Obras de Fr. Agostinho da Cruz: conforme a edição impressa de 1771 e os códices manuscritos das bibliotecas de Coimbra, Porto e Evora

Voorkant
França Amado, 1918 - 522 pagina's
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Populaire passages

Pagina 4 - Bem fóra de cuidar que poderia Tornar a ver-me nele inda algum dia, De tantos mil cuidados descuidado. O Senhor, que me trouxe a tal estado, Quando castigos graves merecia, Dando-me muito mais do que pedia, Para sempre já mais seja louvado!
Pagina 117 - Da sua, a que não turba obedecer! Livres montes, e valles De sentir, e gemer, de chorar males. Nas feras, e nas aves, Posto que sensitivas, Alheas de sentir perda tamanha, Acho cousas tão graves, Tão desconsolativas, Que a mesma confusão me desentranha.
Pagina 10 - Num solitário vale, fresco e verde, Onde com veia doce e vagarosa O Vez, no Lima entrando, o nome perde, Numa...
Pagina 163 - E o pos em tal estado seu tormento, Que já de aborrecido a vida engeita ! VI. Perdi-me dentro em mim, como em deserto, Minha alma está metida em labyrintho, Contino contradigo o que consinto, Cem mil discursos faço, em nada acerto. Vejo seguro o damno, o bem incerto; Comigo porfiando me desminto, O que mais atormenta, menos sinto, O bem me foge, quando está mais certo. E se as asas levanta o pensamento...
Pagina 85 - Que entre diversas dores tão estranhas lhe falta sentimento em que se enleve! Que vês por ti rasgadas as entranhas, as brandas mãos e pés atravessados, e que em lágrimas tristes não te banhas! Não duvido, Senhor, que meus pecados com gemer e chorar, com pôr emenda diante de Vós sejam perdoados. Quereis do pecador que se arrependa; quereis que ponha em Vós a confiança, e que peça perdão por mais que ofenda.
Pagina 17 - De laã de alheas cabras, remendado De mil cores, sem ordem, sem concerto. Traz huma corda grossa, a que anda atado Pelo meio, descalço, sem mais nada ; Sem bolsa, sem surrão, e sem cajado. Barba, e cabeça traz toda rapada. Qualquer cousa que quebra, fende, ou fura, No seu pescoço a leva pendurada. Os pés se por compasso pôr não cura, Quer gretados do frio, quer doentes, Também nelles lhe põem huma atadura.
Pagina 165 - Quanto cresce na causa do tormento. Leva a dor de vencida ao sofrimento, Mas a alma está de entregue tão sem lume, Que enlevada no bem, que haver presume, Não faz caso do mal, que está de assento. De longe receei, se me valera...
Pagina 9 - Águas, humildes, quando e quando inchadas, Conforme a qual o tempo vai soprando*, Estou comigo só considerando, Donde foram parar cousas passadas, E donde irão presentes mal fundadas, Que pelos mesmos passos vão passando.
Pagina 81 - ... do Oceano duma banda. E doutra já salgadas as do Tejo : Aquella saudade, que me manda Lagrimas derramar em toda a parte, Que fará nesta saudosa, e branda ? Daqui mais saudoso o sol se parte; Daqui muito mais claro, mais dourado, Pelos montes, nascendo, se reparte. Aqui sob-lo mar dependurado Hum penedo sobre outro me ameaça Das importunas ondas solapado.
Pagina 82 - Roidas as entranhas apparecem Daquella rouca voz, que lá murmura. Eis por cima da rocha aspera decem Os troncos meio seccos encurvados, Eis sobem os que nelles enverdecem.

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