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temporaneos do poeta, os filhos de Margarida de Camões, João Vaz de Camões, que foi escholar de Direito, e Pero Alvares de Ca

Pina, filha de Lopo Fernandes de Pina, e irmã do Chronista-mór Ruy de Pina; da qual houve:

Antonio Gil Severim.

Gaspar Gil Severim, que morreu na India solteiro. D. Ignez de Camões, mulher de Manoel Pegado, que foi á India por Capitão de Sofala.

Casou em segundas nupcias com Violante Vaz de Macedo.

Antonio Gil Severim, serviu muitos annos na India, e se achou no segundo Cêrco de Diu, que defendeu D. João de Mascarenhas. Foi Executor-mór. Casou com Caetana Lopes, de quem houve:

Gaspar Gil Severim;

Belchior Gil Severim;

D. Angela de Sequeira, morreram meninos.

Gaspar Gil Severim, serviu nas armadas da India, e seguiu o Prior do Crato; casou com D. Antonia de Faria e Vasconcellos; tiveram :

Antonio Gil Severim, s. g.

Francisco de Faria Severim;

D. Michaela de Vasconcellos, que morreu moça. Casou segunda vez com sua prima Juliana de Faria, filha de Duarte Frade de Faria e de uma mulher Maria Severim, da qual teve:

Manoel de Faria Severim, chantre da Sé de Evora, que escreveu uma biographia de Camões nos seus Discursos varios politicos, e foi um dos maiores eruditos do seu tempo.

Frei Christovam de Lisboa, frade Capucho.

D. Joanna de Faria, segunda mulher de D. Christovam Manoel.

Pedro Severim de Noronha.

Margarida de Pina, filha terceira de Constança Pires, e de Pedro Severim; casou com o licenciado Alvaro Martins Pires; teve:

mões. Seria talvez a lenda dos amores de uma prima, que chegou ao conhecimento de João Pinto Ribeiro, originada d'esses inge

João de Camões;

Pedro Alvares de Camões, em quem sua tia Caetana de Camões nomeou a casa de Mataporcos, em 1539.

João Vaz de Camões, fez o Morgado de Alemquer; vivia em Coimbra na sua casa da Porta Nova, rua que terminava no Chão de Joanne Mendes (onde posteriormente se edificou o Collegio da Sapiencia) e é hoje a rua dos Coutinhos. (Jornal Heraldico, n.o 3.) D'este João Vaz de Camões se encontram documentos no cartorio da Sé de Coimbra, que publicou Ribeiro de Vasconcellos no Instituto de Coimbra, vol. 11, n.o 11, de 1854: Foi João Vaz de Camões (que d'alcunha chamavam alguns João Vaz de Villa Franca) fidalgo e cidadão d'esta cidade, e já em 1502 n'ella vivia; porque em 9 de Janeiro d'este mesmo anno elle renunciou a terceira vida que tinha em um praso no sitio de Alvor, perto d'esta cidade e do senhorio directo d'este Cabido, a favor de sua mulher Catalina Pires, e para um filho ou filha d'entre ambos (Liv. 4 de Emprazamentos da Cathedral, fl. 175); e n'este documento se designa o dito João Vaz por Escholar em Direito, e morador n'esta cidade. Não apparece d'este anno em diante (1508; Livro do Azeite, de 1505) — mais o nome da dita Catalina Pires; talvez falecesse pouco depois, porque em 1528 acha-se nomeado este mesmo João Vaz de Camões, escudeiro, cidadão, morador d'esta cidade, casado com sua segunda mulher Branca Tavares. (Liv. 7 dos Emprazamentos, fl. 222.)

João Vaz tendo tido do primeiro (matrimonio) Simão Vaz de Camões, achamos o mesmo João Vaz a contractar em 1530 com seu irmão Pero Vaz, morador na Villa de Lagos, reino do Algarve, escudeiro do Conde de Monsanto, a renuncia das Casas que este possuia na rua dos Coutinhos a seu favor e de sua mulher Branca Tavares, e para um filho ou filha d'entre ambos, qual o derradeiro nomear em terceira vida, ex

nuos e primitivos amores de Coimbra? A edade obrigava ao trabalho; e sendo a admissão aos estudos dos Collegios de Santa Cruz aos

cluindo d'esta sorte seu primogenito Simão Vaz. D'esta arte viu passar a casa paterna aos irmãos do segundo matrimonio; entre os quaes foi Isabel Tavares a nomeada por successora...

Faleceu João Vaz pouco mais ou menos em 1550, pois que em 7 de maio d'este anno se acha uma escriptura de renovação de vidas a favor de sua filha Isabel Tavares, (Liv. 9, fl. 167) moradora n'esta cidade em casa de sua tia (irmã de sua mãe) Philippa Tava

res...»

Este fidalgo coimbrão Simão Vaz de Camões figura nos documentos officiaes desde 1553 até 1576, justamente quando o pae do poeta não é mais nomeado. Pelas datas d'esses documentos vê-se que era da mesma edade de Luiz de Camões, e dotado de egual caracter turbulento, obedecendo ambos á extraordinaria mania da sociedade aristocratica do seculo XVI em Portugal e Hespanha, a Valentia. Emquanto o poeta estava preso em Lisboa por ter ferido o creado do rei, Gonçalo Borges, Simão Vaz de Camões, seu primo, entrava á força no mosteiro de Sant'Anna, em Coimbra, pelo que era remettido sob prisão para Lisboa. (Carta do Corregedor da Comarca de Coimbra, de 25 de Junho de 1553) sendo depois sentenciado a degredo perpetuo para o Brasil e a pregão com cadeado ao pé, de que obteve perdão, (Alvará de 12 de Agosto de 1558) não podendo comtudo apparecer a dez leguas em volta de Coimbra.

