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tembro. Acompanhava esta carta a ameaça de destruir o Santo Sepulchro de Jerusalem, e o Mosteiro do Monte Sion, e as Igrejas que estavam debaixo do seu senhorio. O Papa mandou esta mesma carta pelo mesmo emissario Guardião de Monte Sion a El-Rei D. Manuel, pedindo-lhe que lhe dissesse o que responderia. A resposta d'El-Rei D. Manuel foi digna de um rei portuguez, e em substancia era Que muito sentia não lhe poder fazer maiores estragos, e que então teria o Turco rasão de se queixar, quando os seus exercitos victoriosos chegassem a Meca, o que esperava com a misericordia de Deus, e de ameaçar com a destruição do Santo Sepulchro de Christo, e que a rasão d'elle se mostrar tão soberho, era a desunião dos Principes catholicos, os quaes estava na mão de Sua Santidade compor e encaminhar para tão santa empreza, a qual se não teve effeito na vida de seu antecessor o Papa Alexandre, que n'isso muito trabalhou, é porque Deus a guardava para o seu tempo. Que emquanto á resposta Sua Santidade se saberia aconselhar com o Sacro Collegio dos Cardeaes, onde residia tanta prudencia e santidade. Não eram bravatas as palavras que El-Rei D. Manuel dirigia ao Papa, que elle tinha um Affonso de Albuquerque para desempenhar as suas promessas; e que faria um Affonso de Albuquerque se tivesse os braços desatados para obrar, elle cujo pensamento era arvorar as quinas em Suez, e que até queria fazer servir os rios como agentes aos seus planos estrategicos. Que homens creou esta nossa terra de Portugal!

Nota 74."- pag. 143

Os protestantes se oppozeram com a maior vehemencia á guerra contra os turcos; emquanto o Papa Leão X, seguindo o exemplo de seus antecessores, adverte a Europa do perigo que a ameaça, do abysmo em que pode ser sepultada a civilisação com as victorias do mahometismo, dois inimigos tentam contrariar por todos os modos as vistas politicas do Pontifice. O primeiro, Poeta e soldado libertino, Hulric Hultem senta-se no leito de dor onde jazia e pede uma penna, e á oração do legado do Papa, recitada na Dieta do imperio, responde com uma diatribe contra a pessoa de Leão X e familia dos Medicis, concitando o povo a recusar o seu obulo para a Santa Cruzada, isto quando os proprios judeus concorriam com a vintena. Emquanto o Poeta com um estylo de fogo esbraveja do seu leito, sobe ao pulpito o frade apostata, esse Martinho Luthero, para declamar contra a Cruzada da civilisação, que em nome da Religião se intentava armar contra as trevas da ignorancia. Ouçâmo-lo:

Não, não (exclama o frade saxonio) não ouçaes a voz de Leão X... Eu Martin me dirijo a vós, meus caros irmãos em Christo; eu vos conjuro para orar pelos nossos pobres Principes allemães; não nos. alistemos por caso algum n'esta cruzada contra o turco, e não demos a mais pequena moeda ao Papa. Antes mil vezes o turco ou o tartaro do que a Missa! Sim, digo-vos em voz bem alta e intelligivel, não sei que differença existe em fazer a guerra a um turco ou a um christão....

De maneira alguma a guerra contra o turco, meus caros amigos. O turco povoou o céu de bemaventurados, e o Papa o inferno de christãos. Os claustros, as universidades do reino do Papa, são mil vezes peiores que o turco! Quereis fazer a guerra ao turco? embora, mas começae pelo Papado: sim, aqui vo-lo juro, se o turco se lembrasse de tomar a estrada de Roma, seguro-vos que não chorava.

Fazer guerra aos turcos é fazer guerra a Deus.

"

Nunca olhei Mahomet como o Ante-Christo; não direi o mesmo do Papa: é. elle, é elle que é o Ante-Christo.

Quem tem ouvidos ouça-me: de maneira alguma se aliste contra os turcos emquanto existir um Papa debaixo da abobada celeste!»

