Bocage, sua vida e época litteraria

Voorkant
Imprensa Portugueza, 1876 - 306 pagina's

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Pagina 50 - A formosura desta fresca serra E a sombra dos verdes castanheiros; O manso caminhar destes ribeiros Donde toda a tristeza se desterra; O rouco som do mar, a estranha terra, O esconder do Sol pelos outeiros, O recolher dos gados derradeiros, Das nuvens pelo ar a branda guerra; Enfim, tudo o que a rara Natureza Com tanta variedade nos ofrece, Me está, se não te vejo, magoando.
Pagina 187 - Lembrava-me a curta fresta, Por onde á presa matula Ouvia de quando em quando Conto vil em phrase chula. Lembrava-me a gritaria, Que faz a corja a quem passa, Loucamente misturando O prazer com a desgraça.
Pagina 100 - Põem a alcunha de Anacreonte luso, E a quem melhor de Anacreonte fulo Cabe o nome; pois tanto o fulo Caldas Imita Anacreonte em versos, quanto Negro perú na alvura ao branco cysne.
Pagina 211 - Já velha, já cansada, Que este mancebo vem tomar-te os louros, Ganhados com teu canto na áurea quadra Em que ao bom Corydon, a Elpino, a Alfeno Aplaudia Ulissea.
Pagina 98 - E o orangotango a corda à banza abana, Com gestos e visagens de mandinga. Um bando de comparsas logo acode, Do fofo Conde ao novo Talaveiras ; Improvisa, berrando, o rouco bode.
Pagina 162 - Ex." o que consta e se verifica ser certo o facto das cantigas que cantavam cinco francezes, e de irem á mesma taverna todas as noites ; ainda que como eram cantadas em francez, as testemunhas não depõem do que ellas continham, e só sim a primeira do Summario que he o Medico que foi da Camara de S.
Pagina 142 - Que victima gentil, muda e serena Brilha entre espesso, detestavel bando, Nas sombras da calumnia que a condemna ! . Orna a paz da innocencia o gesto brando, E os olhos, cujas graças encantaram, Se volvem para o céo de quando em quando : As mãos, aquellas mãos que semearam Dadivas, premios, e na molle infancia Com os sceptros auriferos brincaram, Ludibrio do furor e da arrogancia Soffrem prisões servis, que apenas sente O assombro da belleza e da constancia..
Pagina 46 - Estes inúteis ais, que d'alma tiro. Do santo abrigo de meus deuses lares Pela Sorte cruel desarraigado, E exposto em frágil quilha a bravos mares; Sobre as espaldas do Oceano inchado, Dirigindo...
Pagina 49 - Verdeil, trazia consigo o governador de Goa, D. Francisco Calhariz, e um pálido, esquisito mancebo, o Sr. Manuel Maria, a criatura mais extravagante mas porventura a mais sui generis que Deus ainda formou. Aconteceu estar este mancebo em um dos seus dias de bom humor e de excentricidade, que, como sol de inverno, vinham quando menos se esperava. Mil ditos graciosos, mil rasgos de delirante jovialidade, mil apodos satíricos por ele incessantemente vibrados, fizeram-nos finar de riso. Quando, porém,...
Pagina 39 - Silveiras, Mascarenhas, Castros, Foi soar vossa fama além dos astros. Nos climas, onde mais do que na historia Vive dos Albuquerques a...

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