Se adelgaça: rasgado, os seios me abre Do escondido porvir... -Oh! qual te has feito, >> Cinza, esfriada cinza é todo o alcaçar Mas quam debil que vens, sôpro de vida. » Onde levas tuas aguas, Tejo aurifero? Onde, a que máres? Ja teu nome ignora *Os Hespanhoes. **As naus hollandezas. Neptuno, que tremeu de outrora ouvi-lo. De teu renome?... Sim: recebe-o, guarda-o, De honra, de fama, e brio: não se acabe » Oh patria, oh minha patria!..... » A voz, que afrouxa, Interromperam sons desconhecidos De voz de estranho, que na estancia humilde Entra do vate. « Perdoae, se ousado Entrei, senhor; mas...>> (( Quem sois vós? Ha inda Homem no mundo, que a poisada obscura - «< Cavalleiro, Desde o alvor da manhan que vos procuro: De Africa hoje cheguei... » « Ah! perdoae-me. Sois vós, conde? Voltastes? E que novas Me trazeis? >> «Tristes novas, cavalleiro. Ai! tristes. D'ésta carta que vos trago Sabereis tudo. » Ao vate a carta entrega: De alívio e de esperança. — « Extincto é tudo Deus, e a virtude restam: consolae-vos... >> >> Oh! consolar-me... (exclama, e das mãos trémulas A epistola fatal lhe cai) Perdido É tudo pois!... » No peito a voz lhe fica; Do leito... Ai! tarde vens, auxílio do homem. E ja no arranco extremo : « Patria, ao menos Junctos morremos... E expirou co'a patria. >> * Fray Josepe Indio. Veja-se a nota do poema, pag. 204, ANONYMO, Camões poema. FIM DO PRIMEIRO VOLUME. |