Episodio do gigante Adamastor: Lusiadas, canto v, est. XXXVII-LXX

Voorkant
Imprensa nacional, 1898 - 48 pagina's

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Pagina 40 - Converte-se-me a carne em terra dura; Em penedos os ossos se fizeram; Estes membros que vês, e esta figura Por estas longas águas se estenderam. Enfim, minha grandíssima estatura Neste remoto cabo converteram Os deuses; e, por mais dobradas mágoas, Me anda Tétis cercando destas águas.
Pagina 37 - Sabe que quantas naus esta viagem Que tu fazes, fizerem, de atrevidas, Inimiga terão esta paragem, Com ventos e tormentas desmedidas!
Pagina 19 - Vistes lá o meu amor? O rosto sobre bua mão, Os olhos no chão pregados, Que de chorar ja cansados, Algum descanso lhe dão; Desta sorte Leonor Suspende de quando, em quando Sua dor; e em si tornando, Mais...
Pagina 41 - Contudo, por livrarmos o Oceano De tanta guerra, eu buscarei maneira Com que, com minha honra, escuse o dano: Tal resposta me torna a mensageira. Eu, que cair não pude neste engano (Que é grande dos amantes a cegueira), Encheram-me, com grandes abondanças, O peito de desejos e esperanças.
Pagina 36 - Pois vens ver os segredos escondidos Da natureza e do humido elemento, A nenhum grande humano concedidos De nobre ou de immortal merecimento: Ouve os...
Pagina 39 - Já que minha presença não te agrada Que te custava ter-me neste engano, Ou fosse monte, nuvem, sonho ou nada? Daqui me parto, irado e...
Pagina 20 - O rosto sobre úa mão, Os olhos no chão pregados, Que, de chorar já cansados, Algum descanso lhe dão. Desta sorte Leonor Suspende de quando em quando Sua dor e, em si tornando, Mais pesada sente a dor. Não deita dos olhos água, Que não quer' que a dor se abrande Amor, porque em mágoa grande Seca as lágrimas a mágoa.
Pagina 20 - ... passando. No que ao somno se deve estou velando, E venho a velar só minha tristeza: O choro não abranda esta aspereza, E meus olhos estão sempre chorando. Assi de dor em dor, de mágoa em mágoa, Consumindo-se vão inutilmente, E esta vida tambem vão consumindo. Sobre o fogo de amor inutil ágoa! Pois eu em choro estou continuamente, E do que vou chorando te vás rindo. Assi nova corrente Levas de choro em foro; Porque de ver-te rir, de novo chóro.
Pagina 22 - Transforma-se o Amador na Cousa Amada por virtude do muito imaginar: não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada.
Pagina 34 - Ó Potestade (disse) sublimada: Que ameaço divino ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta?" Não acabava, quando uma figura Se nos mostra no ar, robusta e válida, De disforme e grandíssima estatura; O rosto carregado, a barba esquálida, Os olhos encovados, ea postura Medonha e má ea cor terrena e pálida; Cheios de terra e crespos os cabelos, A boca negra, os dentes amarelos.

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