os Deuses arbitros decidiram que lhe daria seu nome aquelle que produzisse uma cousa mais util à caridade. Neptuno fez sair da terra um cavallo e Minerva uma oliveira, o que lhe deu a preferencia. Pomona. Deusa dos frutos e dos jardins. Flora. Deusa da primavera e das flores. (262) Eden. Nome dado no Genesis ao paraiso terrestre. (263) João Rousseau (Jean Jacques). Nasceu em Genebra em 1712, sustentou que o estado natural do homem era o anti-social. (264) Timão, o Misantropo, philosopho atheniense. Aborrecia a sociedade e os homens. Aristippo, philosopho de Cyrene. Sustentava que o fim unico da vida era o prazer. (265) Allude ao governo de Napoleão I. GENERO DRAMATICO (266) Marco Porcio Catão, desde os seus mais tenros annos mostrou uma firmeza e um valor extraordinarios. Votou contra a concessão do commando das Gallias por cinco annos a Cesar. Seguiu o partido de Pompeu, e depois da batalha de Pharsalia, ganha por Cesar, retirou-se para a Africa, onde Q. Metello Scipião com algumas tropas se preparava para resistir a Cesar. Este general foi derrotado, e Catão com alguns dos seus partidarios, e com os restos do exercito de Pompeu vencido em Pharsalia encerrou-se em Utica; vendo perdidas todas as esperanças para o partido republicano, atravessou-se com a propria espada. (267) Album do Pretor, era uma especie de edital em que, no principio da sua magistratura, annunciava o novo eleito o modo por que havia de proceder ao julgamento das causas da sua competencía. Os decemviros foram dez magistrados escolhidos pelos comicios na ordem dos Senadores no anno de 303 de Roma para redigirem as leis civis da republica. Foi-lhes conferido um poder absoluto por espaço de um anno. Neste intervallo governaram a republica e redigiram dez tabuas de leis, que depois de expostas na praça publica, foram confirmadas nos comicios por centurias. No anno seguinte foram eleitos nove docemviros novos, e publicaram mais duas tabuas, que formaram com as primeiras dez, as leis das doze tabuas. (268) Mario á testa da facção popular, e Scylla á testa da facção aristocratica disputaram de tyrannia, de atrocidades e de crimes, dominando ora um, ora outro em Roma. (269) C. Marcio Coriolano, appellidado assim por haver tomado aos Volscos a cidade de Coriolos, foi banido por sentença do povo por impugnar a lei agraria na occasião em que Gelo, rei da Sicilia, mandára trigo de presente aos Romanos. Coriolano refugiou-se entre os Volscos, e veiu com elles sobre Roma, onde não entrou a rogos da mãe e da mulher. Tiberio e Caio Gracho, ambos tribunos, eloquentes oradores e propugnadores dos principios democraticos. Tiberio quiz restaurar à lei agraria, que mandava distribuir pelo povo as terras conquistadas aos inimigos; foi assassinado por Nazica em pleno fôro. Caio tambem foi assassinado treze annos depois. (270) Veja-se a nota 268. (271) Proconsul. Magistrado romano que exercia as funcções de consul em certas provincias. Peculadores, que commettiam o crime de peculato, isto é, desvio dos dinheiros publicos. Tribunos. Os tribunos da plebe foram creados no anno 261 de Roma, depois da retirada do povo para o Monte-Sacro. Foram dois ao principio, tinham veto nos decretos do Senado, convocavam os comicios e julgavam os crimes publicos em muitos casos. Mais tarde crearam-se outros tribunos. Questura. Os questores recebiam as rendas publicas, e faziam os pagamentos. Sestercio, moeda romana valendo approximadamente 20 réis. Drachma, moeda grega de prata. Pretor. Magistrado romano, creado no tempo da republica; tinha a jurisdição ou o poder de julgar. Na ausencia dos Consules fazia as suas vezes em Roma. (272) Appio Claudio foi um dos decemviros, que a titulo de estarem redigindo as leis das doze tabuas, exerceram tres annos os poderes supremos do estado com insupportavel tyrannia. Appio Claudio tentou violar Virginia, que Virginio seu pae matou para lhe salvar a honra. O povo e as tropas sublevaram-se e o decemvirato foi abolido. Appio Claudio foi preso e matou-se na prisão. (273) Platão, discipulo de Socrates, deu todas as suas obras como reflexo das lições do mestre. Catão antes de se ferir leu o Phedon de Platão, dialogo em que este philosopho