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HISTORIA

DO REINADO

DE

EL-REI D. JOSÉ

E DA ADMINISTRAÇÃO

DO

MARQUEZ DE POMBAL

HISTORIA

DO REINADO

DE

EL-REI D. JOSÉ

E DA ADMINISTRAÇÃO

DO

MARQUEZ DE POMBAL

PRECEDIDA

DE UMA BREVE NOTICIA DOS ANTECEDENTES REINADOS
A COMEÇAR

NO DE EL-REI D. JOÃO IV, EM 1640

POR

SIMÃO JOSÉ DA LUZ SORIANO

Bacharel formado em medicina pela Universidade de Coimbra
Vogal extraordinario do Conselho Ultramarino
Official Maior Graduado

e sub-director da secretaria d'estado dos negocios
da Marinha e Ultramar

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HARVARD COLLEGE LIBRARY

FROM THE LIBRARY OF

FERNANDO PALHA

DECEMBER 3, 1928

N

CAPITULO VII

Concluida a guerra de 1762, o conde de Oeiras auctorisou o conde de Lippe a organisar o exercito de um modo conveniente a poder resistir a qualquer golpe de mão por parte da Hespanha, e a reparar as praças de guerra, emquanto elle pela sua parte cuidava no augmento da marinha de guerra, e na prosperidade do commercio: creação do terreiro publico; grande empenho do mesmo conde de Oeiras no renascimento da industria; emancipação dos indios; abolição da escravatura; e prohibição da odiosa distincção entre christãos-novos e christãos-velhos. Casamentos que promove entre os fidalgos puritanos e os não puritanos; prohibição dos exorcismos e das rezas em congresso; creação da Mesa Censoria; pastoral do bispo de Coimbra, e prisão d'este prelado; e finalmente reforma dos estudos, incluindo a da universidade de Coimbra.

Findára a guerra de 1762 sem que os hespanhoes, de quem tanto se receava, pelo numeroso exercito com que se propozeram invadir Portugal, dessem uma só batalha, abandonando por fim uma conquista, que o gabinete de Madrid e o de Paris, e com elles todas as mais côrtes da Europa, tinham reputado infallivel, à vista do apparato com que se annunciára e começára a preconisada invasão. Foi n'isto que vieram a parar essas tão ostentosas, quanto ameaçadoras intimações, que os ministros hespanhol e francez em Lisboa fizeram ao governo portuguez no principio d'aquelle anno! Similhante conducta os politicos d'aquelle tempo a tiveram por mysteriosa, sem attenderem a que a falta de viveres, e principalmente a de forragens para a cavallaria, perseguira terrivelmente o exercito invasor, paralysado nas suas operações na Beira Baixa, e obrigado a não poder avançar até Abrantes, como premeditava, pelos obstaculos, que o conde de Lippe para isso lhe oppozera. Além d'aquella falta, por certo uma das principaes causas, que levaram o mesmo exercito a retirar-se d'alli para a Hespanha, outra houve tambem não menos poderosa e energica, para que se

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