Obras completas de Luis de Camões, correctas e emendadas pelo cuidado e diligencia de J. V. Barreto Feio e J.G. Monteiro ...: Vida de Luis de Camões. Sonetos. Eclogas. Canções. Odes

Voorkant
Baudry, 1843

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I
11
II
153
III
159
IV
212
V
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Populaire passages

Pagina 13 - Assi, despois que assentei que tudo o tempo gastava, da tristeza que tomei nos salgueiros pendurei os órgãos com que cantava.
Pagina 12 - E vi com muito trabalho comprar arrependimento; vi nenhum contentamento; e vejo-me a mim, qu' espalho tristes palavras ao vento. Bem são rios estas águas com que banho este papel; bem parece ser cruel variedade de mágoas e confusão de Babel.
Pagina 12 - Ali vi o maior bem quão pouco espaço que dura, o mal quão depressa vem, e quão triste estado tem quem se fia da ventura. Vi aquilo que mais vai, que então se entende milhor quanto mais perdido for; vi o bem suceder mal, eo mal, muito pior.
Pagina 16 - Eu, que estas cousas senti n'alma, de mágoas tão cheia, Como dirá, respondi, quem tão alheio está de si doce canto em terra alheia? Como poderá cantar quem em choro banha o peito ? Porque se quem trabalhar canta por menos cansar, eu só descansos enjeito.
Pagina 22 - Que já a carne na alma fez. E beato quem tomar Seus pensamentos recentes E em nascendo os afogar, Por não virem a parar Em vícios graves e urgentes; Quem com eles logo der Na pedra do furor santo E, batendo, os desfizer Na Pedra, que veio a ser Emfim cabeça do Canto.
Pagina 160 - Aqui me representa esta lembrança Quão pouca culpa tenho; e me entristece Ver sem razão a pena que me alcança. Que a pena que com causa se padece, A causa tira o sentimento dela; Mas muito dói a que se não merece.
Pagina 15 - Canta o caminhante ledo no caminho trabalhoso, por antre o espesso arvoredo; e, de noite, o temeroso cantando, refreia o medo. Canta o preso docemente os duros grilhões tocando; canta o segador contente; eo trabalhador, cantando, o trabalho menos sente. Eu, que estas cousas senti n'alma, de mágoas tão cheia, como dirá, respondi, quem tão alheio está de si doce canto em terra alheia?
Pagina 46 - Que se n'huma trazeis contas, Na outra trazeis espada. Se dizeis que encommendando Os que matastes andais; Se rezais por quem matais, Para que matais rezando?
Pagina 17 - Que eu mais desejo esculpida Em pedra ou em duro ferro, Essa nunca seja ouvida, Em castigo de meu erro. E se eu cantar...
Pagina 14 - De esperança em esperança E de desejo em desejo; Mas, em vida tão escassa, Que esperança será forte? Fraqueza da humana sorte: Que quanto da vida passa Está recitando a morte! Mas deixar nesta espessura O canto da mocidade! Não cuide a gente futura Que será obra da idade O que é força da ventura...

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