II III IV HISTORIA DA POESIA POPULAR PORTUGUEZA Primeira par te: Vestigios da primitiva poesia popular portugueza. — Segunda parte: Unidade dos romances populares do Meio Dia da 1867. Europa. Porto, 1 volume. CANCIONEIRO POPULAR Colligido da tradição oral Reliquias ROMANCEIRO GERAL Contendo a Flor dos romances anonymos do Cyclo Bretão e Carlingiano, e um Vergel de romances mouriscos, Contos de cativos, Lendas piedosas e Xacaras. Com estudos sobre as origens de cada romance. Coimbra, 1867. 1 volume. CANTOS POPULARES DO ARCHIPELAGO AÇORIANO Rosal de Enamorados - Romanceiro de Aravias. Com estudos sobre as origens e paradigmas de cada romance. Porto, 1869. 1 volume. - V FLORESTA DE VARIOS ROMANCES Romances com fórma litteraria do seculo XVI a XVII. Romanceiro historiado, contendo os romances da historia portugueza que andam nas Collecções hespanholas. Porto, 1869. (No prelo.) 1 volume. Preço da obra completa 28500 reis. 4 CANTOS POPULARES DO ARCHIPELAGO AÇORIANO PUBLICADOS E ANNOTADOS POR THEOPHILO BRAGA Se olhardes ás cantigas O cantar para folgar, O bailar para prazer: Que agora é máo d'uchar. GIL VICENTE, Triumpho PORTO TYP. DA LIVRARIA NACIONAL, Rua do Laranjal, 2 a 22 1869 E EX. DR. JOÃO TEIXEIRA SOARES DA ILHA DE S. JORGE Se o escrever o nome na primeira pagina de um livro fosse em Portugal uma cousa honrosa e digna, pertencia a maior gloria d'este trabalho áquelle que se deixou entranhar no labyrintho da imaginação do povo, para entregar-me o fio da tradição poetica das ilhas dos Açores. Um livro portuguez, e sobre o assumpto mais nacional, está destinado para poucos leitores; para alguns d'elles não passa de uma obra esteril, quando a não tomam por um logro. O meu amigo estuda no seu canto, não conhece isto; mas sei que é bastante nobre para não soffrer que The attribuam taes intenções. Grande parte dos romances aqui publicados foram recolhidos para coadjuvar Garrett na sua tentativa de Romanceiro; não quiz a fatalidade que lhe aproveitassem; acceitei-os da mão do meu amigo, como o propheta menor ao receber o manto de Elias. Se a boa fé e um respeito profundo pelos cantos populares supprem a intuição artistica, fez bem em entregar-me o deposito sagrado. Juntar o seu nome com o meu no frontispicio da obra, era expôr um homem de merecimento incontestavel a facecias de folhetim; mas lá chegará a hora em que a justiça hade illuminar a pagina aonde está escripto o nome do fervoroso obreiro, que na bôa confraternidade da juranda, veiu confiar-me as mais bellas e antigas rhapsodias da epopêa legendar portugueza. Theophilo Braga. |