qual se fizera mercê da Capitania do Rio de Janeiro, por seis annos, em 51 REQUERIMENTO de Miguel Antonio de Paiva, que fôra sargento-mór de Infantaria da guarnição do Rio de Janeiro, em que pede o officio de Sargento-mór do Terço da Armada, sem soldo. Tem annexa uma informação favoravel, datada de 3 de junho de 1624. 52-53 REQUERIMENTO de Ruy Vaz Pinto, ex-capitão mór e Governador da cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro, nomeado provedor-mór do Estado do Brasil, no qual pede para exercer vitaliciamente este logar com o titulo de vedor da Fazenda Real. (1623). 54 AVISO regio pelo qual se ordenou que o Conselho da Fazenda consultasse sobre a pretensão antecedente. 23 de setembro de 1623. (Annexo ao n. 54). 55 MINUTA da consulta do Conselho da Fazenda, a que se refere o aviso antecedente. (Annexa ao n. 54). 56 INFORMAÇÃO do ex-provedor da Fazenda Real da Capitania do Rio de Janeiro Francisco Cabral Homem, sobre os rendimentos annuaes d'aquelle cargo. Lisboa, 29 de agosto de 624. (Annexa ao n. 54). 57 Avisos regios pelos quaes se ordenou que o Conselho da Fazenda informasse sobre o provimento do cargo de provedor da Fazenda da Capitania do Rio de Janeiro. 15 de fevereiro e 9 de maio de 1624. (Annexos ao n. 54). 58-59 CONSULTAS (2) do Conselho da Fazenda, relativas á petição do licenciado Luiz Nogueira de Brito. Ouvidor geral do Districto do Rio de Janeiro, em que solici tava o adeantamento de 1008000, por conta dos seus ordenados, para os prepa rativos da sua viagem. Lisboa, 31 de março e 4 de abril de 1626. 60-61 CONSULTA do Conselho da Fazenda, sobre a petição de Domingos Corrêa, em que requeria a patente da Companhia de Infantaria da Armada de Soccorro ao Brasil, de que se lhe fizera mercê. Lisboa, 5 de janeiro de 1635. 62 CARTA regia pela qual se fez mercê a Domingos Corrêa, natural de Refoios, termo da Villa de Ponte de Lima, pelos serviços que prestara na Bahia e em Pernambuco contra os Hollandezes, da pensão annual de 60$000, do habito de Christo e de uma companhia de Infantaria, destinada ao Brasil. Lisboa, 25 de agosto de 1634. Copia. (Annexa ao n. 62). A. 39 2 63 INFORMAÇÃO de Ruy Corrêa Lucas, sobre as instrucções que deveriam dar-se ás caravellas que iam ao Brasil soccorrer Mathias de Albuquerque, com dinheiro, munições, mantimentos e gente de guerra. Lisboa, 23 de abril de 1635. "...o tempo en que daqui se parte he o mais deficultozo e ariscado desta viagem, e assy mal se pode fazer computo do en que lá chegarão; as cousas de Pernãobuco ficauão em estado, que con resão se pode temer grande diferensa nellas; neste cazo me paresse que o que mais conuém he deixar tudo á eleisão dos capitães que vão, pois são pessoas de tanta con fiança e satisfação, que atallos a regimento en tal variedade he obrigallos a que antes herrem obedecendo, que asertem alterando o que se lhes manda, e basta que o regimento seia a re solução de V. M. (que he o que mais conuém) socorrer-se Matias de Albuquerque a todo Em todas as manciras me parese que comuem prohibir-se que não se mande auizo ao coartel, ficando o socorro esperando nas carauellas, porque como o imigo está senhor d mar, e tem muitas noticias da costa, hera serto que antes que tenha resposta do coartel, saber o inimigo das carauellas, e ou as tomará, ou fará queimar, de maneira que não chegou a ser de effeito este socorro, e todavia botando-o logo fóra e marchando con elle poderia quando o inimigo o chegasse a saber estar já o socorro no coartel ou tanto pella terra dentro, que lhe fosse dificultozo e inserto o cortallo; isto me parese que he o que se pode dizer no particular do regimento con algum fundamento; os portos que ha por esta costa são já hoje todos muy sabidos e para se tomar a primeira falla não he necessario que seja senão onde pella costa o tempo der lugar contudo