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I) A 10 de janeiro, "Critica introspectiva", pelo professor Saturnino Barbosa; II) A 20 de março, "A natureza brasileira e sua bandeira", pelo dr. Elizalde (do Chile);

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III) A 24 de março, 'As victimas do alcoolismo", tambem pelo dr. Elizalde;
IV) A 29 de setembro, "Grognards de 1815 e poilus de 1915", pelo professor
Adrien Delpech;

V) A 16 de outubro, “A radio-telegraphia ultrapotente e o desenvolvimento
da sciencia electrica", pelo dr. Mario Ramos;

VI) A 22 de outubro, “A idéa de justiça", pelo dr. Pedro Lessa;

VII) A 1.o de dezembro, "José do Patrocinio no jornalismo e na abolição", pelo dr. Evaristo de Moraes;

VIII) A 13 de dezembro, "A conflagração actual, apreciada sob o ponto de vista dos meios e fins da educação", pelo professor Francisco Furtado Mendes Vianna; e

IX) A 26 de dezembro, "O Estado como factor da organização social", pelo dr. Assis Chateaubriand.

Como anteriormente, continuou em 1917 a reunir-se na Bibliotheca, occupando por vezes o salão de conferencias, a Sociedade Brasileira de Direito Internacional.

EDIFICIO

Continuou a ser feita, não tendo sido possivel terminal-a até fins de 1917, a installação aerea dos cabos transmissores da corrente electrica. Verificou-se, nos ultimos dias do anno, que o cupim havia atacado a madeira da cobertura de uma das alas do edificio, ficando os reparos para ser effectuados em 1918.

A exemplo do que fizera em seu relatorio anterior, o director da Secção de Numismatica insiste ainda agora porque se tomem providencias mais rigorosas quanto á defesa das collecções de moédas e medalhas.

Parece-me que, além de medidas ao alcance da Directoria e que serão postas em pratica, seria tambem muito acertado estabelecer-se uma permanente vigilancia policial, principalmente á noite, em torno do edificio da Bibliotheca, ad instar do que se faz com relação ao Supremo Tribunal Federal.

CONCLUSÃO

Ao dar por finda a tarefa que me impõe o art. 9.o, n. 28, do Regulamento, -- hei mistér de referir-me a dois factos, que dizem visceralmente respeito aos altos fins da Bibliotheca Nacional.

O primeiro é o da nova catalogação, a que se está felizmente procedendo desde o inicio do corrente anno. Seja-me licito consignar aqui o

meu sincero applauso a essa medida, que, não obstante as duas tentativas anteriores, vinha sendo desde muito reclamada, - embora me pareça a verba destinada áquelle importante serviço, 10:000$000, pequena demais para que se consiga leval-o a cabo com a indispensavel presteza.

O segundo é o mau estado de conservação das obras existentes no 5.o andar. Representam ellas o fundo precioso da Bibliotheca, o que a constituiu no primeiro quartel do seculo XIX. Entre ellas, ha provavelmente muitas já de todo perdidas na terra lusitana em que se editaram. As officinas de encadernação da Bibliotheca, como tenho tido ensejo de pessoalmente verificar, mal dão conta das innumeras collecções de jornaes, de revistas, de periodicos, e do que é diariamente reclamado pelas necessidades da consulta publica nas várias Secções. Assim, urge que se tome a providencia de uma verba especial, consagrada exclusivamente á restauração dos mencionados livros, a menos que se queira ver, em futuro não muito remoto, completamente perdida a mais rara opulencia da Bibliotheca Nacional, notadamente a valiosissima collecção Diogo Barbosa Machado.

Fica, por esse modo inequivoco, dado o meu opportuno alarma, para que em tempo algum se me possa applicar o estigma do "não cuidei", lançado pelo verso famoso do epico immortal da nossa lingua.

Taes são, Sr. Ministro, as informações que cumpro o dever de apre sentar-vos quanto ao movimento da Bibliotheca Nacional no anno de 1917.

Saúde e fraternidade.

Ao Sr. Dr. Carlos Maximiliano Pereira dos Santos, Ministro da Justiça e Negocios Interiores.

O DIRECTOR GERAL (INTERINO),

BASILIO DE MAGALHÃES

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