Pagina-afbeeldingen
PDF
ePub

Annos non 5, 6 e 8 prohibetur clericis ministerium suum relinquere obtentu maioris perfectionis in vita monastica adepiscendae.) Tambem ordena que a nenhuma Virgem consagrada a Deos se dê o veo de religiosa sem ter a idade de quarenta annos. (Prohibentur virgines velari nisi quadragenariae, et accedente episcopi consensu.) Fleury diz que he a primeira menção de vida monastica em monumentos ecclesiasticos da Hespanha. (Hic prima vice de vita monastica in Hispania mentio fit.)

400

516

40

546

550

560

561

No Toletano 1, Canon 6, a donzella consagrada a Deos não tenha familiaridade com varões. Canon 9, nenhuma professa ou viuva reze em sua caza com o clerigo. Canon 16, se a consagrada a Deos faltar á castidade, não entre na igreja sem ter feito penitencia por dez annos, &c. O Concilio provincial Tarraconense mostra nos seus Canones 4 e 11 a existencia de mosteiros e monges com Abbade, pois legisla a respeito delles.

O Concilio de Barcelona, Canon 10, que acerca dos monges se guarde o estabelecido no Concilio Calcedo

nense.

O Concilio de Lerida, Canon 3, que a respeito dos monges se observe o determinado no Concilio de Agde, e que só se ordenem com beneplacito do Abbade os que o Bispo julgar necessarios para o serviço das igrejas; que o Bispo não possa dispor dos bens dos mosteiros; que, se algum secular edificar igreja, não possa ser com pretexto de mosteiro, se não houver ahi monges que vivão debaixo de regra; e que esteja sujeita às leis da Diocese.

Canon 6, que o que commetter estupro violento com viuva ou virgem religiosa, seja excommungado.

Do Dumiense diz Isidoro, De Vir. illust., cap. 35.0: « Ecclesias confirmavit, monasteria condidit».

01.o Canon do 1 Concilio Bracarense manda que todos guardem o mesmo rito nos officios divinos, sem misturar costumes particulares, nem de mosteiros. Havia já, pois,

mosteiros em tanto numero, que podião concorrer para Annos alteração dos ritos das igrejas.

Venancio Fortunato, liv. iv, diz que S. Victoriano (fal- 566 lecido neste anno) fundou muitos mosteiros em Aragão sua patria, e que foi muitos annos Abbade do de Assanal em Aragão. (Ferrer.)

No Biclarense Chronicon a este anno lê-se: «Donatus 571 abbas monasterii Servitani mirabilium operator » (não longe de Denia em reinos de Valencia).

Santo Ildefonso, Varões illustres, cap. 4.o: « Donatus et professione et opere monachus, cujusdam Eremitae fertur in Africa exstitisse discipulus. Hic violentias barbararum Gentium imminere conspiciens atque ovilis dissipationem et gregis monachorum pericula pertimescens, ferme cum septuaginta monachis, copiosisque librorum codicibus navali vehiculo in Hispaniam commeavit. Cui ab illustri religiosa que foemina Minicea subsidiis ac rerum opibus ministratis, Servitanum monasterium visus est construxisse. Iste prior in Hispaniam monasticae observantiae usum et regulam dicitur adduxisse».

600

Do Bispo Emeritense Masona, que regeo aquella Igreja 573 por estes annos, diz Paulo nas Vidas dos Padres Emeritenses, cap. 9.°: « Statim in exordio pontificatus sui monasteria multa fundavit, praediis magnis locupletavit; Basilicas plures miro opere construxit, et multas ibidem Deo animas consecravit ».

Isidoro, De Vir. illust., diz do Biclarense: «Condidit 580 monasterium, quod nomine Biclaro dicitur, ubi congregata monachorum societate scripsit regulam ipsi monasterio profuturam, &c. ».

587

De el-Rei Recaredo diz o Biclarense que fundou mos- 596 teiros: «Recaredus rex aliena a praedecessoribus direpta et fisco sociata placabiliter restituit. Ecclesiarum et monasteriorum conditor et ditator efficitur» (aos ditos annos).

Annos

589

619

633

667

656

664

Santo Eutropio, Abbade do mosteiro Servitano, esteve no Concilio m deste anno, e teve com S. Leandro a principal parte na ordenação dos Canones (Summa Synodalis negotii penes S. Leandrum Hispalensis ecclesiae episco'pum, et beatissimum Eutropium monasterii Servitani abbatem fuit, diz o Biclarense Chronicon a este anno). Eutropio foi depois Bispo de Valencia.

Os Concilios Toletanos desde este anno fazem frequentissima menção de mosteiros e monges.

No Canon 10 do Hispalense 1 se manda conservar os mosteiros novamente fundados na Betica, bem como os antigos, impondo pena de excommunhão ao Bispo que destruir ou despojar algum delles.

