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a das Taipabas e do Carquêja, dos herdeiros do commendador Candido Francisco Vianna, e a do commendador José Cardoso Moreira, tocadas estas duas por agua.

Dispõe de valiosas e seguras vias de communicação com o mercado da cidade, e d'esta com a praça do Rio de Janeiro, pelo rio Muriahé, servido por vapores apropriados, canoas e pranchas, pela E. F. do Carangola e a Lagoa das Pedras. Da cidade são os seus productos expedidos pela E. F. de Campos a Macahé ou, pela via fluvial, por vapores, pranchas, barcas e canôas para S. João da Barra.

§ 5o

A parochia de N. Senhora da Penha do Morro do Coco, creada pela lei provincial n. 1,225, de 21 de novembro de 1861,45 é constituida por territorio desmembrado da de Guarulhos. A mesma lei assignou-lhe por séde a capella d'aquella invocação existente no lugar denominado Morro do Coco. Teve porém primitivamente por séde o lugar da

45 Lei n. 31, sanccionada pelo desembargador Luiz Alves Leite de Oliveira Bello, presidente da provincia:

Limites da freguezia.-De um lado os serrotes que vertem para o estabelecimento de José Alves Corrêa; e da banda opposta para o do finado José Delgado Motta; d'estes serrotes pelo corrego que passa no estabelecimento de José Joaquim do Amaral e em seguida pela sesmaria de José Ribeiro de Castro até á de D. Anna Joaquina Carneiro Pimenta exclusive; d'ahi pelo rumo que divide estas duas sesmarias aos fundos do Pau Brazil, seguindo por esses fundos, pelos da sesmaria de Santa Rosa com legua e meia até o corrego da Buraca; d'este pelos fundos das sesmarias de Manuel Rodrigues Peixoto e outros até o porto da Madeira no Vallão da Onça. Do outro lado, a partir do dito porto da Madeira, de uma e da outra banda, até encontrar as sesmarias do Muriahé, pela estrada do Vallão da Onça; d'esta, atravessando a de Villa Nova, pela da fazenda do Muquirão, de José de Mattos Pimenta; d'ahi, pela estrada do Morro do Ovo, até à estrada geral do Imbury, de onde irá até o rio Itabapuana e limites com o municipio de S. João da Barra.

Ficam pertencendo á nova freguezia todo o territorio comprehendido entre os pontos acima indicados, o rio Itabapuana e o corrego de Santo Eduardo; não devendo estes limites prejudicar a linha divisoria que tem de extremar o municipio de Campos do de S. João da Barra, dependente de accordo das respectivas camaras e approvação do

governo.

Pedra Lisa, onde se fundára, pelos annos de 1844, uma colonia de belgas, a qual não poude manter-se e se dispersou depois. A colonia fora contractada pela presidencia da provincia com o belga Ludgero José Nellis em 1842 e em janeiro de 1844 chegaram a Campos os 95 primeiros colonos. Esta povoação, que se desenvolvêra com o concurso de pequenos lavradores e madeireiros de S. Gonçalo e S. Sebastião, d'aquem Parahyba, tem presentemente o nome de Villa Nova. D'ahi decorre o territorio da parochia até á margem direita do Itabapuana. Começaram os moradores pela extracção de madeiras,-jacarandá, peroba, cedro, vinhatico, tapinhoan, que exportavam para a cidade pelo Vallão da Onça, ou para a côrte por aquelle rio. Essa industria é porém hoje diminutissima e quasi nulla. Com o esgotamento das mattas passaram os habitantes para o cultivo da canna de assucar, do café, milho, feijão, mandioca; entretanto, o terreno presta-se a todas as culturas em voga no municipio. A do café parece ultimamente tender para tornar-se preponderante nella.

De todas as fracções parochiaes do municipio é nesta que mais generalizada se acha a pequena lavoura, cujo centro é o lugar denominado Murundú, séde de uma das estações da estrada de ferro do Carangola, por onde transporta os seus productos para o mercado central, a cidade.

Tem a freguezia do Morro do Côco 15 engenhos de assucar, dos quaes 3 movidos a vapor; 22 fazendas de café e cêrca de 200 pequenas lavouras de café, milho, mandioca e feijão.