Assim trovejava do pulpito, d'onde n'outro tempo mais de uma vez havia invocado o Espirito Santo, agora inspirado do espirito satanico, o frade renegado; persuadimo-nos que a mudança de dominio lhe seria indifferente, e talvez com a mesma facilidade com que havia largado o habito de frade, infiaria na cabeça o barrete turco. Comtudo os desejos que proclamava iam-se cumprindo; poucos

annos depois a Hungria é invadida, Rhodes cáe, Vienna cercada, as Costas da Italia invadidas e saqueadas, lá estão em caminho para Roma, ei-los na foz do Tibre, mas antes o turco do que a Missa, antes a barbaridade e a ignorancia do que a civilisação. Terrivel cegueira, ou antes implacavel inveja, que se explica em ver o successor de S. Pedro completar a empreza a mais sublime, e com o seu complemento roubar á reforma a sua importancia que se devia despedaçar na presença de um facto que dava ao Pontifice tanto credito, quanto era o interesse politico que d'ahi resultava á communidade dos povos e ao progresso da civilisação.

Nota 75,-pag. 144

A quéda de Constantinopla daria em resultado a conquista facil das possessões mauritanas na costa da Barberia; a malograda empreza de Carlos V, intentada para conquistar Argel, tão impoliticamente emprehendida, e que deu em resultado a perda da Hungria, não teria tido logar, se as apparatosas forças dispersadas pela tempestade e empregadas para esta expedição houveram sido melhor empregadas em soccorrer o Archi-duque seu irmão; era no coração e não nas pernas que o imperio ottomano devia ser atacado, porque ferido parcialmente, só poderia dar em resultado afrouxar a marcha rapida dos seus triumphos, quando de outro modo tudo o mais seria consequencia. Emquanto a nós os portuguezes, senhores de oito praças na Africa, que nos abriam as portas para a sua conquista, seriamos forçosamente ajudados, como outr'ora, pelos mesmos cruzados, que, to-, mada a séde do imperio ottomano, viriam gostosos debaixo das nossas bandeiras e do commando dos nossos Principes e ousados Capitães, terminar o aniquilamento dos sectarios do Koran, os quaes sem apoio, mais tarde ou mais cedo, abririam os olhos á verdadeira luz do Evangelho. É inutil demonstrar as conveniencias de ter entrado a civilisação ha tres seculos na Africa.

Nota 75. pag. 144

Todos sabem que no Concilio de Florença (1439) onde se reuniram o Imperador João Paleologo e os Prelados gregos, se discutiram entre os ditos prelados e os latinos os pontos theologicos que desuniam as duas Igrejas, e que removidos estes obstaculos, depois de assignadas as actas do Concilio pelo Papa, Cardeaes e outros Prelados latinos, e pelo Imperador João Paleologo é os Prelados gregos, todos beijaram a mão do Papa e abraçaram-se mutuamente uns aos outros, em signal de concordia e como um testemunho de boa intelligencia que d'ali em diante passava a reinar entre as duas Igrejas. Desgraçadamente um energumeno que em Constantinopla gosava de grande reputação, e era reputado como o primeiro defensor da Religião, Marcos de Epheso, e que no Concilio fôra o unico que recusára assentir á união, pôde tanto com os seus discursos sediciosos, que provocou um scisma declarado com os que persistiam na união. Isto junto á frouxidão do Imperador João Paleologo que teve a condescendencia de consentir em uma disputa entre este mesmo Marcos de Epheso e o sabio theologo dominicano Bartholomeu de Florença, fallecendo em consequencia de se haver exaltado muito na argumentação este declarado inimigo da união, deu em resultado a reincidencia do scisma, e quatro annos depois do Concilio (1443) a publicação de uma carta synodal dos Patriarchas de Alexandria, Antiochia e Jerusalem, pela qual pronunciavam sentença de deposição contra aquelles que fossem ordenados por Metrophanes, successor de José em Constantinopla, e apegados com elle ao scisma: a estas causas se deve ajuntar a pouca esperança que os gregos concebiam do auxilio dos latinos, e ao condemnavel indifferentismo dos Principes Catholicos em auxiliarem os seus irmãos em crença, fechando os ouvidos ás clamorosas vozes que do alto do Vaticano os chamavam a salvarem a civilisação que começava a ser ameaçada com a perda da segunda Roma. Mais tarde, no anno de 1451, o Imperador Constantino, ameaçado por Mahomet II, envia embaixadores ao Papa pedindo-lhe soccorros e um legado para trabalhar efficazmente na reducção dos scismaticos; o Papa não foi surdo ás vozes do Imperador e enviou-lhe o Car

