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filho de pai incognito.

a-ma não engolir, fazer xö-kö-ræ picapau pequenino.

engolir.

a-ma-te anzol.

a-pái querer engolir.

a-ti-ma não poder engolir.

xô-bi vulva.

xö-köx bacupary, fructa e arvore fructifera.

xö-mö debulhar milho.

bi-ha-na lingua da vulva.
hymen (?), clytoris (?). xö-m
bi-ha-na-bi, xö-bi-ha-na

rax'tö incidir mulher :

1143

mö-iô vir debulhar. mö-xo debulhar para ou

trem.

macaco nocturno.

хö-па

verme encontrado em paus

podres ou feridas, lagarta.

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cf. 43, etc.

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ni posposto ao adjectivo leva-o ao superlativo. ni-pa-bô OS velhos, OS antepassados.

ni-wã gordão.

xö-nö-ta frecha de duas pontas

formando gancho.

хö-пöх amarrar o dente, a ponta. xö-ô cipó para amarrar

fazer cestas.

casas,

xö-ôç'ta-mi ter resto de comida entre os dentes.

xö-pa, xô-pi acachapado, chocho.
xö-pô catinga de coatipurú, co-
bra, gavião, jacaré.
pô-pix'ta catinguentinho.
pô-txái muito catinguento.

xö-pô resto de alimento.
xö-pu-ku por o bico nagua.
xö-röx' espalhar fogo.
Xô-rô sem dente.

rô roer.

te: cf. tô-yô.

xô-ko-ba-wa

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apalpar o corpo de doen

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ta-iöx'kö ranger os dentes.

ta-ma-kô dentes molares.

verde.

ta-ma-kôx'pi dentes cani

χό

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soprar.

ã-i roncar.

coceira, coçar.

xô-a engordar, gordo.

a-ma

não engordar, fazer engordar.

a-ra-wã muito gordo, en

gordar muito.

xô-bi remanso de rio. xô-bioveiro de ave. xu-bi gamelleira, arvore. xô-bộ

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casa.

bô-pa-na tapiry, espera de

caça.

bô-pix-i caibros, ripas da

casa.

bô-xi-pa casa acachapada. bô-ya-biç' a casa e o conteudo.

xô-i buraco, goteira.

xô-i

coser,

xu-i

xu-ka

xöx-a beira, sahida do caminho.

xit-8 no meio, terreiro.

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ö-kã-yã no meio da casa,

no terreiro.

xöx-ō cajazeira.

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i-ū-i espiar por buraco. ya rato caseiro, camon

dongo.

assobiar grosso, soprar.

assar.

descascar banana, etc. : cf. xu-ku.

xô-ki esfregar, fazer fogo. ki-tê igniario, pua. xô-kö tucano.

xô-kô filhote de peixe. xô-kô leite de arvore.

kô exsudato de sapo: cf.
kā-pô.

- kô-bi extrahir borracha.
kô-ba-wa cosinhar, defu-
mar borracha.

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nambú, esp. de ave.

xô-rô pingar.

xô-rô

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xu-ru grosso, encorpar-se, engros-
sar, inchar, abaular-se.
xu-ta xará, pessoa do mesmo

nome, tocayo em caste-
lhano.
xu-tçi-ki apertar o peito quando
está doendo.

xu-ti titela, thorax.
xo-töx' descaroçar.

xô-tô

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xu-xu

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empurrar cf. pa-xu.

curar-se, ficar bom,

cf. xô-a.

sarar:

xa-ti-ma não poder sarar.

xa-wa curar, sarar outrem, 1456

nascer de planta.
chocalhar.

xu-a-tê chocalho, guiso.

Tentando o estudo dos suffixos, appareceram logo difficuldades muito graves: assim kô indica nomes de bichos e nous, partes do corpo animal ou vegetal. nomes e adjectives mi-cellaneos, verbos tão divergentes como dö-kô queimar, accender, e pa-kô cahir nagua. A vista disto pareceu melhor enumeralos simplesmente, sem curar de semantica.

A demora na impressão do vocabulario acima deu folga para volver ao assumpto e com alguma paciencia notou-se que em kô terminam verbos intransitivos e reflexivos, o que explica pa-kô; por ku princidiam ku-a, queimar, o que explica dö-kô ; nomes de arvores, insectos, peixes e até ku-ka tio. tornado celebre por Martius na ethnographia e linguistica sul-americanas; enfim ku-i equipara-se a êtê da lingua geral. kúru do bacaeri, que designam cousa excellente, ligitima ou seria: cf. fr. bon, tout de bon. Em outros termos : para entender um suffixo foi mister recorrer aos prefixes, e experimental-os um a um até encontrar significação acceitavel.

O expediente assemelha-se ao processo de leitura usado por

povos cujos alphabetos imperfeitos não notam vogaes, os Tuareks por exemplo. Quando um Tuarek quer ler um escripto cujo conteúdo não suspeita, informa Adolf Erman, ensaia-se primeiro a meia voz durante algum tempo, procurando ler as consoantes com estas ou aquellas vogaes. Afinal consegue tomar pé em algum ponto, e agora, indo de traz para diante, vindo de diante para traz, reconhece com seguranca o sentido do conjuncto: Die Hieroglyphen 21/22, Berlin 1912.

