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Notas

Pagina 32,,Como o Ministrel de Thomas Morus" Moore deve-se ler, por um engano imprimio-se o nome do martyr em vez do do poeta. Refiro-me a uma de suas melodias irlandezas que começa assim:

The ministrel boy to the war is gone;

In the ranks of death you'll find him.

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Pag. 65. „Era o navio que conduzia o novo Virgilio. "

A mesma idéa teve antes o Sr. Visconde de Juromenha que exprimio-a n'estes termos : " se o poeta de Venuza fazia votos para que o navio que levava Virgilio à Athenas fosse á salvamento, não deviam os portuguezes fazel-os menos ardentes, para que a náo Santa-Clara chegasse com prospera viagem patria, a qual trazia o nosso poeta, e vinha pejada com o maior brazão da gloria de Portugal. » Citando estas palavras rendo uma homenagem ao Sr. Visconde de Juromenha, que tirou para si muita honra de sua completa e excellente edição das obras de Camões.

IV

Pag. 78.

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as sombras do exilio entram por seu poema e envolvem até o seu paraiso. "

Macaulay em seu eloquente Ensaio sobre Milton exprimio uma idéa muito semelhante á essa n'estes termos: « the gloom of his character linges with its own livid hue the flowers of Paradise. >> E' elle o critico a quem me refiro na pagina seguinte, sendo para notar que é a melancholia do Dante e não o seu poema que elle compara ao solo da Sardenha.

Pag. 171.,, foi talvez ao dobrar pela primeira vez o cabo das Tormentas. "

Alguem ao ouvir esse capitulo fez-me notar que já Garrett tinha dito a mesma coisa em uma nota ao poema Camões. A idéa é d'essas que occorrem naturalmente, mas não contesto que pertença á quem primeiro a teve. Citando as palavras do eximio poeta restituo-lhe sua propriedade: « parece-me muito provavel que realmente a vista d'aquelle immenso e terrivel promontorio suscitasse á Camões a idea magnifica da sua metamorphose; talvez a não houvera elle concebido se de Portugal não sahisse. »

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Pag. 225. como se em um terreno todo moral, como o de uma antiga sociedade fossem esses rios, etc. "

Essa conjectura litteraria foi-me inspirada por um bello pensamento de A. Cochin: «E' possivel que esqueçais que da mesma sorte que os territorios materiaes, sobre os quaes vivem as sociedades humanas, são regados por tres ou quatro grandes rios, seu territorio moral é regado por tres ou quatro grandes principios ? »

Pag. 261. „, Vejamol-o alguns dias antes da batalha de 4 de Agosto.

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Essa admiração que mostro por Abd-el-Melek é um pallido reflexo da que inspirou elle ao Sr. Rebello da Silva, em cujo eloquente livro aprendi a historia da expedição

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Pag. 271.,,, Mandava o Jáo mendigar. Sobre essa poetica figura do Jáo que nem pude esboçar veja-se o poema de Garrett.

Pag. 274.

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exclama o Morgado de Matteus.“ Ser-me-hia impossivel em um livro consagrado á gloria de Camões esquecer o nome do morgado de Matteus, Dom José Maria de Souza Botelho. Esse portuguez illustre levantou á Camões o mais bello monumento artistico e litterario. Elle mesmo fez seu elogio n'estas singelas e eloquentes palavras que escreveu na vida do poeta: «Quantas vezes fui eu obrigado á interromper a leitura d'esta obra sublime por se me arrasarem os olhos de agua, commovido pelo amor da patria, elevado na grandeza dos pensamentos, encantado das bellezas de todo o genero que alli se encontram. Quantas vezes opprimido eu mesmo de trabalhos e desgostos, procurei allivio n'esta lição e nas memorias de sua vida! >>

OBSERVAÇÃO

O leitor notará certa differença entre a orthographia do texto e a dos versos de Camões. E' que servi-me da edição dos Lusiadas, de José da Fonseca, impressa em Paris em 1846. Tambem notará falta de uniformidade na orthographia de certas palavras, que a lingua deixa escrever de differentes modos, como dois e dous, idéa e ideia, cousa e coisa. A falta de habito de corrigir provas explica esse defeito, para o qual o autor pede desculpa.

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