deal Isidro Grego e Arcebispo de Kiovia na Russia, que apparentemente foi feliz. nas suas negociações; os gregos aceitaram o decreto da união, mas estavam traiçoeiramente tratando com os hussistas da Bohemia, e no anno seguinte revoltam-se abertamente contra a união, instigados pelo frade Genadius, digno successor de Marcos de Epheso, pelo odio que professava pela Igreja Romana, tomando parte mui pronunciada na revolta as religiosas e beatas, que estavam debaixo da sua direcção, proclamando estas anathema contra aquelles que tinham approvado a união ou a approvassem de futuro. Coitados! tinha-lhes Deus cegado a vista; um anno depois eram victimas da insolencia do soldado musulmano; e o frade energumeno talvez tivesse trocado o capuz do frade pelo barrete turco: um anno depois o imperio grego cessava de existir!

Nota 77.a pag. 145

Não se julgue que a minha politica era adversa á alliança ingleza, pelo contrario, estou que a alliança franca e leal, baseada sobre mutuos interesses commerciaes e de nacionalidade, seria proficua aos dois paizes, mas nunca a tutelagem pesada e imperiosa de uma nação, impondo a lei ao seu alliado que acabava de derramar o seu sangue tão generosa e lealmente ao lado dos seus exercitos em uma causa commum. Era principalmente depois da paz que esta alliança se deveria ter formado sobre bases solidas e não mesquinhas; n'esta epocha que podéra ser de uma verdadeira resurreição nacional para Portugal, o que se podéra ter feito, se o Rei que presidia aos seus destinos tivesse conselheiros em cujo peito batesse com mais violencia o amor da patria. Portugal com uma divida insignificantissima, com um exercito aguerrido, uma marinha n'aquelle tempo importante, um ancoradouro como o Tejo, com colonias nas differentes partes do globo, incluindo o Brazil, que posição podia tomar no mundo politico se tivera um governo illustrado. principalmente se a Inglaterra se prestasse, como devia mesmo pelo seu interesse, a apoiar o desenvolvimento da politica do gabinete portuguez. Mas dado o caso negativo, isto é, que a Inglaterra seguisse a falsa politica que depois seguiu de nos enfraquecer, apoiando a desmembração da monarchia portugueza, e semeando entre nós a discordia civil; contra tudo isto nos poderamos ter prevenido, mostrando mais vontade e decisão, por que tivessem a certeza que até á quéda dos Bourbons nunca a Inglaterra queimaria uma escorva contra nós; todos viram o ciume pela expedição do Duque de Angouleme, a contramina á sua influencia n'esta Corte, intentada em 1823 pelo Embaixador francez, mas mais que tudo os devia preoccupar a alliança continental que se preparava nos ultimos tempos de Carlos X; e assim podíamos estar seguros, porque o ponto de apoio para a alavanca podia novamente ser necessario. É verdade que somos tributarios á Inglaterra em perto de cinco milhões annuaes; mas que é isto para a Inglaterra? é nada em comparação da alliança segura e leal de uma nação com colonias nos mesmos pontos do globo, onde simultaneamente se podiam auxiliar e repartir os lucros de um vantajoso commercio. A mesma influencia na Asia, que conservâmos pelo echo do nosso antigo nome e pelo Padroado, poderia ter servido, temperando a Inglaterra ao mesmo tempo o rigor do mando para resignar ao seu imperio os colonos que hoje vimos insurgidos. Estou certo que està politica leal teria sido seguida, se fossem ouvidos aquelles inglezes que comnosco misturaram o seu sangue, viveram entre nós, nos apertaram lealmente a mão, os quaes, sem perderem a condição de inglezes, por assim dizer se tornavam meios portuguezes, a quem podemos chamar anglo-lusos. Alem dos principaes Cabos que nos levaram á victoria, a memoria se apraz em consignar mais de um: os nomes de Archbald Campbel, Sir John Wilson, um Durban, Sir John Campbel, um Ricardo Amstrong e outros sempre serão caros aos seus amigos verdadeiros. Assim se algum dia precisasse do seu alliado, o que encontrava? o aniquilamento, os odios de uma grande parte de seus habitantes, ou pelo menos o burro da fabula; o mais perfeito indifferentismo, mas nem isso, um cadaver, é um cadaver não peleja.

