Ministério da Instrução Pública Secretaria Geral Considerando que à excepção dalgumas raras jóias do património literário nacional, se não conhecem geralmente as obras primas da literatura portuguesa, muitas delas de difícil aquisição pela antiguidade ou raridade das suas edições; Atendendo a que a Antologia Portuguesa, organizada pelo escritor Agostinho de Campos e publicada pela Livraria Aillaud, procura obviar àqueles inconvenientes, oferecendo ao público uma colecção onde fique arquivada a produção literária de muitos dos bons prosadores e poetas nacionais de todos os tempos e escolas; Atendendo ainda a que a forma material como a Antologia Portuguesa é apresentada, a torna verdadeiramente agradável e atraente e, por-tanto, de fácil vulgarização e largo proveito educativo: Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Instrução Pública, que seja louvada a Livraria Aillaud pelo seu patriótico empreendimento, em vista dos altos benefícios que essa casa editora vai prestar à divulgação das preciosidades da literatura nacional, com a publicação da Antologia Portuguesa. Paços do Governo da República, 24 de Abril, de 1920. O Ministro da Instrução Pública, Vasco Borges. Diário do Governo, II Série, n.o 98, 28 de Abril de 1920. Antologia Portuguesa VINTE E DOIS VOLUMES PUBLICADOS, A SABER: SÉCULO XV: Fernão Lopes, três volumes. SÉCULO XVI: João de Barros, um volume; Trancoso, um volume; Camões Lirico, dois volumes. SÉCULO XVII: Manoel Bernardes, dois volumes; Frei Luis de Sousa, um volume; João de Lucena, dois volumes. SÉCULO XIX: Alexandre Herculano, um volume; Guerra Junqueiro, um volume; Eça de Queiroz, dois volumes. SÉCULO XX: Augusto Gil, um volume; Antero de Figueiredo, um volume; Afonso Lopes Vieira, um volume. SÉCULOS XIV a XX: Paladinos da Linguagem, três volumes. SEGUIR-SE HÃO: Amador Arráiz; Camões Lirico, 3.o volume; Heitor Pinto, etc. |