63. Em espaço breve Chega ao mar o Douro: Se fazem de neve. Oh rio de Leça, Que de ti me esqueça ! Primeiro em Agosto Algum tempo manso Mote JA não posso ser contente: Glosa A tudo quanto desejo Mui mao caminho me vejo. Se do passado e presente Que de tudo quanto quero havia Cuidei um tempo que De que farei fundamento E pago sempre em tristeza P 13 177 64. QUE devo ao monte e ao campo que floresce, Que devo a me dar agua a fonte fria, ་་་ D. FRANCISCO MANUEL DE MELLO 65. Apologo da Morte Soneto VI eu um dia a Morte andar folgando Na mocidade os moços confiando, Voltou-se e respondeu: «Tal vae de guerra. Se vós todos andaes comigo cegos, Que esperaes que comvosco ande advertida?» 66. Á vida que fazia em sua prisão. Soneto festivo CASINHA desprezivel, mal forrada; PEDRO ANTONIO CORREA GARÇÃO 67. Cantata JA no roxo oriente branqueando Pelos paços reaes vaga ululando, Só ermas ruas, só desertas praças Das cúpolas soberbas Piam nocturnas agoureiras aves. Que mil vezes ouvia as frias cinzas D'Orco aos tremendos Numens Mas viu esmorecida Em torno dos thuricremos altares Em pélagos de sangue converter-se. Pallido o rosto lindo, A madeixa subtil desentrançada, Onde do ínfido amante Magoados suspiros, brandas queixas. |