Lisboa antiga: i. O bairro alto de Lisboa. 1879

Voorkant
A.M. Pereira, 1879

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Pagina 204 - Amor ali, que a tempo me aguardava onde a vontade tinha mais segura, com uma rara e angélica figura a vista da razão me salteava. Eu, crendo que o lugar me defendia de seu livre costume, não sabendo que nenhum confiado lhe fugia. deixei-me cativar; mas hoje, vendo, Senhora, que por vosso me queria, do tempo que fui livre me arrependo.
Pagina 124 - Em um manuscrito do an«no de 1638 encontrámos a sua descripção, isto é, «no livro de Diogo de Mouro de Sousa. Consistia «em uma tarja de azulejo com uma cruz no meio,, «collocada na parede junto á sepultura...
Pagina 306 - A voz tão divina e grave, A voz tão de prata e bella, Os galantes se alvorotam E ferve a bulha na feira. Deixam todos as boninas Só por ver esta açucena; Em um momento cercada. Se viu esta fortaleza. Os requebros que lhe dizem São balas de feras peças; Mas no ouro do seu peito Acham grande resistencia. Uns apreçavam a fructa, Outros tiram da algibeira Ás mãocheias os tostoens, Aos alqueires as moedas.
Pagina 346 - Primeira parte dos autos e comedias portuguezas, feitas por Antonio Prestes, e por Luis de Camões, e outros auctores portuguezes, cujos nomes vão no princípio de suas obras.
Pagina 281 - Os canos existentes eram mal construídos e de péssimo resultado... «por darem entrada ás águas da maré, diffundindo-se nas casas num fedor tal, que as torna quasi inhabitaveis»... Lisboa é «hum objecto ascoroso pelos montoens d'immundicies accumulados nas ruas, por effeito do descuido inveterado de se não varrerem, e se não tirarem com a devida regularidade, não obstante as rendas que há destinadas para isso... É em consequência da previdente lei do Senhor Rei D. José, que declarou...
Pagina 295 - Estou-o a ver encostado a uma ombreira, de chapéu para traz e mãos cruzadas nas costas, com os olhos piscos do fumo azul de um cigarrito engelhado, que de quando em quando lhe pende ao canto da bocca, exprimir no rosto encorreado, na fronte baixa e estreita, na nuca de cão de agua, e na melena recurva, que elle enxota com as costas da mão, todos os segredos ignóbeis dos antros que lhe são theatro.
Pagina 191 - Posso affirmar que me pareceu uma linda estatua; notei o harmonioso (um pouco vulgar talvez) dos panejamentos ; o modelado das mãos comprimidas sobre o peito; o sentido e leve dos pés nus, que, segundo as regras da arte, não são escondidos ; a magestade maternal e virginea ao mesmo tempo ; o immaculado esplendor d'aquella fronte, illuminada de um sorriso feminino e divinal; a castidade da sua posiçao concentrada e extatica. É uma mulher em todo o vico da fórma, e parece que não pesa sobre...
Pagina 295 - ... viveu. Assim como as flores morrem, Minha Severa morreu.» Lá n'esse reino celeste, Com tua banza na mão, Farás dos anjos fadistas, Porás tudo em confusão.
Pagina 74 - ... passava o tempo mais calmoso de Julho e Agosto na fonte da Barroca, a lêrem ea saborearem entre recordações saudosas os melhores poetas antigos. Na Carta n, faz o poeta o confronto entre os convites cortezãos, aonde não reina a amisade, mas a inveja; aonde o apparato...

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