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Este Annuario é propriedade da Sociedade Nacional Camoneana - Porto.

ANNUARIO

DA

SOCIEDADE NACIONAL CAMONEANA

1.° ANNO - 1881

Dizei que olhem a mim, crerão a ella.

PORTO

SOCIEDADE NACIONAL CAMONEANA, EDITORA

1881

Os volumes exhaustos do Annuario não serão reimpressos.

Estat. da Soc. Nac. Cam., art. 4.o, n.o 2.

Porto-Typographia Occidental, rua da Fabrica, 66.

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UBLICA-SE hoje o primeiro Annuario d'esta sociedade, que foi inaugurada em 10 de junho de 1880, anniversario do fallecimento de Luiz de Camões, quando tres seculos eram passados desde que o grande Epico deixára a terra, tendo cumprido a sua gloriosa missão.

A conveniencia de consignar na collecção dos seus annuarios a historia da sua fundação, nos leva a relatal-a e a reeditar o discurso, com que o presidente abriu a serie dos trabalhos a que a sociedade ia consagrar-se.

A celebração do tri-centenario do passamento do poeta despertou a idéa de constituir-se uma sociedade litteraria e de instrucção, cujo objecto principal fosse continuar o culto, que no mundo litterario se estabeleceu, á memoria de Luiz de Camões, ao estudo das suas obras, á litteratura contemporanea das suas producções.

Este assumpto foi proposto á discussão em uma das sessões da commissão litteraria da grande reunião, que se fez no Palacio de Crystal Portuense, para organisar os festejos que nos dias 10, 11, 12 e 13 de junho de 1880 se prepararam para commemorar condignamente o centenario. O iniciador da idéa foi o sr. Joaquim de Vasconcellos, secretario da commissão litteraria, que a recebeu com a mais pronunciada approvação. Estudado o assumpto, tomou-se a resolução de convidar a camara municipal do Porto a associar-se a esta instituição, que tanta honra fazia ao municipio, onde ella se fundava.

A camara apoiou a lembrança, e offereceu uma sala no edificio da bibliotheca portuense para ahi se estabelecer a bibliotheca especial camoneana, reservando ella os direitos do municipio sobre os livros que do seu fundo proprio fossem collocados na mencionada sala, acrescendo a estes os que a sociedade tivesse no acto da sua inauguração, e os que successivamente fosse adquirindo.

Essa sala ficava exclusivamente destinada para o estudo dos socios, quando este fosse encaminhado para o ramo da especialidade litteraria da sociedade, sem prejuizo do publico, quando quizesse consultar as obras, que são do municipio.

Feito este accordo entre a futura sociedade e a corporação gerente dos negocios municipaes, elaboraram-se os estatutos, e cumpridas as formalidades legaes, foram elles approvados por alvará do governador civil do districto do Porto, datado de 12 de maio de 1880.

Assim legalmente auctorisada a sociedade, decidiu-se que a sua inauguração tivesse logar com solemnidade no dia do centenario do poeta. Nesse dia pelas duas horas. da tarde, no salão da bibliotheca portuense a S. Lazaro, estando reunido grande numero de socios, e algumas au

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