Poetas brazileiros |
Wat mensen zeggen - Een review schrijven
We hebben geen reviews gevonden op de gebruikelijke plaatsen.
Overige edities - Alles bekijken
Poetas Brazileiros: Raymundo Corréa, Alberto de Oliveira, Valentim Magalhaes ... Teixeira Bastos Geen voorbeeld beschikbaar - 2018 |
Poetas Brazileiros: Raymundo Corréa, Alberto de Oliveira, Valentim Magalhaes ... Teixeira Bastos Geen voorbeeld beschikbaar - 2018 |
Populaire passages
Pagina 116 - O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E em mi converte em choro o doce canto. E afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto, Que não se muda já como soía.
Pagina 19 - Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada. E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais, de novo, elas, serenas Rufiando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada... Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem...
Pagina 70 - O fresco, vivo odor, cálido, penetrante, Que, na rápida fuga, a vítima arquejante Vai deixando no ar, pérfido e traiçoeiro ; Todos, num turbilhão fantástico, ligeiro, Ora, em vórtice, aqui se agrupam, rodam, giram, E, cheios de furor frenético, respiram, Ora, cegos de raiva, afastados, dispersos, Arrojam-se a correr. Vão por trilhos diversos, Esbraseando o olhar, dilatando as narinas. Transpõem num momento os vales e as colinas, Sobem aos alcantis, descem pelas encostas, Recruzam-se febris...
Pagina 36 - Juba, se atira e em écos se propaga A torrente caudal, e ora a campina E as florestas alaga Em rio audaz que as fertiliza e banha...
Pagina 70 - Percorrem-te o primor às langorosas linhas, As curvas juvenis, onde a volúpia aninhas, Frescas ondulações de formas florescentes Que o teu contorno imprime às roupas eloquentes: O dorso aveludado, elétrico, felino...
Pagina 70 - A exacta correcção das azuladas veias, Que palpitam, de fogo entumecidas, cheias, — Tudo a matilha audaz perlustra, corre, aspira, Sonda, esquadrinha, explora, e anelante respira, Até que, finalmente, embriagada, louca, Vai encontrar a presa — o gozo — em tua boca.
Pagina 72 - Aquele amor cruel e carinhoso Na memória indelével nos perdura, Como acre aroma absorto na textura De um cofre oriental, fino e poroso. — Entranha-se; invetera-se; — de jeito, Que do tempo ao volver, lento e nocivo, Resiste; — e ainda mil pedaços feito O lígneo cárcer, que o retém cativo, Cada parcela reproduz perfeito O mesmo aroma, inalterável, vivo.
Pagina 35 - Entre abertos lisins de esconsa pedra, Um fio d'água viva; Exíguo e frouxo, palmo a palmo, avança Pela escarpada; a folha, de passagem, Leva, rodeia os troncos, não descansa, Não pára na viagem. Ora entre os liquens verdes serpenteia, Corre entre os fetos, geme na fragura, Ora caminho aberto em livre areia Acha — avança, murmura, • Desce depois mais volumoso, arreda Quanto encontra e, aumentando em...
Pagina 62 - ... cubiça, Que da torpeza acorda e á pressa corre á missa! Baixando o olhar incerto em frente de quem passa ! Ella estreita no seio a velha populaça, Nas vis dissoluções da lama e da preguiça, E nunca o santo impulso, o grito da Justiça, Lhe fez estremecer a fibra inerte e lassa! E pôde receber o beijo ea bofetada Sem que sinta o rubor da colera sagrada Acender-lhe na face as duas rosas bellas ! Sómente...
Pagina 116 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança; do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem (se algum houve), as saudades.