Mausoleu de Fernão Teles de Meneses

fundador da Casa de Provação da Companhia de Jesus, na Cotovia

(Este mausoleu acha-se actualmente, entaipado por um tabique, no quarto de cama de um serventuário da Faculdade de Sciências. Nesta situação só por um verdadeiro prodigio conseguiu, o sr. Cristino da Silva, obter o desenho que aqui vai reproduzido).

Responderam afirmativamente os noviços e no meio da sua perturbação disse-lhes o reitor, confiado: Vão; façam o sinal da cruz, que ela aparecerá Foram. O pôço estava ainda sêco. para os outros, persignaram-se e-¡ó

água apareceu.

Olharam uns milagre ! - a

Diz a crónica que, durante a reitoria de D. António, nunca mais faltou a água (1). ¡Tempos de fé!

(1) Citada obra do padre António France.

CAPITULO X

SUMÁRIO: A capela da infanta D. Catarina, rainha de Inglaterra. Visitas reais ao Noviciado.- Um púcaro de água em 1717. -A abjuração de um luteranista. - Prejuizos causados pelo terremoto. Documentos contraditórios. — A expulsão dos jesuitas. Citam-se os decretos Pombalinos. - Serviços prestados pela Companhia. - Parcialidade da crítica. - O Marquês de Pombal e os seus historiadores. É abandonado o edifício de Monte-Olivete. - Dois casos curiosos ocorridos à sua porta. - O perdão dos judeus. — Arruaças e motins. Os Apóstolos e os quadrilheiros da ronda.— Alvitra-se a origem de um bêco. Uma assuada na Cotovia. - Duas aventuras de el-rei D. Afonso VI. - Duas quedas e uma cutilada. - A bravura de um rei e o respeito pelo sangue real. -¡ Afonso o Victorioso!

Continuemos no assunto do capítulo anterior. No meio da cêrca (não posso precisar o sítio) havia uma capelinha. Mandara-a aí edificar a infeliz infanta D. Catarina, rainha de Inglaterra.

Silva Túlio, em uma série de artigos publicados no Archivo Pitoresco, lá menciona a fundação da ermida mas não diz a data; porêm, um documento contemporâneo dos factos indica o ano de 1695 como o da sua construção, isto é, dois anos depois da infanta voltar ao reino, já viúva de Carlos II da Grã-Bretanha.

A capela foi feita sob a direcção do mestre José Pereira. Em 24 de novembro dêsse ano foi vistorizada a obra pelo arquitecto João Antunes, que tambêm a mediu e avaliou, facto de que passou cer