Quando fallo do poder da Inglaterra, quero dizer que, senhora dos mares e

pela sua posição geographica, está sempre no caso de aggredir sem ser aggredida: è como para sustentar a sua posição commercial e o senhorio dos mares, lhe é necessario recorrer a meios artificiaes, não póde deixar de ser pesada ao resto do mundo, que muitas vezes, pelo instincto da sua conservação e opulencia, se vê obrigada a revolver.

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A Russia com a existencia do Imperio grego, da Polonia e Hungria nunca podia dar o menor susto á Europa, e seria obrigada a lançar-se na Asia. Pela sua adherencia á união da Igreja latina mais cedo lhe entraria a civilisação. Em materia religiosa os russos estavam no costume de seguir os exemplos dos gregos de Constantinopla; o metropolitano da Russia, o Arcebispo de Kiovia Isidoro, tinha estado conjuntamente com os Prelados gregos no Concilio de Florença. Os soberanos da Russia por mais de uma vez mostraram, por vistas politicas, querer abandonar o scisma, prestando obediencia á Igreja latina.

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Por muito tempo se viu uma casa em ruinas junto á Ermida do Senhor da Salvação e Paz, que está pegada á casa das Commendadeiras da Encarnação, que tinha o numero de policia de 52 a 54, e com uma das frentes para o beco de S. Luiz, cuja casa era foreira a D. Aleixo de Menezes, e foi ultimamente reedificada; este predio, pela descripção da biographia do padre Fr. Francisco de Santo Agostinho, parece ter sido a habitação do nosso Poeta.

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Este fidalgo, que era sobrinho do celebre Martim Gonçalves da Camara, tem sido censurado pelas instancias que fazia ao nosso Poeta pela traducção que lhe tinha encomendado dos Psalmos penitenciaes; mas estas mesmas instancias provam o apreço que fazia d'elle, ao qual sem duvida não deixaria de gratificar, e estamos persuadidos que não seria surdo á exposição que o mesmo lhe fazia das suas difficeis circumstancias pecuniarias. André Falcão de Resende amigo do nosso Poeta, em um dos seus sonetos nos descreve este fidalgo como mancebo gentil, douto e dado ás Musas e ás armas, liberal e favorecedor dos necessitados:

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Foi filho D. Gonçalo Coutinho de D. Gastão Coutinho e D. Filippa de Sousa; foi Commendador das Commendas de Vaqueiros e Santa Luzia de Trancoso, da Ordem de Christo. Era grande amigo do nosso Poeta, que dizem que muitas ve zes tinha por hospede na sua quinta de Vaqueiros. A amisade d'este fidalgo a Luiz de Camões, consta do verso de Fr. Luiz de Sousa:

Ac velut Orphæo revocasti munere amicum.

Militou em Africa, foi Governador do Reino do Algarve, e do Conselho d'Estado de Filippe III. Escreveu varias obras em prosa e verso, e entre estas a vida de Francisco de Sá de Miranda, que saíu na edição de 1614. A collecção das suas poesias se conservava na livraria do Duque de Lafões, como affirma Diogo Barbosa Machado na sua Bibliotheca Lusitana.