trata da immortalidade da alma. (274) Narração da morte de Hypolito. Hypolito era filho de Thezeu e de Antiope. Phedra, sua madrasta, accusou-o de um crime de que estava innocente. Thezeu acreditou a accusação, e fortemente irritado pediu a Neptuno que punisse o supposto criminoso. Neptuno mandou sair ao encontro de Hypolito um monstro marinho, que lhe causou a morte. (275) Nesta comedia Garção expõe os seus principios sobre a arte dramatica, e critica o mau gosto do theatro nacional. (276) Metastasio. Auctor dramatico italiano; viveu nos fins do seculo xvi e principio do xviii, compoz grande numero de tragedias e operas muito estimadas no seu tempo. (277) Goldoni. Nasceu em Veneza em 1707. É considerado como o primeiro auctor comico de Italia. (278) Ascanio. Filho de Eneas e de Creusa. Phrygia, troiana. Turno, Rei dos Rutulos, pretendente á mão de Livinia, filha de Latino, Rei do Lacio (279) Comedias do advogado Antonio José da Silva, o Judeu, celebre poeta comico. Este auctor morreu queimado no auto de fé de 19 de outubro de 1739, condemnado pela inquisição por judaismo. (280) Paulistas. Da provincia de S. Paulo do Brazil. Congonha, planta aromatica da America do Sul; faz-se d'ella uma bebida e agua de cheiro. (281) D. Pedro Calderon de la Barca. Celebre poeta dramatico hespanhol do seculo xvii. Augusto Moreto y Cabana. Poeta comico hespanhol, contemporaneo de Calderon. Candamo e Salazar. Poetas comicos hespanhoes, que viveram nos seculos XVII e princípios do xvIII. (282) Sophocles e Euripides. Celebres poetas tragicos gregos. Te- (283) Nesta comedia Garção ridiculisa o luxo na indigencia, censu- (284) Golilha. Cabeção com volta engommada. Pantufos. Calçado antigo, que por solas tinha assento de cortiça. (287) O assumpto do auto de Mofina Mendes é o mesmo que La- Payo Vaz. Amo de Mofina Mendes, depois de grandes perdas occa- sionadas pelos esquecimentos e faltas de cuidado desta mal aventura- (288) Hu. Onde. Pascigo, logar onde pastam gados. Samicas, talvez. (290) Trigosa. Apressada. (291) Pegureira. Guardadora de gado. (292) Brial. Vestido antigo de seda ou tela rica, atado pela cintu- APPENDICE (293) Sylla era o capitão romano. Scylla. Voragem na costa meri- (294) Theseu, livrou os Athenienses do tributo odioso de seis mo- (295) Lucrecia. Mulher de Tarquinio Collatino, sendo violada por Carpentania na Hespanha Tarraconense sobre o Tejo e o Jarama. (296) O sol, segundo o systema de Ptolomeu. (297) Marte. Conforme o mesmo systema. (298) Sino, signo. A ecliptica, que indica o curso annual do Sol, (299) Apollo. Deus do Sol, amou extremamente Daphne, filha do (300) Libra. Balança, signo que o sol descreve no outomno no mez (301) Cresso. Ultimo Rei de Lydia, celebre pelas riquezas. Midas. (302) Montemor-o-Velho. (303) Lyra Meonia. Lyra de Homero, chamado Meonides, ou por Phaetonte, filho de Appollo e Clymene. Veja-se nota 13. (304) Hippocrene. Fonte na Boecia; corria do monte Helicon, e as (305) Ausonia. Italia. Acheronte. Rio do Inferno. (306) Olympo. Monte da Grecia, que segundo a mythologia, tocava (307) Refere-se a uma collecção de poesias de D. Marianna de Lu- CATALOGO Dos Poetas citados nesta obra, escolas a que pertenceram, ESCOLA PROVENÇAL Desde os tempos anteriores á fundação da monarchia Bernardim Ribeiro. (1495-1521?). Paginas 138, 231. Veja-se appendice. Pag. 283. ESCOLA CLASSICO-ITALIANA Desde os principios do seculo XVI até aos principios do XVII Antonio Ferreira (1528-1569). Pag. 208 e 246. Diogo Bernardes (1535-1605). Pag. 149. Francisco Rodrigues Lobo (1568-1625?) Pag. 137, 140 e 237. Francisco de Sá de Menezes (1595 ?-1664). Pag. 76. Francisco de Sá de Miranda (1495-1558). Pag. 203. Jeronymo Côrte Real (1540-1593). Pag. 59. Jorge Ferreira de Vasconcellos (?-1585). Pag. 24. Luiz de Camões (1524-1580). Pag. 29, 31, 34, 38, 43, 66, 71, 73, Pedro de Andrade Caminha (1520-1589?) Pag. 213. ESCOLA CLASSICO - HESPANHOLA Desde o principio do seculo XVII até ao meado do seculo XVIII Braz Garcia de Mascarenhas (1596-1656). Pag. 275. Jeronymo Bahia (1620-1688). Pag. 277. Manuel de Faria e Sousa (1590-1649). Pag. 281. Vasco Mousinho de Quebedó. Pag. 62. Violante do Ceu (1601-1693). Pag. 282. |