The Oxford Book of Portuguese Verse: XIIth Century-XXth Century

Voorkant
Aubrey Fitz Gerald Bell
Clarendon Press, 1925 - 320 pagina's

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Pagina 64 - Ai flores, ai flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo? ai Deus,. eu é? Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado? ai Deus, eu é?
Pagina 169 - Testa de neve e de ouro, Riso brando e suave, olhar sereno, Um gesto delicado, Que sempre na alma me estará pintado. Nesta florida terra, Leda, fresca e serena, Ledo e contente para mi m vivia; Em paz com minha guerra, Glorioso co' a pena Que de tão belos olhos procedia.
Pagina 155 - Um mover de olhos, brando e piedoso, Sem ver de que; um riso brando e honesto, Quasi forçado; um doce e humilde gesto, De qualquer alegria duvidoso; Um despejo quieto e vergonhoso; Um repouso gravíssimo e modesto; Uma pura bondade, manifesto Indício da alma, limpo e gracioso; Um encolhido ousar; uma brandura; Um medo sem ter culpa; um ar sereno; Um longo e obediente sofrimento: Esta foi a celeste formosura Da minha Circe, eo mágico veneno Que pôde transformar meu pensamento.
Pagina 146 - N'alma, de mágoas tão cheia, Como dirá (respondi) Quem alheio está de si Doce canto em terra alheia ? Como poderá cantar Quem em choro banha o peito ? Porque, se quem trabalhar Canta por menos cansar, Eu, só, descansos engeito.
Pagina 276 - O meu amor escondi-o Numa cova ao pé do mar... Morre o amor, vive a saudade... Morre o sol, olha o luar!... Morre o amor, vive a saudade... Morre o sol, olha o luar!... Lactescente a neblina opálica flutua, Diluindo, evaporando os montes de granito Em colossos de sonho, extasiados de lua... Flébil, chora uma voz no letargo infinito: Quem dá ais, ó rouxinol, Lá para as bandas do mar?... É o meu amor que na cova Leva as noites a chorar!...
Pagina 1 - Ai eu coitada, como vivo en gran cuidado por meu amigo que ei alongado! muito me tarda o meu amigo na guarda!
Pagina 160 - Estais, que, cá tão longe, de alegria Me sustentais com doce fingimento! Em vos afigurando o pensamento, Foge todo o trabalho e toda a pena. Só com vossas lembranças, Me acho seguro e forte Contra o rosto feroz da fera Morte, E logo se me juntam esperanças Com que a fronte, tornada mais serena, Torna os tormentos graves Em saudades brandas e suaves.
Pagina 160 - Toma novos esp'ritos, com que vença A Fortuna e Trabalho, Só por tornar a ver-vos, Só por ir a servir-vos e querer-vos.
Pagina 154 - É solitário andar por entre a gente; É um não contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É um estar-se preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É um ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode o seu favor Nos mortais corações conformidade Sendo a si tão contrário o mesmo Amor?
Pagina 152 - ... tu, divino aposento, minha pátria singular! Se só com te imaginar tanto sobe o entendimento, que fará se em ti se achar? Ditoso quem se partir para ti, terra excelente, tão justo e tão penitente que, despois de a ti subir, lá descanse eternamente.

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