA CUNHA, DEPUTADO DO SANTO OFFICIO. IMPRESSOS COM LICENÇA DA SANTA INQUISIÇÃO & ORDINARIO. EM LISBOA, POR PEDRO CRAESBECK. ANNO 1609. COM PREVELEGIO Á CUSTA DE DOMINGOS FERNANDES, LIVREIRO

No meio da pagina do rosto as armas dos Cunhas. Segue uma dedicatoria de Domingos Fernandes, datada de 22 de Maio de 1609, a D. Rodrigo da Cunha, Doutor em Canones e Deputado do Santo Officio. No verso d'esta pagina vem as licenças, a primeira datada do 1.o de Junho, e a ultima de 10 de Julho de 1606.

É para advertir que na licença se. comprehendem as Rimas, o que indica que esta edição deveria talvez fazer parte da edição das Rimas de 1607. O Poema começa logo depois das licenças, e em italico; comprehende 186 paginas numeradas de um só lado.

1611

RIMAS DE LUIS DE CAMOENS. 1611?

Não é conhecida; é citada por Faria e Sousa, que diz ser a oitava.

1612

OS LUSIADAS DE LUIS DE CAMÕES PRINCIPE DA POESIA HEROICA, DEDICADO AO D. DOM RODRIGO DA CUNHA, DEPUTADO DO S. OFFICIO. IMPRESSOS COM LICENÇA DA SANCTA INQUISIÇÃO E ORDINARIO E PAÇO. EM LISBOA, POR VICENTE ALVAREZ. ANNO 1612. COM PREVELEGIO Á CUSTA DE DOMINGOS FERNANDES, LIVREYRO. 4 VOL. 4.o

O rosto é o mesmo da edição de 1609, com as mesmas armas dos Cunhas, só com a differença de ser impressa na officina de Vicente Alvarez; o mesmo acontece ás licenças, que têem a mesma data, e são as mesmas d'aquella edição, bem como a dedicatoria, e até o typo é igual. Ha só a differença, que a dedicatoria na de 1609 precede as licenças, sendo o inverso n'esta.

1615

OS LUSIADAS DO GRANDE LUIS DE CAMOENS PRINCIPE DA POESIA HEROICA. COMMENTADOS PELO LICENCEADO MANOEL CORREA, EXAMINADOR SYNODAL DO ARCEBISPADO DE LISBOA E CURA Da Igreja de S. SEBASTIÃO DA MOURARIA, NATURAL DA CIDADE DE ELVAS. DEDICADOS AO DOCTOR D. RODRIGO DA CUNHA, INQUISIDOR APOSTOLICO DO SANTO OFFICIO DE LISBOA. POR DOMINGOS FERNANDES SEU LIVREYRO. EM LISBOA, POR PEDRO CRAESBECK. ANNO 1613. 4.°

Thomas Northon tinha dois exemplares d'esta mesma edição, com differentes vinhetas no frontispicio: serão duas edições? Encontrou tambem duas paginas com parte do prologo de Pedro de Mariz, inteiramente differente de quantas tinha visto. Seria o prologo da desconhecida edição de 1601?

1614

RIMAS DE LUIS DE CAMÕES, ETC. Á CUSTA DE DOMINGOS FERNANDES.

1614, 1 VOL. 4.0

Não podemos examinar senão um exemplar truncado, que pertence á Bibliotheca do extincto Convento de Jesus, hoje da Academia Real das Sciencias, o mesmo que viu o Academico Sebastião Francisco Mendo Trigoso. Falta-lhe a pagina do rosto, e os tres sonetos que vem nas edições anteriores; começa no quarto.

Depois d'este soneto vem um prologo ao leitor, em que diz que depois de gastas a primeira, segunda, terceira e quarta impressão das Rimas, determinando dá-la quinta vez á estampa, procurára que os erros que nas outras por culpa dos originaes se commetteram, se emendassem n'esta; que as suas poesias andavam adulteradas por culpa dos copistas, e que para evitar isto, e para que n'esta edição ficassem na realidade da sua primeira composição, communicára com pessoas que o entendiam, conferindo originaes e escolhendo d'elles o que vinha mais proprio ao que o Poeta queria dizer, sem lhe violar a graça e termo particular seu.

Que cavára muitas poesias do esquecimento em que estavam sepultadas, acrescentando na segunda impressão quasi outros tantos sonetos, cinco odes, alguns tercetos e tres cartas em prosa. E n'esta quinta impressão não acrescenta as muitas obras, que por sua diligencia tem alcançado e junto, dos mais certos originaes, nunca impressos, porque na segunda parte que fica imprimindo saírão todas á luz em breve tempo. Esta promessa cumpriu na edição de 1616.

O Academico Sebastião Trigoso observa que, dizendo ser a quinta impressão, entre a de 1607, que se diz terceira, e esta, se deveria ter estampado outra. Seria qutra desconhecida, ou isto erro do editor? talvez seja erro d'este, pois sobre este assumpto se encontra confusão e duvida mais de uma vez, como na edição de 1629. Ha mysterios, occasionados talvez pelas difficuldades, e demoras de licenças para a repetição das edições, que hoje os mais habeis bibliographos não têem podido decifrar.

1615

OBRA DO GRANDE LUIS DE CAMÕES, PRINCIPE DA POESIA HEROICA. DA CREAÇÃO E COMPOSIÇÃO DO HOMEM. COM TODAS AS LICENÇAS NECESSARIAS. EM LISBOA, POR PEDRO CRAESBECK. ANNO 1645

Esta obra que não é de Camões, como em seu logar mostraremos evidentemente, porém sim de André Falcão de Resende, sobrinho do nosso antiquario André de Resende, foi impressa bem como as duas comedias dos Amphitrioens e a de Filodemo, para se juntar á edição de 1616; porém um anno antes, como se vê na pagina primeira que segue á do rosto onde se repete o titulo, e antes do canto 1 se lê: Segunda parte. Este Poema foi impresso em differente typographia da das Comedias: aquellas se imprimiram na de Vicente Alvares, e o poe

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