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Lindo e subtil trançado que ficaste

Los ojos que con blando movimiento

Mal, que de tempo em tempo vas crescendo
Males que contra mim vos conjurastes

Mi gusto y tu beldad se desposaron

Mil veces entre sueños tu figura

Mil vezes determino não vos ver

Moradoras gentis e delicadas

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Mudão-se os tempos, mudão-se as vontades

Na desesperação ja repousava
Na margem de hum ribeiro que

fendia

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Na metade do ceo subido ardia
Naiades, vós que os rios habitais
Na ribeira do Euphrates assentado
Não ha louvor que arribe á menor parte
Não passes, caminhante. Quem me chama?
Não vas ao monte, Nise, com teu gado
Nas cidades, nos bosques, nas florestas
Nem o tremendo estrepito da guerra
N'hum bosque que das Nymphas se habitava
N'hum jardim adornado de verdura
N'hum tão alto lugar de tanto preço

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No bastaba que amor puro y ardiente

No mundo poucos annos e cansados

No mundo quiz o Tempo que se achasse

No

regaço da mãe Amor estava

No tempo que de amor viver sohia

Nos braços de hum Sylvano adormecendo
Novos casos de Amor, novos enganos (*).
Nunca em amor damnou o atrevimento

O ceo, a terra, o vento socegado
O culto divinal se celebrava,
O cysne quando sente ser chegado

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(*) Tambem impresso entre os de Bernardes.

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O filho de Latona esclarecido

O fogo que na branda cera ardia (*)
O raio crystallino se estendia

O claras aguas deste blando rio
Oh arma unicamente só triumphante
Ol cese ya, Señor, tu dura mano

Oh como se me alonga de anno em anno
Oh quanto melhor he o supremo dia
Oh quão caro me custa o entender-te
Oh rigorosa ausencia desejada

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Olhos, aonde o ceo com luz mais pura
Ondados fios d'ouro onde enlaçado
Ondados fios d'ouro reluzente
Onde acharei lugar tão apartado
Onde mereci eu tal pensamento

Onde porei meus olhos que não veja
Orfeo enamorado que tañia

Ornou sublime esforço ao grande Atlante
Os meus alegres, venturosos dias

Os olhos onde o casto amor ardia

Os Reinos e os Imperios poderosos (***)
Os vestidos Eliza revolvia

Para se namorar do que criou
Passo por meus trabalhos tão isento
Pede o desejo, Dama, que vos veja
Pensamentos que agora novamente .
Pois meus olhos não cansão de chorar
Pois torna por seu rei e juntamente (†)
Por cima destas agoas forte e firme

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(*) A D. Guiomar de Blasfet, Dama da Rainha D. Catherina, tendo
cahido de hum castiçal uma vela accesa que lhe queimou o rosto.

(**) A D. João de Castro.

(***) A D. Theodosio de Bragança.

(†) A D. Luis de Ataïde, voltando pela segunda vez a governar a

India,' no anno de 1577.

entre os seus.

Bernardes tambem metteu este Soneto

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Por gloria tuve un tiempo el ser perdido
Por os raros extremos que mostrou
Por sua nympha Céphalo deixava
Porque a tamanhas penas se offerece
Porque a terra no ceo agasalhasse
Porque quereis, Senhora, que offereça
Posto me tem fortuna em tal estado
Presença bella, angelica figura
Pues lágrimas tratais, mis ojos tristes .
Pues siempre sin cesar, mis ojos tristes (*)

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Qual tem a borboleta por costume
Quando a suprema dor muito me aperta
Quando da bella vista e doce riso
Quando de minhas mágoas a comprida
Quando o sol encoberto vai mostrando
Quando os olhos emprego no passado
Quando se vir com agoa o fogo arder
Quando, Senhora, quiz Amor que amasse
Quando vejo que meu destino ordena
Quanta incerta esperança, quanto engano
Quantas penas, Amor, quantos cuidados
Quantas vezes do fuso se esquecia
Quanto tempo, olhos meus, com tal lamento
Que doudo pensamento he o que sigo (**) .
Que esperais esperança? Desespéro

Que estilla a árvore sacra? Hum licor santo
Que levas, cruel Morte? Hum claro dia (***)
Que me quereis, perpétuas saudades?
Que modo tão subtil da natureza

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(*) Em um M. S. foi achado este Soneto com este titulo: De Luis
de Camões a uma Dama que lhe enviou uma lagrima entre dous
pratos. Thomaz d'Aquino.

(**) Este Soneto, diz Faria e Sousa, em um M. S. se entítula do Conde
de Vinioso; e anda tambem impresso entre os de Bernardes e

he o 79.

(***) Na morte da Infanta D. Maria filha d'ElRei D. Manuel e de sua

terceira Rainha D. Leonor.

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Quem diz que Amor he falso, ou enganoso
Quem fosse acompanhando juntamente
Quem jaz no grão sepulcro, que descreve
Quem póde livre ser, gentil Senhora
Quem pudera julgar de vós, Senhora .
Quem quizer ver d'amor huma excellencia
Quem, Senhora, presume de louvar-vos
Quem ve, Senhora, claro e manifesto
Revuelvo en la incesable fantasía

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Se a fortuna inquieta e mal olhada
Se algum' hora essa vista mais suave
Se as penas com que Amor tão mal me trata
Se com desprezos, Nympha, te parece
Se como em tudo o mais fostes perfeita
Se da célebre Laura a formosura

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Se despois de esperança tão perdida .
Se em mim, ó alma, vive mais lembrança
Se lagrimas choradas de verdade.
Se me vem tanta gloria só de olhar-te

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Se quando vos perdi, minha esperança
Se somente hora alguma em vós piedade
Se tanta pena tenho merecida

Se tomo a minha pena em penitencia
Seguia aquelle fogo que o guiava.
Sempre a razão vencida foi de amor
Sempre, cruel Senhora, receei

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Senhor João Lopes, o meu baixo estado (**)

(*) Ao Viso-Rei D. Luis d'Ataïde.

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(**) A João Lopes Leitão, a quem se attribue o Soneto em louvor
de Camões: "Quem he este que na harpa Lusitana."

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Senhora ja desta alma perdoae
Senhora minha, se eu de vós ausente
Sentindo-se alcançada a bella esposa
Sete annos de pastor Jacob servia
Si el fuego que me enciende, consumido
Sobre os rios do Reino escuro, quando
Suspiros inflammados que cantais
Sustenta meu viver huma esperança
Tal mostra de si dá vossa figura
Tanto de meu estado me acho incerto
Tanto se forão, Nympha, costumando
Tem feito os olhos neste apartamento
Todo animal da calma repousava
Tomava Daliana por vingança
Tomou-me vossa vista soberana
Tornae cssa brancura á alva açucena
Transforma-se o amador na cousa amada

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Vencido está de amor Meu pensamento
Verdade, Amor, Razão, Merecimento.
Vi queixosos de Amor mil namorados
Vós Nymphas da Gangetica espessura (*)
Vós outros que buscais repouso certo
Vós, que de olhos suaves e serenos
Vós que escutais em rimas derramado
Vós só podeis, sagrado Evangelista
Vossos olhos, Senhora, que competem

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A quem darei queixumes namorados (**)
A rustica contenda desusada (***)

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(*) A D. Leoniz Pereira, defendendo valerosamente a praça de Malaca
de que era Capitão, contra o formidavel poder do Achem, em 1568.

(**) A D. Antonio de Noronha,

(***) A D. João de Lencastro, Duque de Aveiro, neto de D. João II.

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