Bocage, sua vida e época litterariaImprensa Portugueza, 1876 - 306 pagina's |
Inhoudsopgave
5 | |
9 | |
19 | |
34 | |
38 | |
43 | |
59 | |
77 | |
204 | |
208 | |
209 | |
210 | |
234 | |
268 | |
271 | |
273 | |
78 | |
132 | |
175 | |
185 | |
186 | |
277 | |
278 | |
285 | |
295 | |
305 | |
Overige edities - Alles bekijken
Populaire passages
Pagina 248 - Ao mal, que a vida em sua origem damna. Prazeres, socios meus, e meus tyrannos! Esta alma, que sedenta em si não coube, No abysmo vos sumiu dos desenganos: Deus, oh! Deus!. . . Quando a morte á luz me roube. Ganhe um momento o que perderam annos, Saiba morrer o que viver não soube. O mesmo— Soneto 49.°, pag. 217. Dictado entre as agonias do sen transito fica1 Já Bocage não sou f ... A' cova escura Meu estro vae parar desfeito em vento.
Pagina 43 - A formosura desta fresca serra E a sombra dos verdes castanheiros; O manso caminhar destes ribeiros Donde toda a tristeza se desterra; O rouco som do mar, a estranha terra, O esconder do Sol pelos outeiros, O recolher dos gados derradeiros, Das nuvens pelo ar a branda guerra; Enfim, tudo o que a rara Natureza Com tanta variedade nos ofrece, Me está, se não te vejo, magoando.
Pagina 179 - ... Do tempo sobre as azas volve o dia, O ponto de meu triste nascimento ; Vedado á luz do sol este momento, Furias, com vossos fachos se alumia ! (1) No dia 22 de Septembro é que Bocage terminou as coplas dos Trabalhos da vida humana, em que relata as miserias do encarceramento: Ha já quarenta e tres dias Que choro n'este degredo : Heide ser muito calado, Costumaram-me ao Segredo.
Pagina 202 - Já velha, já cansada, Que este mancebo vem tomar-te os louros, Ganhados com teu canto na áurea quadra Em que ao bom Corydon, a Elpino, a Alfeno Aplaudia Ulissea.
Pagina 153 - Ex.B o que consta e se verifica ser certo o facto das cantigas que cantavam cinco francezes, e de irem á mesma taverna todas as noites; ainda que como eram cantadas em francez, as testemunhas não depõem do que ellas continham, e só sim a primeira do Summario que ho o Medico que foi da Camará de S.
Pagina 178 - Lembrava-me a curta fresta, Por onde á presa matula Ouvia de quando em quando Conto vil em phrase chula. Lembrava-me a gritaria, Que faz a corja a quem passa, Loucamente misturando O prazer com a desgraça.
Pagina 238 - Maria desenhara em cima de uma banca um triangulo e em um angulo d'elle um olho, e dentro d'elle o sol, a lua e algumas estrellas e duas mãos dadas, e que dissera, se havia céo n'este mundo era aquelle ; e chamando o tal Bocage para vêr, elle se escusou, que não gostava de desenhos, mas...
Pagina 247 - Quando o homem crê vizinhar com o seu Nada (o Nada universal) as sombras em que o envolvem, o abafam as suas paixões, se rarefazem e esvaecem aos lumes da Justiça e do Desengano: ou já lhe brote sobrenaturalmente na alma este fenómeno, ou já porque, evaporado o amor próprio, atente mais nos outros que em si.
Pagina 187 - Pelo misero intercede Que a ti recorre em seus males, Que prompto auxilio te pede ; O que podes, o que vales Por minhas angustias mede. Dá-me a luz, que respirei No seio da humanidade ; Roga que se abrande a lei A que a doce liberdade Submisso e mudo curvei.
Pagina 95 - Boca que à parte esquerda se acomoda (Uns afirmam que fede, outros que cheira); Japona, que da Ladra andou na feira; Ferrugento faim, que já foi moda No tempo em que Albuquerque fez a poda Ao soberbo Hidalcão, com mão guerreira; Ruço calção que espipa no joelho, Meia e sapato, com que ao...