Por um Assento da Vereação de Coimbra, (31 de Julho de 1563, fl. 61) dá-se Simão Vaz de Camões casado pela primeira vez em 1562: «que postoque o dito Simão Vaaz casasse ho ano passado, disserão que fôra doente e não podera até o presente servir o dito officio de almotacé, nem ter casta apartada sobre si e estar com seu sogro, e por quanto agora estava são, e bem desposto, e começava de sair por fóra e andar pela cidade e ter casa apartada sobre si, o elegerão con

doze annos, como affirma D. Nicoláo de Santa Maria, (Chr., p. 413) é justamente no anno de 1537, em que attingira Camões os doze

forme a Ordenação por ser casado novamente, dos honrados da terra Para não ser eleito almotacé de Coimbra, alcançou Simão Vaz de Camões o Alvará de 10 de Dezembro de 1563, isemptando-o por ser a este tempo Procurador do Collegio de San Thomaz, de Coimbra. Apesar d'isto foi eleito almotacé por determinação de um Alvará e Carta regia de 15 e 24 de Março de 1567, no qual se allude á sua prisão de 1553. Na Vereação da Camara de Coimbra, (1 de Outubro de 1567, fl. 57 ) foi eleito almotacé d'este mez com Antonio de Alpoim, conseguindo ser isempto d'estas obrigações por carta de 16 de Janeiro de 1568. O almotacé João Ayres fez queixa á Camara de ter sido espancado por Simão Vaz de Camões e por seus criados, pelo que se mandou proceder, por Provisão de 16 de Maio de 1876. (Vidè Indices e Summarios dos Livros e Documentos da Camara de Coimbra, P. 11, Fasc. 1, p. 5, not. 2.)

Este Simão Vaz de Camões, foi considerado pae de Luiz de Camões, em 1854, por Miguel Ribeiro de Vasconcellos; e em 1860, o visconde de Juromenha colligiu na mesma persuação todos os documentos relativos a este turbulento personagem. Apontamos a substancia dos documentos:

- Renova por Escriptura de 3 de Agosto de 1553 o praso das Casas da Porta Nova pela renuncia de Isabel Tavares, cedendo-lhe o irmão bens para ella casar com Alvaro Pinto.

- Documento de 1553, sobre o assalto de Simão Vaz de Camões ao Convento de Sant'Anna; Carta de perdão de 1558; Documento de 1567, não admittindo a excusa de Almotacé; outro do mesmo anno para o pagamento dos gastos da prisão; Documento do mesmo anno isemptando-o do cargo de Almotacé. Ha mais trez Documentos da Vereação de Coimbra, de 1563, obrigando-o a servir como Almotacé; outro de 1576 sobre offensas corporaes que fizera ao Almotacé em

annos completos, que elle enceta va dos Estudos menores.

faina acti

exercicio. (Fôram publicados por Brito Aranha, Dicc. bibliog., t. xiv, p. 18 a 20, dizendo: «Que resolvam, se poderem, este problema os futuros biographos.») Não ha problema, mas inintelligencia das homonymias. Os Documentos do Cartorio da Sé de Coimbra, publicados por Miguel Ribeiro de Vasconcellos, no volume I do Instituto de Coimbra, p. 170, desfazem os equivocos pelas datas de 1530 e 1550.

Casou Simão Vaz de Camões por 1562 com D. Francisca Rebella, filha de Alvaro Cardoso, a qual passou a segundas nupcias com o Dr. Roque Tavares. Simão Vaz de Camões morreu sem geração em 1584.

Pero Alvares de Camões, tio de Simão Vaz de Camões; lê-se em Alão de Moraes: não casou, dizem que teve amores com uma senhora da Casa de Monsanto, das que sahiram no tempo da reformação dos Mosteiros (sc. D. Guiomar de Castro, freira de Odivellas) e d'ella houve: D. Maria de Noronha, que casou contra vontade de seu pae com José Gomes Boscan; e D. Margarida de Noronha, mulher de Diogo Ribeiro.» No Nobiliario de Diogo Rangel, cita-se D. Maria de Noronha «filha de Pero Alvares de Camões e de D. Guiomar de Castro, freira de Odivellas » Vid. Borges de Figueiredo, O Mosteiro de Odivellas, p. 191. Em um documento do cartorio da Sé de Coimbra, Pero Alvares de Camões, que vivia em Lagos, casou com Brites Gomes.

Joham de Camões, licenciado, morava em 1565 na Freguezia de S. Nicoláo, onde era proprietario. (Gomes de Brito, Arte musical, n.o 132, anno vi.) Em Março de 1590, herdou parte de um padrão de juros, que pertencera a seu pae Gonçalo Barbosa, musico da Camara de João In (Ib., n.o 180). Nas Provas da Hist. genealogica ha outro mencionado como filho de Alvaro Martins, e moço fidalgo de D. João III.

Pedro Alves de Camões, em 1565 era dono de predios na rua dos Douradores, na freguezia de S. Nicoláo.

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