Um anno na corte, Volume 2

Voorkant
Viuva Moré, 1863

Vanuit het boek

Geselecteerde pagina's

Overige edities - Alles bekijken

Populaire passages

Pagina 102 - Basta senhor, que a um rei de Portugal hão de dizer seus ministros que não há meio para haver trezentos mil cruzados com que acudir ao Brasil, que é tudo quanto temos! Ora eu com esta roupeta remendada espero em Deus que hoje hei de dar a VM toda esta quantia.
Pagina 221 - ... lancholicas horas, elle se não sentiu pequeno e fraco dian« te da immensidade das cousas creadas, se não sentiu infinita « tristeza repassar-lhe a alma, se não pediu a Deus que lhe « tirasse o dom fatal do genio, que consome o espirito, e « lança na sepultura ainda no verdor dos nnnos os que o pos...
Pagina 221 - ... não deixa gosar a felicidade da gloria, que lhe faz subir as lagrimas aos olhos quando mal nos labios se formou o riso da alegria? Venha o avarento, com todos os seus thesouros, cercado de gemmas preciosas e de pilhas de oiro, e diga-nos : se a riqueza é a felicidade, ou se não é antes a inquietação de todas as horas, diga-nos, se a riqueza não é martyrio, quando o susto se ergue pallido diante dos olhos, eo terror cinge e aperta nos braços descarnados o corpo fragil do avarento?
Pagina 146 - Alteza ha de adquirir nome ou de mais ou de menos grande Principe. A idade, o engenho, as obrigações, tudo está empenhando a Vossa Alteza a obrar conforme seu real sangue, e mostrar ao mundo que é Vossa Alteza, herdeiro de seus famosissimos Primogenitores, não só no sceptro, mas muito mais no valor.
Pagina 150 - ... serem os innocentes castigados em vez dos criminosos. — E havemos de deixar o monstruoso judaísmo estender outra vez , por este reino , o seu corrupto poder? — Pelo favor, e pelo perdão se alcançará desses homens , o que pela severidade do rigor se não tem até hoje alcançado — accudiu o Padre Vieira.
Pagina 144 - Isto quanto ao poder estranho. O poder próprio em que se funda a conservação de Portugal, ou são as forças interiores do Reino ou as exteriores das Conquistas; e nenhuma por si, nem ambas juntas são bastantes ao conservar naturalmente, no caso em que tenhamos guerra com Castela, do que se não pode duvidar. Porque, posto que o poder militar conste e se componha de...
Pagina 222 - ... passar sobre a sua felicidade, como nuvem ligeira, sobre a face do sol em dia de primavera, diga-nos, se vago e indefinido receio o não faz subitamente estremecer, quando elle descuidoso se entrega aos encantos de uma ventura que nada parece ameaçar?
Pagina 220 - Haverá felicidade no mundo, haverá, mas no coração «do homem certo é que não existe ella perfeita. Esperar e «desejar, é bom ás vezes, mas a felicidade não está, não « pode estar nem na esperança, nem no desejo. E se a espe« rança se realisar, se o desejo for satisfeito, então isso é a « felicidade de certo ? Pois não é : porque vem a desconfian«ça, vem a incerteza, vem a incredulidade, vem o susto, « vem tudo perturbar o prazer, que se não chega a gosar « absolutamente...
Pagina 154 - Ainda é tempo , senhor , de os colher todos , que ainda nenhuma os ganhou r é tempo ainda de os unir uns aos outros , e de refazer as roupas talares com que se cobriu Portugal , quando era a maior monarehia da terra. É tempo ainda de VA fazer erguer magestosa a fé, que os seus antepassados defenderam sempre e propagaram por toda a...
Pagina 147 - Ides fallar-me dos christãos novos. — Christãos novos se chama a muitos, que devem ser julgados por tão verdadeiramente christãos velhos , como quantos o são , só porque se lhes não conhecem os avós. Senhor estas distinções causam os ódios , e destes triumpham os maus e padecem os bons. O baptismo é um só; todos por elle ficam eguaes, e egual é para todos a graça que elle communica, porque para com Deus não ha excepção de pessoa, nem distincção de christão novo e christão...

Bibliografische gegevens