para se V. Magestade quizer alterar nesta materia, he da parte que de inverno fica de barlauento, o mais ao sul Cururippe, que fica perto de 60 legoas do Cabo, e ao norte delle 14 legoas está Alagoa donde são no cabo 40 e tantas, ao norte da lagoa dés legoas fica Comaragibe, e de Camaragibe ao norte coatro o Rio das Pedras, e deste para o norte seis. I'na onde só cabem embarcasois pequenas, o Rio fermoso he de Vna para o norte 4 leguas, deste para o norte duas fica o Rio Serinhuaem porém em todos estes Rios entra o inimigo e queima os socorros, daqui para o norte tenho por may ariscado para tomar as primeiras noticias por ser já muito uezinho do inimigo por esta parte, que he o barlauento do tempo en que la poderão chegar as carauellas.... 64 CARTA regia pela qual se mandaram organisar duas armadas de 17.000 toneladas e o recrutamento de 8.950 praças para a defesa do Brasil. 5 de maio de 1635. (Copia). Tem o despacho em que o Conselho da Fazenda ordena que o Provedor dos Armazens informe sobre a fórma da sua execução. "O estado a que tem chegado o Brasil com as praças que os inimigos hão tomado nelle e poder com que se achão pera emprender nouos damnos me obrigão a hum continuo cuidado, e desvelo de tratar de sua recuperação com tantas forsas que possão contrastar as do inimigo e mediante o fauor de Deos asegurar a restauração do que se ha perdido desalojando de todo de aquelle estado sintindo muyto que tais uassallos como são os deste Reyno, e que tão gloriozas uictorias alcançarão, elles e seus passados, ayão dado lugar a que hum negocio de tanto interesse e reputação sua se haja feito caso de conciencia em mim não ficando com pouco escrupulo do que nisto hei tolerado e contempurisado, pois a reputação das armas que athe hoje se ha perdido não se pode recuperar com nada e me seja forçozo obrar com resulução sem agoardar mais tempo a deuer aos vassalos dessa Coroa a disposição que tanto esperei de seus animos e valor de recuperar o perdido sem dar lugar a perder mais, porém confio de sua muyta lealdade e amor que me deuem pelo que lhes hei mostrado em todas as occasiões que nesta de tanta importancia, como he a conseruação desse Reyno, a restauração de suas conquistas, tornem tanto por si que o feruor com que se disponhão a esta empreza emmende a omissão passada e lhe sirua de mayor gloria, e terem mais que uencer, e assy tratando do remedio que pede o Brasil no ultimo e mizeravel estado em que está depois de e me hauer consuitado, a materia pelos ministros do concelho dessa coroa que reside junto de minha pessoa e pelos de maior authoridade, siencia e pratica de Castella, resolui que de hua ves se trate desta empreza e se fação logo duas armadas por ambas as coroas de Castella e Portugal cada hua de dezasete mil toneladas e hão de estar prestes athe outo de setembro que uem e ao mais tardar não hão de tomar dia de octubro, e sem se esperar huns nauios a outros se hirão pondo em ordem, auisandome da parte que delles estiuerem aparelhados athe São João ou meado julho e que por essa Coroa se leuantem de gente de guerra outo mil nouecentos e sincoentas praças, as quatro mil, quatrocentas e sincoenta para a Armada e as quatro mil e quinhentas para deitar em terra, para que ao mesmo tempo e os de dentro forem obrando a Armada intente o que puder e de gente de mar para a dotação dos nauios se leuantem duas mil setecontas e vinte pessoas, e porque pera tão grande leua de Infanteria pareça que será necessario ualer alguas naçoens estrangeiras, como Irlandezes, malhorquinos e sardos, a que se poderia acrecentar algum numero de Italianos e hua tropa de Borbonhoes com todos os espanhoes que se puderem juntar, fazeis que uejão os meios, que se offerecem para condusir esta gente, e em que quantidade sera a respeito da que se pode leuantar nesse Reyno e vendo os