IV. Alimentação. B. 498/521, tempo de fome; B. 522/552, roçado; T. 553/593. pescaria; T. 594/770, caçada de cabeças; T. 771/864, pescaria em lagoa grande; B. 865/924, dança da paxiúba barriguda. V. Festas T. 925/976, jejuns e perfurações; B. 977/1016, B. 1123/1183, incisão e casamento; B. 1184/1284, casamento, gestação. parto; B. 1285/1309, dieta da gestação; T. 1310/1361, casamento; B. 1411/1444, sonhos; B. 1445/1481, morte natural, enterro de varão ,morte por veneno; B. 1482/1494, enterro de mulher; T. 1495/1518, luto de varão; T. 1119/1551, luto de mulher : B. 1552/1582,, execução de um envenenador : T. 1583/1617, enterramento da mãi; T. 1618/1656, almas e feiticeiros; B. 1657/1695, idem; B. 1696/1733, historia de um feiticeiro. T. 1736/1795, uma briga; T. 1796 1832, permuta de um cachorro; T. 1833/1856, execução de uma ladra; B. 1857/1861, uma bebedeira; B. 1903/1908, tatú; T. 1909/1959, idem; T. 1960/1996, tamanduá; B. 1997/2040, anta; B. 2041/2088, porcos; T. 2099/2153, idem X. Bichos encantados em Caxinauás. 2 B. 2709/2712, jurity e sabiá; T. 2713/2774, coaty, jurity e preguiça; T. 2775/2816, o maribondo B. 2952/2984, tamanduá resuscitado; B. 2985/2998. bús e o rato; T. 3051/3121, idem; T. 3122/3149, maria de barro; B. 3150/3215, a onça que comeu os netos: B. 3216 3236, a onça agradecida ; B. 3237/3268; dātā ika; T. 3269/3364, B. 3540/3619. o panemo de mulher bonita; T. 3620/3691, o caxinauá de coxas pegadas; B. 3692/3756, acuruá; T. 3757/3793, o irmão enganando o irmão; T. 3794/3901, o irmão morio pelo irmão; T. 3902/3966, o menino que matou a onça; T. 3967/3997, a mulher pio- lhenta; B. 3998/4008, os irmãos engolidos por cobras; 4009/4032, o caxinauá perseguido pela cobra; T. 4033/4091, o comedor de cobras; T. 4092/4130, a mulher que comeu urubú; T. 4606/4627, feiticeiro e OS porcos; T. 4628/4666, a alma e o filho perdidos; T. 4667/4676, a alma cantando como jia; T. 4677/4762, O caxinauá que bebeu huni ; B. 4763/4800, OS diabos; B. 4801/4850, O veneno levado ao ceu pela andorinha; B. T. 4928/4995, a primeira noite; B. 4995/5043, o ika; B. 5044 5060, a aranha; B. 5061/5142, o roubo do sol; B. 5143/5181, a lua; T. 5182/5349, a lua; B. 5350/5403, a lua. XVI. O fim do mundo e o novo mundo 240/258 259/309 310/402 403/435 436/480 481/506 1. Sons. 2. Particulas. PRELIMINARES 3. Indefinidos e numeraes. — 4. Pronomes inter_ 5. Nomes, adjectivos e substantivos, — 6. Ver8. Orações. rogativos e pessoaes. bos. 7. Affixos. 1. Faltam ao rā-txa hu-ni ku-i, o idioma dos Caxinauás, os sons representados por f, g, j, l, s, z. b, k, m, n, p pronunciam-se como em nossa lingua. ç foi com muito pouca felicidade escolhido para representar o th inglez em think; seguido de consoante, desta se distingue por ligeira pausa, indicada por apostrophe: '; quando seguido de vogal umas vezes distingue-se claramente, outras não. d inicial transforma-se geralmente em r brando no meio do vocabulo; der forte no meio do vocabulo só ha um exemplo: a-rãi: em outras linguas panas é sempre brando e não existe d. h aspirado, r forte, v permutam-se: antes de a predomina r, e só va-ri, que tambem se diz ha-ri e ra-ri, póde começar por v; h predomina antes de i e ö, e nem uma palavra começa por vi ou vö; v predomina antes de ô ou u, e emitte-se sempre com mais força do que estamos acostumados a ouvil-o. h aspirado, r rolado e v tendem a desapparecer em palavras compostas assim diz-se bô hôx-ô, bô rôx-ô, bô vôx-ô, cabello branco, quando os elementos apenas estão justapostos; mas diz-se box cabello branco, na composição; diz-se ti hö-rö, labareda de fogo, mas ti-ö-rö, txö-rö maracanãguaçu (Ara severa), ave cujo bico ficou queimado quando roubou o fogo; muitos infixos vocalicos resultam destas syncopes. r forte transformado em r brando encontra-se rarissimas vezes. t soa em geral como o nosso, mas é quasi imperceptivel quando precede ç, isto é, o th inglez; quando tx é substituido por ti pronuncia-se o i com muita rapidez e t soa com mais força; não se encontra porem o te tt fortes indicados pelos missionarios castelhanos do Ucayale, provavelmente devidos á vizinhança do quechua. Tão pouco se encontra no caxinauá som correspondente a cc, cq dos missionarios, si esta graphia representa o guttural kechua. x soa sempre como ch francez, sh inglez, sch allemão; póde ser precedido de t; quando a x segue-se alguma consoante, della se separa por