G. Na Arithmetica dos antigos valia 400: plicado 405000.

G. Na Musica denotava, que se devia trinar a voz, fazendo na solfa como passos de garganta, a que chamamos hoje garganteios, ou trinados. G. Algumas vezes se mudou em B; v. g. Fibula, que devia ser Figula, à figendo.

G. Por C, he mui frequente nos antigos que escreveram Gavea, Gamelus etc. por Cavea, Camelus etc. Mas particularmente em os nossos documentos do seculo x e XI, v. g. Vaseliga: Eglesia: vogabulo: intrinsegus: excomunigadus: Katholiga: sigut complaguit: etc. por Vaselica: vocabulo: Ecclesia: intrinsecus: excomunicatus: Katholica: sicut: complacuit, elc.

G. Por J, he mui frequente no seculo xin, e XIV, v. g. sega, segam, gouver, vega, hoge, etc. por seja, sejam, jouver, veja, hoje, etc. G. por N, foi muito usado, quando ao N

se seguia outro G: v. g. Agguilla: Aggens: Aggulus etc. por Anguilla: Angens: Angulus, etc.

G. Por N, algumas vezes se usou, quando ao dito G se seguia N: v. g. stagneus, por stanneus. Nos fins do quarto e principios do seculo v, quando já a lingua latina havia decahido muito da sua pureza, e orthografia, o G singelo, ou dobrado, ou triplicado depois de AU, indicava o numero dos Augustos, ou Imperadores, que actualmente governavam em alguma parte do imperio, ou que successivamente haviam concorrido para alguma obra, ou empresa, assim militar, com civil. E o mesmo succedia nas letras P, S, D, e N. Jacob Lauro no seu formoso livre Antique Urbis splendor, nos conservou a inscripção, que se achava no arco triunfal de Graciano, junto à igreja de S. Celso em Roma, a he a seguinte:

Em a nossa Gazeta de 1786, n. 43, se relata, como em 28 de Setembro do mesmo anno, se acharam em umas ruinas junto á cidade de Faro

no Algarve, cem moedas de ouro, e todas do mesmo cunho: tinham no anverso esta legenda: D. N. HONORVS. P. F. AVG. com o busto do