Revista universal Lisbonense, Volume 9Imprensa Nacional, 1850 |
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Pagina 295 - Que o tempo quase derrocou, truncada. No pedestal musgoso, em que te ergueram Nossos avós, eu me assentei. Ao longe, Do...
Pagina 297 - Deixar de ser perenne testemunho Da avita crença, os montes, a espessura, O mar, a lua, o murmurar da fonte, Da natureza as vagas harmonias, Da cruz em nome, falarão do Verbo.
Pagina 295 - Amo-te sobre o altar, onde, entre incensos, As preces te rodeiam; Amo-te quando em préstito festivo As multidões te hasteiam; Amo-te erguida no cruzeiro antigo, No adro do...
Pagina 296 - Teu escabelo o dorso da montanha. Tempo houve em que esses braços te adornava C'roa viçosa de gentis boninas, E o pedestal te rodeavam preces. Ficaste em breve só, ea voz humana Fez , pouco a pouco , junto a ti silencio. Que te importava ? As arvores da encosta Curvavam-se a saudar-te , e revoando As aves vinham circumdar-te de hymnos.
Pagina 297 - Hão-de os humanos Aos pés pisar-te; e esquecerás no mundo. Da gratidão a divida não paga Ficará, oh tremenda accusadora, Sem que as faces lhes tinja a cor do pejo ; Sem que o remorso os corações lhes rasgue. Do Christo o nome passará na terra. Não ! Quando, em pó desfeita, a cruz divina Deixar de ser perenne testemunho Da avita crença...
Pagina 214 - Vive para a defender l —Mancebo, suspende o passo; Se em teu braço vae a morte, Desarma-o : talvez em pouco, A ti volva amena sorte. Ingrato não menosprezes O presente do Senhor : Vê que as feras o conservam; Não queiras ser-lhe inferior. No painel da vida humana. Tens quinhão a preencher. Que luz, que sombra te caiba, Toma a sorte por dever. • Embora duro tormento Afilija teu coração; Põe em Deus os olhos d'ahna, Mais força terás então.
Pagina 296 - ... o cepo incendiado ; Sobre a mesa frugal nunca, no estio, Refrigerante pomo. Assim do velho Pelejador os derradeiros dias Derivam para o...
Pagina 296 - Vem assentar-se á luz meiga da tarde, Na tarde do viver, junto do teixo Da montanha natal. Na fronte calva, Que o Sol tostou e que enrugaram annos, Ha um como fulgor sereno e santo. Da aldeia semideus, devem-lhe todos O tecto, a liberdade, ea honra e vida. Ao perpassar do veterano os velhos A mão que os protegeu apertam gratos ; Com amorosa timidez os moços Saudam-no qual pae.
Pagina 296 - Quando calada a humanidade ouvia Este atroz blasphemar, tu te elevaste Lá do Oriente, oh ! cruz, envolta em gloria, E bradaste, tremenda, ao forte, ao rico : — « Mentira I » E o servo alevantou os olhos, Onde a esperança scintillava.
Pagina 297 - No teu rochedo alpestre , onde te viam Pousar tristonha e só ? Acaso , á noite , Quando a procella no pinhal rugia , Criam ouvir-te a voz accusadora Sobrelevar á voz da tempestade? Que...