Poetas brazileiros

Voorkant
Lello & irmão, 1895 - 135 pagina's
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Populaire passages

Pagina 21 - Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada. E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais, de novo, elas, serenas Rufiando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada... Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem...
Pagina 74 - Um sentimento acérbo e voluptuoso. Aquelle amor cruel e carinhoso Na memoria indelevel nos perdura, Como acre aroma absorto na textura De um cofre oriental, fino e poroso. — Entranha-se; invetera-se; — de geito Que do tempo ao volver, lento e nocivo, Eesiste; — e ainda mil pedaços feito O ligneo carcer, que o retem captivo, Cada parcella reproduz perfeito O mesmo aroma, inalteravel, vivo.
Pagina 118 - Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem (se algum houve) as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E em mi converte em choro o doce canto. E afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto, Que não se muda já como soía.
Pagina 38 - Juba, se atira e em écos se propaga A torrente caudal, e ora a campina E as florestas alaga Em rio audaz que as fertiliza e banha...
Pagina 72 - Que, na rápida fuga, a vítima arquejante Vai deixando no ar, pérfido e traiçoeiro; Todos, num turbilhão fantástico, ligeiro, Ora, em vórtice, aqui se agrupam, rodam, giram, E, cheios de furor frenético, respiram, Ora, cegos de raiva, afastados, dispersos, Arrojam-se a correr. Vão por trilhos diversos, Esbraseando o olhar, dilatando as narinas. Transpõem num momento os vales e as colinas, Sobem aos alcantis, descem pelas encostas, Recruzam-se febris em direções opostas, Té que da presa,...
Pagina 37 - Entre abertos lisins de esconsa pedra, Um fio d'água viva; Exíguo e frouxo, palmo a palmo, avança Pela escarpada; a folha, de passagem, Leva, rodeia os troncos, não descansa, Não pára na viagem. Ora entre os liquens verdes serpenteia, Corre entre os fetos, geme na fragura, Ora caminho aberto em livre areia Acha — avança, murmura, • Desce depois mais volumoso, arreda Quanto encontra e, aumentando em...
Pagina 38 - Hecua e salta, erguendo em cada queda O seu pennacho d'agua; Com a chuva engrossa, rue no chão da gruta, Cascata agora, — a penedia bronca Mina-a em redor, desloca-a, immensa e bruta, Leva-a, espumeja e ronca; A tudo investe, abala, desimplanta, Destróe, derruba, na evulsão crescente, E ruge das quebradas na garganta A impetuosa torrente.
Pagina 72 - A exacta correcção das azuladas veias, Que palpitam, de fogo entumecidas, cheias, — Tudo a matilha audaz perlustra, corre, aspira, Sonda, esquadrinha, explora, e anelante respira, Até que, finalmente, embriagada, louca, Vai encontrar a presa — o gozo — em tua boca.
Pagina 118 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança; do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem (se algum houve), as saudades.
Pagina 23 - CASTRO ALVES Tinha na mão brilhante a trompa bronzeada. (CASTRO ALVES) FORAM-SE todas já. Uma era a bela Musa das notas líricas, sombrias; Outra empunhava a taça das orgias; Outra o pincel da americana tela; Esta era torva e extravagante; aquela De Henri Heine lembrava as fantasias — Eis as musas gentis do Abreu, do Dias, Do Azevedo, do Freire e do Varela . . . Cada uma destas pálida sustinha Na mão uma harpa d'oiro, ea desejada Glória a seguir cada uma destas vinha. . . De Castro Alves...

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