tos-Móres de Batalha o Conde de "Eck, o Conde de Hamiltou, e D. "Pedro de Almeida. Todos estes Ge❝neraes obrárão com summo valor, ❝e derão mostras da sua grande pru❝dencia, e capacidade, e forão os unicos, que obrárão em toda a ac"ção; porque logo no primeiro ataque perdemos aos Generaes Bellastel, Frankenberg, Copi, e St. Amant.

O combate foi tão sanguino« lento, que por differentes vezes combaterão os Batalhões, e Esquadrões "separados, e por si só; fazendo os ❝ seus Commandantes as funcções de "Generaes, atacando, e derrotando aos inimigos por todas as partes, por onde os accommettião.

"Eu parece-me que não exaggerei dizendo, que no campo ficá❝rão mortos seis mil inimigos, ven"do-se, que esta acção durou desde

as tres horas da tarde até ser já noi❝te fechada, e bem escura; e que ❝ obrigamos aos inimigos a huma pre ❝cipitada fuga.

Quando ganhamos a sua Arti

lharia a voltamos contra elles, e << ficamos o outro dia no mesmo lu ❝gar até onde os tinhamos seguido. Depois da acção soube pelos ❝ prisioneiros, e desertores, que os ❝Inglezes, que estavão em Biruhega tinhão capitulado huma hora antes da nossa chegada, ficando prisio<<neiros de guerra: e como huma ❝ parte das Tropas do nosso ladocesquerdo fugisse sem saber para onde, porque até agora não tive mais ❝ noticia, senão que sem parar tomá rão o caminho de Aragão; e O resto das Tropas em tempo tão ri"gorose se achassem tão fatigadas, sem pão, e sem nenhum genero de viveres; por todos estes motivos ❝me vi obrigado a retirar no mesmo ❝dia de onze, para chegar mais de"pressa aos Armazens de Aragão.

«Alguns Esquadrões dos inimi"gos quando pozerão em desordem O nosso lado esquerdo se lançárão ❝sobre a nossa bagagem, e a pilhárão; ao que os ajudárão bastantemente ❝ os paizanos.

Além de todas as circunstan cias, que concorrerão nesta ocasião, succedeo tambem, que toda a gen te, que servia a artilharia, tinha desapparecido com a trem; e por es ❝te respeito não pudemos conduzir ❝nem a nossa, nem a artilharia dos inimigos, e não tive mais remedio, que mandar queimar os reparos, e "asorodas.

Esta he, Senhor, a exacta re «lação, que a brevidade do tempo me permitte fazer a Vossa Magestade, etc." 55 or m

Depois desta batalha quasi to das as Cidades se declarárão por ElRei D. Filippe.

CAPITULO III

Recupera-se a Praça de Mi-
randa.

ENCARREGADO de recuperar a Pra

ça de Miranda D. João Manoel de Noronha, Mestre de Campo General (depois Conde de Atalaia) que governava as Tropas, que se achavão de quartel na dita Provincia, deter minou o dia ro de Março, para que 1711 em Vimioso se juntasse a Infantaria, e em Alcaniças a Cavallaria, por ficarem estas Praças distantes quatro legoas da Cidade de Miranda.

Tanto que o exercito acampou, for o primeiro cuidado de D. João Manoel cortar a communicação, que os inimigos tinhão pelo Rio Doiro; e assim ordenou ao General de Batalha Pedro Carle o fosse executar, e o não pôde conseguir por ser noite,

e pelos terriveis precipicios por onde precisamente havia de passar. Depois de feito o alojamento sobre a ribeira de Tresno, começou huma bataria de oito peças a bater o Castello. O General de Batalha Pedro Carle, no dia 12, com cem Granadeiros, e o Regimento de Andre Pires da Silva, e duzentos homens, tirados por destacamento do Exercito, forão cortar a communicação da Barca do Douro, o que quasi era impossivel, a não serem os inimigos surprendidos, havendo-se passar por caminhos por onde ninguem passou. O Coronel marchou na testa de cem Granadeiros,` seguidos de duzentos infantes, sustentado pelo General de Batalha Pedro Carle com o Regimento do dito Coronel, e ganhárão hum alto da montanha, postando-se a meio tiro de mosquete da Praça. Tomados nesta forma os postos, Pedro Carle ordenou ao Coronel André Pires, que marchasse com parte daquella infantaria a atacar os inimigos, que estavão em huma vinha, mostrando que