Notas elucidativas aos poemas Camões e Retrato de Venus de Almeida Garrett

Voorkant
Empreza da Historia de Portugal, 1906 - 186 pagina's

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Pagina 64 - Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te Quão cedo de meus olhos te levou.
Pagina 13 - Esta é a ditosa pátria minha amada, A qual se o Céu me dá que eu sem perigo Torne, com esta empresa já acabada. Acabe-se esta luz ali comigo.
Pagina 14 - Saudade! gosto amargo de infelizes, Delicioso pungir de acerbo espinho, Que me estás repassando o íntimo peito Com dor que os seios d'alma dilacera, — Mas dor que tem prazeres — Saudade!
Pagina 148 - Ó alma do universo , ó Natureza, Teus sacros penetraes em voo ardido Busco, rasgo-lhe o véo, prescruto, e vejo Insondaveis mysterios: puro, e simples Nunca ouvidas canções na lyra entoo. Nua d'enfeites vãos a face amena Tu volve ao mundo, que te ignora errado. Qual és, qual foste, qual te apura os mimos A arte engenhosa, tu lhe amostra e ensina. Como é dado aos mortaes bellezas tuas C'o divino pincel, co'as magas tintas Estremar com primor, colher-lhe o bejo, Sem donosas ficções meu canto...
Pagina 64 - Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida, descontente, Repousa lá no Céu eternamente E viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste.
Pagina 103 - E em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, Entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram...
Pagina 142 - Longe, por esse azul dos vastos mares, Na soidão melancólica das águas Ouvi gemer a lamentosa Alcione, E com ela gemeu minha saudade. Alta a noite, escutei o carpir fúnebre Do nauta que suspira por um túmulo Na terra de seus pais ; ' e aos longos pios Da ave triste ajuntei meus ais mais tristes...
Pagina 67 - O' Potestade , disse, sublimada ! Que ameaço divino . ou que segredo Este clima , e este mar nos apresenta , Que mor cousa parece, que tormenta ? Não acabava , quando huma figura Se nos mostra no ar, robusta e valida , De disforme e grandissima estatura , O rosto carregado , a barba esqualida , Os olhos encovados , ea postura Medonha e má , ea cor terrena e pallida , Cheios de terra , e crespos os cabellos , A boca negra, os dentes amarellos.
Pagina 83 - Que, as tranças d'ouro penteando ao vento, Canta as canções dos tempos que passaram Ao som da harpa invisivel que lhe tangem Os domados espiritos que a servem, Como o subtil Ariel 2, por invencivel, Incantado feitiço.
Pagina 102 - As filhas do Mondego a morte escura, Longo tempo chorando, memoraram; E, por memoria eterna, em fonte pura As lagrimas choradas transformaram : O nome lhe puzeram, que iuda dura, Dos amores de Ignez, que alli passaram. Vede que fresca fonte rega as flores; Que lagrimas são a agua, eo nome amores.

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