Comprehende uma superficie de 537,04 kil.quadrados, com 761 casas habitadas e 9 habitantes por kilometro quadrado.

Quanto à sua população, cujo total ascende a 6,650 habitantes, reparte-se em :

Livres (contando 171 ingenuos).... 4,884

Escravos..

1,766

6,650

Discriminando-se os livres pelas profissões e misteres

em que se empregam, tem-se:

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Mantem a freguezia 2 escolas publicas para meninos e uma da mesma classe para o sexo feminino. Ha uma escola subvencionada no lugar denominado Imbury. Estavam em 1880 matriculados nas 2 escolas publicas 438 meninos, dos quaes 48 ingenuos, mas só 141 as frequentavam. Na escola de meninas a matricula era de 462, incluidas 100 ingenuas; a sua frequencia porém foi apenas de 30 no total. De onde se tira esta desconsoladora conclusão: de 1,000 meninos e meninas 829 não procurayam instruir-se!

$ 6.°

A freguezia de Santa Rita, creada pela lei provincial n. 272, de 9 de maio de 1842, tem de superficie 325 kil. quadrados. Andam por 670 as casas habitadas que possue, das quaes 19 casas de negocio.

Por escriptura lavrada em 7 de junho de 1816 no cartorio do tabellião de Campos Manuel Marques Simões, de honrada memoria, doaram Manuel José Martins Leão e sua mulher D. Anna Pereira 50 braças de terra em quadra á margem da Lagoa de Cima, para patrimonio da igreja e freguezia de Santa Rita (Monsenhor Pizarro, Memorias hist. III, pag. 102). A provisão episcopal de 23 de setembro d'esse mesmo anno permittiu aos moradores da Lagoa a erecção da capella, da qual ficou em maio do anno seguinte concluida a capella-mór, e assim começou a funccionar. Teve mais tarde pia baptismal, sacrario e cemiterio. A sua séde fica á margem sul da Lagoa que lhe dá o nome e ao seu pequeno povoado.

Tinha a freguezia de Santa Rita da Lagoa de Cima em 1880 uma população livre de 4,292 almas, em cujo numero incluem-se 460 ingenuos, e uma população escrava de 1,195, total: 5,487, tocando 16 habitantes por kil. quadrado.

Em relação com a profissão distribuem-se em :

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Havia em 1880 na freguezia 2 escolas publicas para o sexo masculino; estavam nellas inscriptos no mencionado anno 392 alumnos, contando com 76 ingenuos. D'esse total somente 64 as frequentavam. Achavam-se matriculadas, segundo os dados que vejo no Almanak de Campos, 312 meninas, incluindo 72 ingenuas; mas não havia na parochia uma escola para esse sexo. Esta falta foi sem duvida sanada depois.

Presta-se o terreno da freguezia a mais de uma cultura, porque contém terras baixas e arenosas, outras alagadiças e ainda outras montanhosas. Nestas cultiva-se bem o café, a mandioca; naquellas a canna de assucar.

Si se dessecassem os immensos pantanaes que possue, poderia apresentar uma espantosa cultura de arroz, que se tornaria inexgotavel.

As suas vias de communicação, além da estrada geral, são a Lagoa de Cima, o rio Ururahy e o canal de Campos a Macahé.

Conta 14 fazendas de assucar e aguardente, das quaes 6 movidas a vapor. A mais notavel d'ellas é a Fazenda do Cupim, de propriedade do dr. Joaquim Manhães Barreto e hoje de sua viuva e herdeiros. Fez outr'ora parte dos avultados bens da casa de Asseca.

Tem a freguezia seguramente 100 situações, em que se cultivam com vantagem a mandioca, o milho, o feijão e o café.

Si se attendesse mais em nossa terra para a união de todas as pequenas forças em uma collectividade mais ampla e unica, esses cem pequenos lavradores, cultivadores de cereaes, se congraçariam estabelecendo, como muito bem lembra o auctor do Almanak de Campos, uma usina central para o preparo da farinha, da tapioca, do fubá, em larga escala, o que compensaria de certo o labor empregado.

§ 7.°

A freguezia de S. Benedicto da Lagoa de Cima, situada, como o seu nome o indica, á margem da Lagoa

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