Parnaso Lusitano: ou, Poesias selectas dos auctores portuguezes antigos e modernos, illustradas com notas. Precedido de uma historia abreviada da lingua e poesia portugueza, Volume 6

Voorkant
J. P. Aillaud, 1834 - 313 pagina's

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Pagina 225 - Roma, Os teus costumes antigos: Entre as nações sossegadas Sabe que o ócio arraigado, E as paixões em paz criadas, Fazem mais sangue no estado, Do que os gumes das espadas: Deixa pois haver queixumes; Metam-se armadas no fundo, Acenda a guerra os seus lumes; Que assim tornará ao mundo A inocência dos costumes: A intacta fé, a verdade Venham...
Pagina 252 - Onde metiamos a mão: Veremos o vão peralta Calcando importuna lama, , Que as alvas meias lhe esmalta, Na esteira de esquiva dama, Que de pedra em pedra salta : Aos cafés iremos...
Pagina 204 - cabra» das melhores pernas, Hoje joga os «três setes» nas tavernas. Os roxos olhos para o ar alçados, Encostado na esquina de um bufete, Pensativo taful mordia uns dados, Que seis vezes tiraram quatro a sete; Com suspeitas de que eram carregados, Em duro almofariz o triste os mete; E a golpes de martelo aberto o centro, Por fora são marfim, chumbo por dentro. Mais ao longe, com pálida viseira, Sujo poeta está vociferando, Da nojosa, empeçada cabeleira, Várias pontas de palha...
Pagina 58 - Que por baixo, na base, tem aberta? Se se houver de julgar pela apparencia, O nome, a catadura, o penteado Dizendo-nos estão que este bilhostre Foi Francez, e talvez cabelleireiro, Inventor do topete que o enfeita.
Pagina 255 - E leva a bréca a Inglaterra : Dão ao Leão furibundo Gibraltar em justa guerra ; E este Concilio profundo, Sem ter um palmo de terra Está repartindo o mundo : Dado em fim o inglez á sola, Qualquer dos ditos confrades Na rota capa se enrola ; E tendo dado cidades, Nos vem pedir uma esmola : D'alli. Senhor, voltaremos Pelas praças principaes ; Que bellas cousas veremos ! Que famosos editaes Pelas esquinas leremos!
Pagina 233 - Ponho um exemplo: Amor, é falso o que dizes, Teu bom rosto é contrafeito; Tenta novos infelizes; Que eu ainda trago no peito Mui frescas as cicatrizes... Dei-te os cuidados e os dias; De tudo já foste dono, Restam só melancolias; Que glória te dá um trono Posto sobre cinzas frias? Teus golpes de mim que esperam? Dá fôlego a escravos mancos Que em teu carro entorpeceram; Deixa em paz cabelos...
Pagina 26 - Para o altar-mór, onde se reveste, Onde, como costuma, em contra-baixo, Sem saber o que diz, a missa canta. Toda aquella manhã uma só benção Sobre o povo não lança ; antes confuso, Em profundo silencio á casa torna, Onde, logo a conselho convocando Toda a grande familia, assim lhe falla: «Amigos, companheiros, que o Destino Fez de meu mal, e bem participantes, O caso sabereis mais execrando, Que até hoje no mundo se tem visto. O Deão...
Pagina 208 - Diz um sábio que o século presente Ia emendando os erros do passado; Mas que das odes a infeliz torrente Tinha a língua outra vez...
Pagina 249 - Bons desejos que te deve; Que tenhaes paz e alegria. Mais que o triste, que isto escreve : Que n'essas vastas campinas, Que assombram ermos outeiros; Vivaes horas mais benignas, Livre de duros banqueiros. Livre de ingratas Nerinas : Em boa tarde mandae Farpear bravo novilho. Com o conde passeae...
Pagina 210 - Eis aqui, meu Alcino, tenho [exposto A medicina, que me tem sarado; E como trazes o quebrado rosto De lágrimas de...

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