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S. Paulo d'onde chegarão a tempo em que elle já havia deixado o governo.

esteve nos districtos de Maragogipe, e actualmente está na villa de Cayrú, nem se entender que poderá bastar a dos oitenta homens com que o mesmo general soccorreo (no mesmo ponto que recebeo aviso do ultimo successo) aquelles moradores, para deixar de se temer a ferocidade do gentio, por dar sempre subitamente, ser tão incerto o tempo, tão distantes as estancias umas das outras, tão vastos os matos e livres, para, sem ser presentidos, obrar tudo que intentar; e terem mostrado todas as experiencias que só na origem se ha de atalhar este damno publico, destruindo e extinguindo totalmente as aldeas dos barbaros.

"E attendendo elle dito Governador Geral que juntamente aos referidos Assentos que no governo se tem tomado sobre ficarem captivos os que ficassem prisioneiros em guerra viva ás Leis Reaes, que assim o tem determinado, e ao cumprimento da Ordem que o Principe Nosso Senhor se servio mandar-lhe ultimamente, por Carta sua de 20 de Fevereiro do anno passado, encarregando-lhe castigasse o desaforo e atrevimento do dito gentio, fazendo-lhe guerra na fórma e modo que melhor parecesse a elle dito Governador Geral; e ser ella por todos estes fundamentos e circumstancias tão justa; estava resoluto a executar a dita Ordem, e castigar o. gentio barbaro, fazendo-lhe a guerra, que tanto convinha, com o poder e brevidade que sua importancia estava pedindo, mandando degollar todos os que resistissem, declarando por captivos todos os que aprisionassem, e assolando todas as aldeas inimigas, para assim poderem ficar livres os moradores, e socegadas as hostilidades do gentio; e que as terras conquistadas se repartissem pelas pessoas que melhor o merecessem na jornada: e nas disposições e prevenções para a entrada se trabalharia com todo o calor. Mas, porque sobre esta materia do gentio se havião tirado algumas devassas, e processado alguns papeis, que tinha ordenado se vissem em Relação; propunha agora n'ella esta sua deliberação, para que, em consideração aos testemunhos dos capitães, dos capitães-móres e pessoas que os acompanhavão n'aquellas jornadas, qualidades dos successos passados e presentes, damno publico, e inconvenientes que se podem seguir ao serviço de S. A., e direitos de sua Real Fazenda, no prejuizo da de seos vassallos, lhe dissessem o que lhes parecia, para maior justificação do que tinha deliberado, e melhor disposição de se dar cumprimento ás Provisões Reaes, e Ordens antigas e modernas de S. A.

E sendo vistas as inquirições, devassas, Lei e Ordem de S. A., e mais papeis tocantes a esta materia, e considerando as razões da proposta referida pelo chanceller e mais desembargadores; pareceo a todos conformemente que a guerra era justa, e que, para se executar na fórma da dita Lei de 611, não se necessitava de mais Assento que o de 6 de Abril de 643, confirmado e approvado pelo Sr. Rei D. João, que santa gloria haja; e que se devia dar cumprimento, como o dito Governador e capitão-general tinha deliberado, á nova Ordem de S. A., fazendo-se guerra ao gentio com o rigor, e na mesma fórma em que elles nol-a fazião, sendo captivos dos vencedores os que n'ella ficassem vivos; e que, achando-se alguns indios criados entre nós e nas aldeas sujeitas ao dominio do Principe Nosso Senhor, que se tenhão passado ao inimigo, se proceda contra elles pela justiça como rebeldes traidores, para exemplo de outros, por serem estes os guias, e se ter por infallivel serem os motores que incitão os barbaros a virem de tão longe invadir e assaltar nossas povoações; com o que o dito Governador e capitão-general se conformou, e assim ficou determinado; do que se mandou lavrar este Assento, que todos assignarão.--Alexandre de Souza Freire Azevedo-Burgos-Dr. Soares-Peixoto Espinosa-Goes

-Macedo".