ligeira pausa, marcada por apostrophe: x'; precedendo vogaes pode succeder o mesmo, mas não se notou convenientemente. tx=ch inglez ou castelhano. As vogaes e ditongos a, ã, ái, áu, au pronunciam-se como em nossa lingua. @ é ă impuro. ái póde transformar-se em é aberto; ai em ê; au, mais raramente, em ô ou õ: xáu, osso, ma-xõ chifre, osso da cabeça. é e é não começam vocabulo; encontra-se, porém, ẽ-bô mulher = ai-bô. i tem dois sons: um, igual ao nosso, permuta com ê; outro. palatal, com ō. aproxima-se do homographo allemão mais ou menos impuro, eu francez, u inglez em but; os missionarios castelhanos representam por ue o som que lhe corresponde. a soa aproximadamente como un, aucun em francez. ô, ō usam-se indifferentemente com u e ũ. Semi-vogaes são y e w. y inicial, alheio a nossa lingua (de Santo Iacobo fizeram São Tiago, de Oyapok, tomando a primeira syllaba por artigo, fizeram Japoc) foi evitado o mais possivel; do mesmo modo foi evitado w, que quasi exclusivamente figura no meio das palavras, onde quasi sempre é transformação de b: ambos os sons pedem ouvido inglez. acostumado a suas subtilezas. y precedido de i, w precedido de ô ou u, são ambos absorvidos com a maior facilidade raç-i-ya, com muitos, pronuncia-se correntemente ra-ci-a; de ra-tô wa fizeram ra-tô-a. A syllaba póde constar de simples vogal; de consoante e vogal; de vogal e consoante; de consoante, vogal ou ditongo e consoante quando esta for ç, tç, x, tx. A separação das syllabas terminadas por estas fricativas presta-se a duvidas. Encontrando çö-ô, çö-õ enfiar, não se hesita em dividir ô-çô, ô-çõ, que tem o mesmo sentido; mas como dividir ôç'tã, que tem a mesma origem e significação? Aqui o apostrophe representa uma elisão: determinar os casos em que isto se dá exigiria a analyse rigorosa de todas as desinencias e de todos os suffixos, que não poude ser feita a tempo. Talvez conviesse juntar a estes finaes de syllabas m e n, mas ã, ē, i, ō, ū reproduzem bem os respectivos sons; m en só apparecem entre duas vogaes, tendo geralmente por effeito desnasalisar a primeira; a nasal só reapparece diante de consoante, onde m ou n são contraindicados. Em nossa lingua fim, final, findar, commum, communicar, commungar reprcduzem o phenomeno da desnasalisação antes de vogal, da renasalisação antes de consoante. A divisão das syllabas apresenta uma singularidade: dô-rô pronunciando espaçadamente B. e T. dizem dô-dô, isto é, r volta a ser d, como si o vocabulo recomeçasse; dô-ö dizem dô-wö, bö-xa, böx'-x -xa. Ao contrario succedeu escrever mo-bö xua-a-xũ-nã em vez ma-böx' wa-xũ-nã; por causa disto no meio das palavras ha excesso de ô, w, i, y: assim pi-a frecha foi a principio escripto pi-ya. O accento tonico recai sempre na ultima vogal, excepto si ha ditongo, que vae accentuado na primeira letra. Nas linguas panas do Madeira e do Ucayale o accento tonico prefere a penultima syllaba; mesmo no Juruá ao lado de ka-xi-nau-á ouve-se ka-xi-náu-a. Os vocabulos terminam em vogal, pura ou nasalada, em ç', tç, x', tx, como as syllabas; não haveria grande inconveniente em chamar affricadas as vogaes que acompanham estas fricativas: isto se fará daqui por diante. T. empregou 1, 172, 182, 231, insistiu na occasião, mas não repetiu; talvez quizesse mostrar que sabia emittil-o. B. não conseguiu ainda em uma nota encontro nosso lodo pronunciado dôro. B. não concorda tambem com a pronuncia de va-ri ao lado de ha-ri e ra-ri. Encontram-se aqui escriptas com b palavras em que os missionarios empregam v; já na peninsula os dois povos trocam be v. A separação das syllabas nasaladas pode ser mantida, mas a explicação não corresponde á maioria dos factos, como se verá adiante. 2. As partes do discurso mostram-se muito instaveis; a cada passo dão-se transgressões de uma para outra categoria: palavras como o ing. grave » que pode ser substantivo, adjectivo e verbo são a generalidade. As interjeições notadas são: ai indicando esforço. a-ri, a-ri-ta-i ai! a-ya-ma-i enfado. hæ sim! para ambos os sexos. miç-ã cuidado ! ra-wa-ka-tci ui! susto de mulher. ta-a ah! admiração, de varão. txu ah! admiração, de mulher. ya sim! de varão. As conjuncções são apenas a-rõ, porém, si; ra-bi, si, porém; ra-ki-a, si, porém; ra-mã, porém, apparece apenas uma vez em começo de phrase interrogativa, 834; rã-bi e ra-ki-a podem dispensar-se quando o verbo respectivo toma o prefixo rã. |