Que, inda não é feita a lei, Então tristes das molheres ! Os quais, quem os assi quer Ora, ja que as consciencias O tempo as levou comsigo, Venhamos ás penitencias.-Senhor, se eu vira castigo, Boas são as residencias. Mas eu vejo ca na aldea Nos enterros abastados Muito padre que passea, Emfim, ventre e bolsa chea, Absoltos de seus peccados. Se se hão de reconciliar Uns com os outros, tem seu trato; Basta-lhes só acenar. Não-no fazem tam barato Ao tempo do confissar. Senhor, esta vossa vara, Em quais mãos anda, tal é. A boa é ave mui rara.Sabei que esta nunca é cara, Que seja muita a mercê. Livre de toda a cobiça, Se quereis que haja justiça. Tomai, Senhor, o conselho Do bom, Gethro ao genro amigo: É verdade, é evangelho, (Como disse aquelle velho, Humilmente assi vos digo). Que estas leis justinianas, Se não ha quem as bem reja Fóra de paixões humanas, São un campo de peleja Com razões fracas e ufanas.—— Morre o nobre Conradino Diz o texto o sangue cesse, Por batalha a guerra finda ;» Vem com grosa outro interesse; Diz que ande o cutelo, ainda Que em prisão certo o tivesse ! Mas, Senhor, milhor o temos, Quem por amor se encadea, Aqui não vemos soldados, Aqui não soa atambor. Outros reis os seus estados Achar-nos-hão as divinas Tem na verdade o Francês Não lh'o nega o Português; O Padre Santo assi faz, Que se pode ir mais avance Uns sobre os outros corremos A morrer por vós com gosto. Grandes testemunhas temos, Com que mãos e com que rosto Por Deus e por vós morremos. Outrosi para os reveses (Queira Deus que não releve!) Em vós tem os Portugueses O bom rei dos Athenieses, Codro, que outrem alguem não teve. Do vosso nome um gram rei Neste reino lusitano Se pôs esta mesma lei; Pola lei e pola grei. Mas...eu sou d'uns guardacabras Que se vão de ponto em ponto ; Querem só duas palavras, 29. Que dos gados, que das lavras: Assi que seja aqui fim ; A Vontade e a Razão NAO posso tornar os olhos Isto que al é se não força Conselhos, contra a vontade |