VOL. II

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ANNOTAÇÕES

feitas a segunda parte da terceira secção das Memorias Historicas e Politicas da Bahia, pelo Professor Braz do Amaral, correspondendo ao periodo que vae de Diogo de Mendonça Furtado até Alexandre de Souza Freire, acompanhadas de documentos de valor

SEGUNDA PARTE DA TERCEIRA SECÇÃO

NOTA 1

Quando se discutiu no Conselho da Hollanda a guerra contra a Hespanha, atacando o Brasil, pois estava a expirar a tregua dos doze annos, que fora concertada entre a Hespanha e as Provincias Unidas, João André Mohertecan apresentou ao principe Mauricio um parecer sobre esta questão.

Tratava-se de organisar uma companhia das Indias Occidentaes que devia 'operar na America.

Diz Britto Freire (veja-se Guerra Brazilica, pag. 30) que alguem se oppoz, dizendo que a nova companhia iria prejudicar a das Indias Orientaes, porque dividiria a gente, e o esforço seria menor em ambas; que os Inglezes já o haviam tentado, abandonando a empreza; que não se tratava de conquistar o Novo Mundo aos fracos Indios, mas sim aos hespanhóes que tinham praças fortificadas e guarnecidas, com facilidades de soccorro no mesmo continente; que os gentios, conquistados ha mais de seculo estavam convertidos e seriam auxiliares dos hespanhóes; que era preferivel conservar a prosperidade presente que procurar outra incerta; que os alliados, vendo desmaiada fortuna trocariam os soccorros continuos em perniciosas emullações; que, no caso mesmo de serem vencidos os perigos das travessias e obtidas as praças, grande sacrificio seria para mantel-as, porque o rei de Hespanha empenharia todos os recursos da monarchia para rehavel-as.

Prevaleceu, porém, a argumentação opposta, por outras que diziam ser a Companhia projectada o braço direito da defeza da patria; que a empreza era facil e honrosa, pois era muita a grandeza da America pelos metaes preciosos e pelo assucar que produzia; que os hespanhóes tinham as praças sem defeza, pelo repouzo de muitos annos, de modo que pareciam mais feiras de mercadores; que se o resultado fosse máo, só haveria uma perda, e se fosse bom, muitas seria as vantagens; que daqui passariam os hollandezes pelo estreito de Magalhães ao mar do Sul, onde se tornaria facil tomar os navios que, na confiança da paz, transportavam mercadorias preciosas que iam sempre para Panamá, e que o saque de ricas praças mercantis cobriria qualquer prejuizo; que a monarchia hespanhola, por ser muito grande, era muito fraca, pois Portugal, Aragão e Catalunha mais dissimulavam que obedeciam; que a Hespanha, atormentada pela guerra, gastaria os seus thesouros; que a conquista do Brazil era empreza facil, pois nem para o seu commercio tinha a Hespanha transportes; que vencidas a Bahia e Pernambuco, estava para os hespanhóes perdido o Brazil e que estas praças nem possuiam forças sufficientes nem defeza séria, por não terem artilheria moderna; que os portuguezes odiavam os castelhanos; que o governo de Madrid estava descuidado, pelo que não convinha perder a occasião; que a companhia nova ajudaria a das Indias Orientaes e que a navegação do Brazil era mais segura e menos distante; que os thesouros da America sustentariam as forças da Europa e que os portos conquistados á sotavento iriam garantir as emprezas da longinqua navegação da India; que tendo sempre vencido os hespanhões, quando contra elles haviam investido os batavos, mais uma vez os venceriam.

Estes discursos animaram o amor do ganho e deixaram resolver a organisação da companhia e a grande empreza planejada contra o Brazil.

Assentaram ou decretaram por isto os Estados prohibir a seus subditos a navegação da America, nas costas oppostas a Africa, desde o Tropico de Cancer até o cabo da Boa Esperança, ficando durante 24 annos este commercio monopolisado pela Companhia das Indias Occidentaes, a qual podia fazer allianças, fundar colonias, nomear capitães, governadores e magistrados, castigar delictos, tomar juramentos e levantar tropas. A companhia podia ainda tomar ou aprehender as rendas que o rei, egrejas e particulares possuissem, com todos os direitos que pagavam a Hespanha.

