Os sentidos e a emoção: nalguns poetas portuguezes e brasileiros

Voorkant
Livraria Classica Editora, 1909 - 54 pagina's

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Pagina 42 - E, candeurs des vapeurs et des tentes, Lances des glaciers fiers, rois blancs, frissons d'ombelles ; I, pourpres, sang craché, rire des lèvres belles -, Dans la colère ou les ivresses pénitentes ; U, cycles, vibrements...
Pagina 21 - Tange o sino, tange, numa voz de choro, Numa voz de choro... tão desconsolado... No caixão dourado, como em berço de ouro, Pequenino, levam-te, dormindo... Acorda! Olha que te levam para o mesmo lado De onde o sino tange numa voz de choro...
Pagina 18 - Esse negro corcel, cujas passadas Escuto em sonhos, quando a sombra desce, E, passando a galope, me aparece Da noite nas fantásticas estradas, Donde vem ele? Que regiões sagradas E terríveis cruzou, que assim parece Tenebroso e sublime, e lhe estremece Não sei que horror nas crinas agitadas? Um cavaleiro de expressão potente, Formidável, mas plácido, no porte, Vestido de armadura reluzente...
Pagina 17 - Como os anjos do céo (se o não sonharam...) Quiz mostrar-me que, o bem, bem pouco dura. Não sei se me voou, se m'a levaram, Nem saiba eu nunca a minha desventura Contar aos que inda em vida não choraram.
Pagina 10 - Como a ave* que volta ao ninho antigo Depois de um longo e tenebroso inverno, Eu quis também rever o lar paterno, O meu primeiro e virginal abrigo. Entrei. Um...
Pagina 22 - ... ciprestes negros a gemer no vento; Tanta boca aberta de famintas valas A pedir que as fartem, a esperar que as encham. . . Pequenino, acorda! Recupera o alento, Foge da cobiça dessas fundas valas A pedir que as .encham.
Pagina 37 - Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto. . . E conversamos toda a noite, enquanto A Via Láctea, como um pálio aberto, Cintila.
Pagina 16 - Foi-se-me pouco a pouco amortecendo A luz que nesta vida me guiava, Olhos fitos na qual até contava Ir os degraus do túmulo descendo.
Pagina 34 - Das inquietas borboletas bandoleiras A tribu azul seu pabulo procura. . . Quanto suave aroma! Quantos beijos e musicas na aragem! Que vegetal pujança e formosura E viço ! E tudo verde, verde ... E tudo Verde, sem ser monotono, que, emfim, Para quebrar essa monotonia Da cor, ás vezes, um morango ria Vermelho, entre a folhagem, Como em tunica verde de velludo Um botão de rubim.
Pagina 23 - É tarde . . . Sobre ti cai todo esse montão que ao lado Vai desmoronando . . . Eis fechada a cova . Lá ficaste ... A enorme Noute sem aurora todo amortalhou-te. Nem caminho deixam para quem lá dorme, Para quem lá fica e que não volta nunca. . . Tão sozinho sempre por tamanha noute ! . . . Pequenino, dorme! Pequenino, dorme. .. Nem acordes nunca ! (Ibidem, págs.

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