Curso de litteratura portugueza, Volume 2

Voorkant
Livraria editora de Mattos Moreira & compa, 1876 - 380 pagina's

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Pagina 107 - ... acaso, do que outras com pedrarias de grande custo. Vieira fazia a eloquencia; a poesia procurava a Bernardes. Em Vieira morava o genio; em Bernardes o amor, que, em sendo verdadeiro, é também genio.
Pagina 52 - Candeia nem c'os dedos atiçada: Grilhão, que vos assusta eternamente, Negro boçal, e mais boçal ratinho Que mais vos leva, que vos traz da praça: Sem amor, sem amigo, sem parente, Quem mais se doe de vós diz: Coitadinho! Tal vida levo, santo prol me faça.
Pagina 267 - Boca que à parte esquerda se acomoda (Uns afirmam que fede, outros que cheira); Japona, que da Ladra andou na feira; Ferrugento faim, que já foi moda No tempo em que Albuquerque fez a poda Ao soberbo Hidalcão, com mão guerreira; Ruço calção que espipa no joelho, Meia e sapato, com que ao...
Pagina 14 - Cortes; e os escriptores viram-se forçados a mencional-as como assembleias mêramente consultivas, desnecessarias, e até incompativeis no estado actual da administração. Não é o concurso das ordens, nem a opinião dos povos, que occupa os pomposos preambulos das leis d'este tempo; mas sim a alta e independente soberania, que o rei recebe immediatamente de Deos, pela qual manda, quer e decreta aos seus vassallos, de sciencia certa e poder absoluto.
Pagina 124 - Este desventurado estylo que hoje se usa, os que o querem honrar chamam-lhe culto ; e os que o condemnam chamam-lhe escuro, mas ainda lhe fazem muita honra. O estylo culto não é escuro, é negro boçal e muito cerrado.
Pagina 303 - Que as vossas setas são na justa guerra Agudas, e entrarão por derradeiro (Caindo a vossos pés povo sem lei) Nos peitos que inimigos...
Pagina 121 - . . .Furtar o que vos hãode demandar, e fazer pagar, em que vos pez, é a maior tolice de todas, como se viu no que succedeu ao Carvalho, na semana em que componho este capitulo. Era guarda da alfândega de Lisboa, e guardava as fazendas alheias muito bem, porque as punha em sua casa, . como se foram suas: foi demandado por isso; e porque não deu boa razão de si ás partes, o...
Pagina 304 - E logo foi dall i remunerado Com louvores de Apollo, e celebrado. Assi vós, Rei. que fostes segurança De nossa liberdade, e que nos dais De grandes bens certissima esperança; Nos costumes, e aspecto que mostrais, Concebemos segura confiança Que Deos, a quem servis e' venerais, Vos fará vingador dos seus reveis, E os premios vos dará que mereceis.
Pagina 169 - Em tempo de calamidades e afllicções, quando parecia que os portuguezes so tratavam de reedificar Lisboa, e de restabelecer os seus particulares interesses — quando seria desculpavel que as Musas fugissem do nosso continente, quando se julgaria que as artes jazessem sepultadas nas ruinas da cidade, — n'uma palavra, quando era impossivel tratar da restauração das sciencias, então fundamos esta sociedade, jurando padroeira d'ella a Immaculada rainha dos Céo9 e da terra, debaixo do ineffavcl...
Pagina 350 - Este, ó Critilo, o precioso efeito Dos teus versos será, como em espelho, Que as cores toma e que reflete a imagem, Os ímpios chefes de uma igual conduta A ele se verão, sendo arguidos Pela face brilhante da virtude, Que, nos defeitos de um, castiga a tantos.

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