A companhia devia dar conta de 6 em 6 annos aos interessados, não podendo repartir os despojos, sem primeiro reservar o principal, antes do praso marcado.

Foi então preparada a expedição com algum segredo, não tanto, porém que não tivesse o governo de Madrid conhecimento della, que disso avisou o governador Diogo de Mendonça Furtado.

Frei Vicente do Salvador que, como contemporaneo, estava perfeitamente no caso de tudo escrever bem sobre esta epocha, diz que Diogo de Mendonça Furtado chegou a Bahia numa terça-feira, 12 de Outubro e que logo apo o desembarque, foi á Sé, acompanhado pelos dignatarios e pessoas importantes da colonia, e, da Sé, antes de subir á sua residencia foi ver o armazem da polvora c das armas que era embaixo da mesma, occupando-se, alem dos cuidados proprios de uma administração que começa, em trocar visitas e deferencias com o seu antecessor D. Luiz de Souza, até que este embarcou para Portugal.

Eu já disse na nota 48 do 1.° volume que D. Diogo Botelho conhecendo a vantagem de uma ilhota ou coroa existente em frente a Ribeira das Nãos, começara a fortifical-a.

Frei Vicente escreve no seu cap. 21 que foi D. Diogo de Mendonça Furtado, opinião que não pode deixar de ser considerada como de valor decisivo, por ter sido elle contemporaneo do principio daquella obra. Acredito que havia uma outra fortificação entre a coroa em que está o forte de S. Marcello e a praia e muito proxima a esta, fortificação que datava de 1602 a 1607.

Teve elle para isso recursos por uma Provisão do soberano que os mandou tirar da imposição dos vinhos na Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro, e do dinheiro das avarias que os mestres das embarcações recebiam por cada caixa de assucar, o qual montava a duas patacas; destas tiveram elles que pagar quatio vintens para a obra, apezar da opposição de alguns que, como sempre acontece, reluctavam pagar, allegando ser desnecessaria tal fortaleza, de cujo plano foi encarregado Francisco de Frias.

Veremos que a fortificação estava longe ainda de ser uma boa defeza quando aqui chegaram os hollandezes, mas que sempre lhes deu que fazer.

Na referida nota 48 já disse que os hollandezes tomaram as obras alli levantadas, e isso verá o leitor com detalhes mais adeante.

Ameaçou neste tempo ruina o palacio do governo, rachando as paredes que foi preciso escorar, palacio que já não era a casa de taipa do tempo de Thomé de Souza, pois, diz Frei Vicente positivamente ser de pedra e cal, forte e antiga obra.

Este palacio, ou mais propriamente casa dos governadores, como a denominam os escriptores antigos, já tinha dois pavimentos, o terreo, onde estavam a polvora e as armas, e o superior, onde residia o governador.

Já vimos na nota 52 do 1.o volume, pag. 446, que D. Luiz de Souza construiu ao lado, na face que olha para o mar, a casa da Relação. Em face da casa dos governadores estava outra casa do rei, a Alfandega.

Em face da Relação se achava a casa da Camara que Francisco Barretto irá reedificar dentro de alguns annos, com amplas dimensões.

Diogo de Mendonça Furtado accrescentou a igreja de S. Bento, gastando

nella 2 mil cruzados, e deu esmollas a outros mosteiros.

Cercou a cidade da parte de terra de uma valla e construiu uma casa para armazem da Alfandega.

Em 8 de Dezembro de 1622 aqui chegou o bispo D. Marcos Teixeira, levan

tando-se logo uma divergencia entre elle e o governador, o que era mal chronico na colonia. Desta vez rompeu logo a indisposição das duas mais elevadas autoridades da terra, porque o governador queria que, desembarcando o bispo, viesse com elle conversando, debaixo do pallio, ao que se oppoz o prelado que desejou vir com a sua capa de asperges, mitra e baculo, abençoando o povo,

Não compareceu o governaor ao desembarque, mandando, porém, o chanceller da Relação e os dezembargadores.