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No prologo que compoz Pedro de Mariz, e anda no principio dos Commentarios (diz o padre Fr. Fernando da Soledade, auctor da Chronica Serafica, referindo-se ao epitaphio) feitos pelo Licenceado Manuel Correia aos Lusiadas d'este famoso poeta, se acrescentam ao sobredito estas palavras: Viveo pobre e miseravelmente e assim morreo. O mesmo achamos em a ultima impressão das suas obras que saíu á luz no anno de 1702, e taes clausulas não apparecem na pedra da sepultura, etc.

Nota 83. pag. 131

Tem por titulo este MS.: Livro de Diogo de Mouro de Sousa, o qual elle escreveu de suas curiosidades, de muitas e diversas poesias de differentes sujeitos, e de alguns epitaphios de differentes sepulturas dignos de se notarem; e de outros muito applaudidos os quaes vão misturados, importa a quem quer que passar o não communique, porque vão n'elle cousas que importam reputação alheia, feito no anno de 1638. N'este MS. o local da sepultura é descripto por esta fórma: Á entrada da porta principal de Sant'Anna, á mão esquerda, está a sepultura do fanroso poeta Luis de Camoens, a qual mandou fazer D. Gonçalo Coutinho, na qual estão postos estes epitafios, etc.

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Nota 84. pag. 154

Eis o que diz este auctor no seu Ensaio biographico-critico sobre os melhores Poetas portuguezes, tomo H, livro Iv, capitulo m.

Já em outra parte dei a rasão d'esta falta procurando destruir esta prova negativa, referindo o que muitas vezes ouvi dizer a José Agostinho de Macedo, testemunha insuspeita de que pretendesse accudir pela gloria de Camões, de quem era detractor figadal; e é que fazendo-se, a pedido de alguns estrangeiros, no Convento de Sant'Anna, exactas pèsquizas para descobrir a sepultura do Poeta. depois de muitos trabalhos e diligencias baldadas, de modo que estavam já perdidas todas as esperanças de bom exito, disse uma freira velha que tendo algumas vezes espreitado por uma fenda do altar, que estava junto á grade do côro de baixo, lhe parecêra ter ali visto uma lapida sepulchral.

Tirado o altar achou-se com effeito uma sepultura que não podia ser senão a do Poeta, pois ainda se conservava a inscripção, que lhe mandara pôr D. Gonçalo Coutinho, e os versos latinos que andam impressos nas suas obras: porém a lapida estava toda quebrada e fendida, sem duvida com a quéda das ahobadas na occasião do terremoto. Para abrir a sepultura foi a lapidà tirada a pedaços, e para a tapar substituida por outra; mas aqui mesmo se mostra a pouca attenção que entre nós se dá a estes objectos, pois nem a nova campa se fez igual á primeira, nem ao menos se lembrou ninguem de gravar na nova alguma inseripção, que informasse á posteridade do motivo por que ali faltava, o epitaphio. » Pelo conhecimento que temos do local podemos assegurar que esta noticia não tem fundamento algum, porque tal altar não existe n'aquelle sitio, porém sómente os que estão encostados ás paredes lateraes do côro.

Nota 85. pag. 155

A reedificação d'este Mosteiro esteve muito tempo suspensa por ordem do Marquez de Pombal que intentou reuni-las com as religiosas da Esperança, durando esta crise até o anno de 1771 em que se nomeou abbadessa, e foi só depois do anno de 1778 que se começaram as obras, reinando já a Sr.a D. Maria I; assim, se no anno de 1818, em que houve o pensamento de se fazer a trasladação dos ossos do nosso Poeta, se tivesse começado pelo essencial que era fazer indagações no proprio local, teriam encontrado não só freiras do tempo do terremoto, mas muitos officiaes que tivessem trabalhado nas ditas obras que podessem informar com exactidão do estado anterior da sepultura.

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