O expediente pode empregar-se nas vogaes affricadas, para ver si de facto o são e aonde termina a syllaba e portanto qual o verdadeiro suffixo.

"

Um exemplo o mostrará. O pau mulato, a capirona dos Peruanos, Enkylista Spruceana Benth, axô dos Caxarauás, deve-se escrever-se ax-ô cu a-xô? A respeito destas arvores alterosas. as mais bellas do igapó, aonde attingem a trinta metres, escreve Rich. Spruce Notes of a botanist on the Amazon & Andes II, 4, London 1908 : Quando fui a Manaquiry em junho de 1851. as arvores estavam largando suas cascas, sendo o processo um fendilhamento longitudinal em um ou mais logares e um enrolamento que parte de ambas as bordas da ruptura. A casca nova assim exposta é verde, mas ranidamente assume a tez (hue) de bronze carregado ou chumbo, e finalmente cor de castanha (chestnut colour) «Hence its name» em portuguez, conclue o naturalista. E no caxinauá a origem é a mesma. Quando a voz mandou que os viventes mudassem as pelles, ouviram-no a cobra, o teiuaçú, o pau mulato e mudam-na ainda hoje: ra-bāu ni-ka-ni-rã xu-kô-miç'bô-ki, narra R. 5488/5489; a estes T. accrescenta 5624 a aranha, xi-na-xô-ku. Recorrendo ao vocabulario encontra-se xu-ku exuviar, mudar de pelle por si, e escreve-se a-xô com a segurança do Tuarek a volta com suas garatujas.

Cada vocabulo tem de ser examinado a parte para ser convenientemente decomposto: isto não se faz aqui, porque o vocabulario já estava linotypado; demais para andar com segurança fora preciso cotejar todos os documentos nanos, trabalho para os especialistas. Com certeza do novo exame sahiriam modificados muitos vocabulos, quanto á discriminacão das syllabas, mas o estudo nada aproveitaria para os suffixos, pois não se tratava destes, sim das desinencias, isto é, de syllabas independentes, de vocabulos completos.

De suffixos, tratam ligeiramente Buenaventura Marquez e Manuel Navarro, nos respectivos vocabularios. Delles se occupou o emerito director do Anthropos, P. W. Schmidt, na analyse critica do Diccionario Sinibe rublicado Mitteilungen der em 1905 nas antropologischen Gesellschaft in Wien, V, 127/130. Não foi possivel consultal-a nesta cidade, aonde não existe. Sei apenas que condera os suffixos sipibos como « restos de um systema de classifica

ção analogo ao que se acha tão desenvolvido aos dialectos chibchas de Centro-America ». Isto faz suppor que não separou suffixos de desinencias.

Os Srs. G. de Créqui-Monfort e Dr P. Rivet dão estas informações em Les dialectes pano de Bolivie, impresso ha poucos mezes no Museon de Louvain, onde tambem se occupam de suffixos ou antes de desinencias. Devo o conhecimento deste importante trabalho á bondade do Dr. Rudolf R. Schuller, assim como as primeiras noticias sobre a existencia dos livros de Armentia, Navarro e Alemany todos os agradecimentos são poucos.

Havia até agora cinco vocabularios panos, contendo cada um mais de mil palavras.

O primeiro em antiguidade, «Vecabulario cunibo» de Fr. Buenaventura Marquez, arrola 3285 palavras e expressões, segundo a conta de Carlos von den Steinen. O autographo guarda-se na Biblioteca Nacional de Lima e ali começou a ser publicado em 1903 por La Gaceta cientifica. Tem appenso um vocabulario «pano castelhano reformado de cincoenta e tres paginas, sobre o qual não dá outras informações Rud. R. Schuller que examinou o codice e o descreve no Anthropos 6, 640.

A copia do British Museum, que não traz este appenso, andou, como se deprehende da nota marginal, por letra moderna, em que se compara o x catalão a ch fran. sh ANG.. andou por mão de algum francez, quiça Paul Marcroy (de Saint-Cric) que em 1853 annunciava pelo Bulletin de le Société de Géographie, de Paris, um glossario cunibo de tres mil palavras, façanha assombrosa, verdadeiro record em viajante.

O prolego offerece informações ligeiras sobre a pronuncia, notas finaes tratam de prefixos e interjeições. No prefacio Fr. Buenaventura Marquez, que o assigna e data de Manoa 25 de Dezembro de 1800, diz: « tambien tiene mucho que enmendar asi en la significacion de los terminos como en el modo de escribir-se ». No postfacio, datado de San Antonio de Canchahuaya em Ucayali, 26 de Dezembro de 1800, assignado igualmente fray Buenaventura Marquez, lê-se: « este és un corto vocabulario de la lengua de la nacion Cuniba, el qual, corregido de lo que tiene que enmendar, quedará con toda perfecion. Varias veses lo he corregido con bastante trabajo, y no deja de tener que enmendar... Este es mi parecer (salvo meliori) ».

Saltam aos olhos as incongruencias do prefacio e do postafcio. Em Lima talvez se possa facilmente desatar a meada. O Vocabulario cunibo merece publicação integral e editor competente.

A data de composição do Diccionario Sipibo anonymo fixa na

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