ARGUMENTO DO CANTO OITAVO Vê o povinho pintados aquelles que o pintam; põe-se a calva á mostra a varios safardanas; contam-se-lhes as mazellas e applicam-se varias ventosas, que naturalmente não pegam; cai a militança de cangalhas; arma-se a egrejinha; D. Fufia entoa a sua loa; entra um frade em scena; sai pela porta do fundo; corre-se o panno; depois de varios jogos malabares, faz-se a reprise de uma peça antiga. OUTRO ARGUMENTO Vêem-se da Lusitania os corruptores CANTO OITAVO I Na primeira figura se detinha Que um papel por divisa na mão tinha, II «Estas figuras todas que apparecem, III «Foi filho de uma... que, se não me engano, IV «O papel que lhe vês para divisa Para no throno o pôr tão cobiçado. E a mãe vende em Lisboa fava-rica. V «Este é o que roubou a santa casa E se cobriu da nodoa mais immunda. Este as adegas do bom vinho abraza Com que de ardente chamma a agua inunda.» «Quem será est'outro cá, que o campo arrasa De mortos com presença furibunda?» «Esta é das firmas mais desvergonhadas Que sobre estes paineis estão pintadas. VI «Com mais presteza o sangue aos seus derrama Do que o pastor o leite ao femeo gado. Sabemos todos nós como se chama; Não lhe quebrarem os ossos com um cajado! Injuriada tem da patria a fama, Vencedor invencivel, afamado; Os que depois das guerras o soffreram VII «Com mão armada a terra infortunosa, VIII «Vês com manha depois vence as bandeiras Que no Minho se hasteiam aguerridas, Que já n'aquelle tempo as ladroeiras |