Outra questão de cerimonial se levantou pouco depois entre elles, por querer o governador que nas solemnidades se assentassem ambos juntos, ao que se oppoz o bispo, em virtude das exterioridades do culto catholico que cercam o chefe da egreja de muitas cerimonias; questão que persistiu, apezar de uma provisão real que mandou applicar ao Brazil o mesmo que se praticava em Cabo Verde, provisão que regulava sentar-se o Governador do lado do Epistola, assim como ser incensado depois do bispo.

Preferiu o Governador não comparecer ás solemnidades a que comparecesse o bispo.

Havia o bispo feito embarcar para o Reino alguns portuguezes casados lá, e que se achavam aqui amancebados e a isso se oppozeram os desembargadores, declarando que não tinha o bispo jurisdicção para tanto e do conflicto entre o ecclesiastico e o judiciario resultou ser pelo prelado excomungado o procurador da coroa que havia levantado o conflicto, Francisco Mendes Marrecos.

São cousas que hoje fariam rir, mas que na epocha tinham importancia e grande repercussão.

Quando o governo de Madrid teve certeza de que se destinava ao Brazil a esquadra que se estava aprestando nos portos da Hollanda, avisou a Diogo Furtado, o qual communicou, por seu turno, esta má noticia aos outros governadores e capitães.

Tratou de levantar tambem uma nova contribuição, a qual foi cobrada com difficuldade.

Já estava elle nos trabalhos da fortaleza do mar ou de N. Senhora do Populo, que havia sido causa de outra desintelligencia com o bispo, o qual, convidado para o benzimento da obra, se recusou, dizendo que se lá fosse seria para amaldiçoal-a, pois, em virtude deste trabalho cessaria a reconstrucção da Sé, o que aliás não se deu, por ter o governador reservado seis mil cruzados para isto.

NOTA 2

A esquadra hollandeza sahiu commandada pelo almirante Jacob Willekens com 13 náos, vindo como vice-almirante Pieter Petrid, ou Pieter Pieterzoon Heyn, que Accioli, seguindo Britto Freire, dá como inglez de nação, o que Varnhagen contestou.

Johan Van Dorth trazia o posto de mestre de campo e general em terra. Alem das náos vinham tambem 12 ou 13 navios mercantes.

A esquadra largou em 21 de Dezembro de 1623 com 3400 homens, passou em Plymouth e depois em S. Vicente, de onde zarpou em 12 de Março de 1624. Depois de passar a linha equatorial, segundo as instrucções recebidas, foi aberta a bordo a carta de prego com a qual havia sahido de Hollanda, e foi quando souberam marinheiros, soldados e officiaes que vinham tomar a Bahia, noticia que foi recebida com grande alegria, pela esperança de um bom saque que a todos animou.

Consideraram a presa segura porque a esquadra era forte. Ella se compunha do Hollandia de 600 toneladas, do Zelandia egual ao primeiro, e do Provincia de Utrecht de 500, os quaes haviam sido cedidos para a empreza pela Camara de Amsterdam.

A Companhia tinha fretado o Endracht com 500 toneladas, S. Christoffel 500, Hope com 400, Wier Haynes Binderen 360 toneladas, Haen 500, Tiger 700 toneladas, Guele Zee Pacrt 600 e Post Paert 460.

A Camara do Mosa tinha concorrido com os seguintes; Oragnien de 400 toneladas, Neptunus de 460, o hyate Zee Jaeger de 70, e o hyate Haes Windt de 130.

A Camara do Norte tinha concorrido com o London de 600 toneladas Onde Rood e Leuve de 600 toneladas, e tambem com o Oragnien Boom de 500.

A Camara de Studten tinha entrado com o Groningen e o Sterre de 600 toneladas cada um, o hyate l'os de 240 e o St. Marten tambem de 200.