Póde notar-se que neste anno já era conhecida a existencia da Regra de S. Bento na Lusitania, aindaque não saibamos que então fosse professada ou introduzida nos mosteiros. Que era conhecida, mostra-se, porque o erão os Dialogos de S. Gregorio Magno, que della e do Santo Patriarca fazem ampla menção e elogio. Paulo, Diacono de Merida, escrevendo as vidas e milagres dos Padres Emeritenses, diz expressamente que as escreve å imitação do que o Santo Padre Gregorio Magno fez a respeito dos Padres da Italia, &c. Santo Ildefonso, nos seus Varões illustres, menciona tambem os Dialogos de S. Gregorio Magno, com o titulo De vitis Patrum per Italiam commorantium, &c. Santo Ildefonso florecia e foi Bispo de Toledo desde 657 até 667.

S. Fructuoso, que neste anno subio à metropolitana Bracarense, sendo já Bispo de Dume, tinha antes disso fundado varios mosteiros, como da sua vida consta: o de Compluto, o Rupianense, hoje S. Pedro de Montes; o Visoniense, o Peonense, o Nono, &c. Depois de Bispo de Braga fundou o de S. Fructuoso, e ainda outros.

S. Wilfrido introduzio a Regra de S. Bento em Inglaterra por estes annos. (Fleury, Historia Ecclesiastica,

liv. xxxix, § 37.o) Elle mesmo dizia no Concilio de Nes- Annos trefield do anno 703: «Vitam monasticam secundum

S. Benedicti Regulam, quam ante me nemo attulerat, ego inveni». (Fleury, liv. XLI, § 8.o)

Em hum Concilio celebrado neste anno (ou segundo 669 Nat. Alex. em 670) em Autun, presidindo o Bispo S. Leodegario, se fizerão alguns Canones sobre a disciplina monastica, e se mandou que os monges observassem os Canones e a Regra de S. Bento. Este Bispado he na Borgonha (Ibidem, liv. xxxix, § 44.o, ao anno de 669). Vej. abaixo anno 670.

O Concilio de Autun na Borgonha (Augustodunense) 670 determinou que os Abbades fizessem observar e observassem tudo o que a respeito dos monges prescrevem os Canones, e ensina a Regra de S. Bento.

No antigo catalogo gothico dos Abbades do mosteiro de S. Millan, que traz Florez, no tom. 26.° da España Sagrada, a pag. 77, achamos: «Benedictus abbas era DCCVIII». O nome de Bento, que não era vulgar nas Hespanhas, nem nós o temos lido em monumento algum mais antigo, póde levar-nos a conjecturar, que elle seria tomado do Santo Patriarca, e que este seria talvez conhecido e venerado naquelle tempo. (Vej. supra annos 633 a 667.)

No Concilio Rothomagense deste anno, celebrado pelo 689 Arcebispo S. Ansberto, se confirmou o privilegio da abbadia Fontanellana, no qual entre outras cousas se mandava que os monges observassem a Regra de S. Bento. (Fleury, liv. XL, § 35.o, ao anno 686.)

No Concilio Germanico deste anno, Canon 16, se 742 manda que os monges e as religiosas observem a Regra de S. Bento. Este he o primeiro Canon (diz Fleury) em que se fez universal a Regra de S. Bento, a qual comtudo já anteriormente era observada em muitos mostei

ros.

Annos 761

780

781

761

No anno oitavo do reinado de D. Silo, Rei de Asturias, se augmentou muito o celebre mosteiro de S. Vicente, fundado pelo Abbade Fromestano e seu sobrinho Maximo, em tempo de D. Froila. Algumas pessoas lhe offerecêrão a sua fazenda e se sujeitárão á obediencia do Abbade, promettendo viver segundo a Regra de S. Bento. Consta da Escriptura citada em Risco, España Sagrada, tom. 37.o, com esta data: «Sub die septimo Kal. Decembris, discurrente era DCCCXVIII, regnante Domino Silone principe». (He no dito tomo o appendice vi e a era he DCCCXVIII, anno 781.)

Adelgastro, que se diz filho de el-Rei Silo, funda o mosteiro de Santa Maria de Obona «ad honorem Dei, et beatae Mariae matris ejus, et Sancti Michaelis archangeli, et S. Joannis evangelistae, et S. Antonini Martyris, et Sancti Benedicti abbatis, cujus ordinem in ipso monasterio instituimus, et omnium Sanctorum Dei». Este documento, que vem no tom. 37.o da España Sagrada, appendice v, e nos Cinco Bispos de Sandoval, não he unanimemente tido por legitimo, aindaque Florez o adopta como tal. Vej. o lugar citado, pag. 114 e 115 (1).

A Escriptura, que acima citamos no anno 761, traz estas palavras: «Et ego Fromista abbas, qui jam viginti annos sum, quod simul cum meo sobrino Maximo presbytero hunc locum squalidum a nemine habitante irrumpimus; et fundamus in honorem S. Vincentii martyris Christi atque Levitae, et accepimus Regulam Beati Benedicti abbatis.... &c.» e logo «qui extra nostram traditionem, et sanctae Regulae fuerit inde ausus auferre, aut abstrahere, vendere, vel donare voluerit, aut abbatem eligere extra Regulam Beati Benedicti.... sit maledictus», &c.

(1) Nesta Escriptura, entre os livros doados ao mosteiro, se nomêão «lectionarium, et responsorium, et duos psalterios, et uno dialogorum, et passionarium, et una regula de ordine Sancti Benedicti».

« VorigeDoorgaan »