NOTA-3

O navio da esquadra inimiga que primeiro aqui chegou foi o Hollandia, em que vinha o commandante Johan Van Dorth, o qual se poz a cruzar da ilha Tinharé, ou do Morro de S. Paulo para os Ilhéos, fazendo signaes á noute, para indicar onde estava aos outros vasos, á proporção que fossem chegando. Num destes bordos para o sul, porém, a esquadra hollandeza se approximou da Bahia e entrou

Teve o governador Mendonça Furtado, noticia de Boipeba e do Môrro, do apparecimento de uma grande não suspeita, que por alli cruzava e mandou seu filho Antonio de Mendonça com dois patachos a reconhecer os inimigos, ao passo que tratava corajosamente de preparar a defeza da cidade.

Chamou os habitantes do Reconcavo ás armas, constituindo com elles, reunidos ás tropas pagas, uma guarnição de cerca de tres mil homens.

Mandou o capitão Gonçalo Bezerra com sua companhia, para Villa Velha e reforçou esta com 100 arcabuzeiros e 60 archeiros indios, trazidos da Cachoeira, por Affonso Rodrigues.

Entregou a Lourenço de Britto, commandante de um corpo de aventureiros, e a Vasco Carneiro a fortaleza de S. Fellippe e S. Thiago e tambem armou a começada na ilhota, que ainda estava apenas 8 a 9 pés acima do nivel d'agua e que era de fachina e 60 cestões, com pouca resistencia.

Collocou na praça do Palacio 6 boccas de fogo em bateria, poz 4 outras promptas de reserva, e tambem deitou de reserva a companhia paga de seu' filho, para acudir onde fosse preciso.

Cortou as boccas das ruas, assentou guarnição nos logares mais arriscados, pelo receio de desembarque e expediu navios ligeiros para avisar as embarcações, que por ventura demandassem o porto, ignorando o perigo que o ameaçava. Foram encostados a Itapagipe 18 navios mercantes, que se achavam aqui e tudo se preparou para resistir.

Tambem prohibiu aos habitantes o transporte para fóra da cidade dos seus haveres, e o auditor geral Pedro Casqueiro (e não Pedro Cerqueira, como está no texto), foi encarregado de castigar os que transgredissem as ordens das autoridades, sendo para isto armada uma forca.

Esta medida era boa e sempre empregada em casos taes, para evitar deserções, mas foi a causa de acharem os hollandezes muito para saquear e ficarem os moradores na miseria, pelo que, soffreram na fuga que executaram as peiores privações, visto não ter ella impedido o terror panico que se apoderou da população.

Assim, nesta espectativa, se passaram 23 dias.

Para obviar aos queixumes dos moradores do Reconcavo, que se achavam sem recursos, mandou o governador dar-lhes tres vintens por dia, pelo seu amigo Duarte da Silva.

Foram, porém, se elevando as queixas que tiveram representante no bispo D. Marcos Teixeira, o qual não acreditava na realidade do perigo,

A deserção da gente do Reconcavo, apoiada pelo prelado, foi tal que, ao apparecer a esquadra inimiga. pouca della havia já na cidade para a defender. Chegaram primeiro os dois patachos que haviam sahido como exploradores e que deram a certeza da terrivel verdade.

Logo vieram noticias da Torre de Garcia d'Avila, de onde diziam que se viam navios grandes e pharóes á noute, e o capitão de Sergipe avisou tambem no dia 28 que a 12, 13 e 14, haviam apparecido, pairando, navios entre aquella cidade e o rio S. Francisco.

Pouco depois, de Boipeba e do Môrro, vieram as ultimas e mais circumstanciadas noticias, pois importa lembrar que a ilha do Môrro fica na bocca da barra e dalli se viu toda a esquadra inimiga. Foi então que o bispo conheceu o seu erro e se apresentou ao governador, resolvendo-se, entre outras cousas, que o clero se armasse para animar o povo e defender a polvora, assim como as igrejas.

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