do Brasil forsa poderosa naquelas partes se pode ter por certo que enserrado o inimigo em suas fortificações facilmente tornarão à obediencia os que se hão apartado della, compelidos do poder do inimigo e o mesmo farão os Indios naturaes, e assim uos encomendo e rogo muyto que com o desuelo e aplicação que conuem façais que sem se perder hora de tempo se comessem aprestar os nauios que ha e se busquem os meios que faltão a comprimento das dezasete mil toneladas, a frete ou por qualquer outra uia que uos parecer procurando que os naturaes armen em fórma que seja de effeito pera esta nauegação, e com que sc possa continuar a conducção dos assucares com seguridade e com tanto beneficio dos uassalos desse Reyno, hauendo ou por uia de contrato ou de compra toda a polvora, moniçoens enxarceas, e mais petrechos necessarios para que tudo esteja preuenido a tempo conuenientes com os mantimentos e artilharia que se ha mister pera esta armada, que tudo hade ser na quantidade que se declara em húa Relação que mandei uer no Conselho de Portugal com ordem que me propusesse os meios e effeitos de que se poderá tirar o dinheiro necessario pera esta despeza sobre que me fez a consulta que me pareceo enuiaruos com esta carta em que vay inclusa a dita Relação e porque della se uee que a soma he tão grande que são necessarios dous milhões seiscentos e hum mil e sincoenta cruzados e a esse respeito se deue fazer o esforço para que possa uencer e auer todo o dinheiro que se ha mister usareis de todos os meios que se apontão na dita consulta e dos mais que se tem auizado a esse Gouernador pelas cartas que se acusão na memoria que con esta se uos enuia procedendo em tudo com a execução que a necessidade e aperto das cousas pede uzando sempre dos meyos mais suaves com que não falte a quantidade que se ha mister, nem ao tempo, em que ha de partir, porque en nenhua destas cousas hey de admittir replica, nem dilação e porque pode suceder que a guerra do Brasil não se possa acabar soo com a viagem de hua armada, posto que tão grande porquanto hauendo tantos portos occupados e furtificados pelos olandeses na forma que costumão não se poderão recuperar em tão pouco tempo, e pode ser para o que se intenta de grande effeito hauer no Brasil armada de remo de athe uinte nauios fareis que se execute o que tenho mandado nesta parte e que os nauios cheguem a este numero uendo-se conuirá ficar naqueles mares athe quatorze nauios da armada quando ella se ouuer de recolher com o que ouuer feito, não sóo para se assistir huns nauios a outros no que ouuerem de obrar senão para incomendar e trabalhar o inimigo nos portos em que se deffenderem athe se desalojar de todo." 65 INFORMAÇÃO do Provedor dos Armazens Ruy Corrêa Lucas ácerca da organização das referidas armadas. Lisboa, 28 de maio de 1635. (Annexa ao n. 65). 66 RELAÇÃO da gente de mare guerra, armamento, munições, mantimentos e dinheiro necessarios para a armada de 17.000 toneladas. (1635). "De gente de mar para la dotacion de los nauios, 2:720. De guerra 2:450. echar en tierra, 4:500. (total): 11.670. Para sueldos desta gente hasiendo-se ocho pagas monta el todo la paga de gente de mar, 89$500 cruzados., y la de guerra, 394$920. c. General almirante, maestre de campo, sargentos mayores y ayudantes, 128000 c. Bastimentos para 11.720 plaças a saber para 4.500 que se han de echar en tierra por tiempo de 3 mezes, e las de 7.220 por tiempo de 8 mezes a razon de 5 cruzados la racion de cada mez monta al todo, 356 000 c. Arcabuzes y mosquettes para las 9000 praças de guerra los 6000 mosquettes e los 3000 arcabuzes custaran 54$000 c. De poluora 4040 quintacs, a saber 2040 para los nauios hasiendo cuenta a cada mil toneladas 120 quintaes y los 2000 restantes pera echar en tierra a razon cada quintal de 25 cruzados costaron 101$000 c. De balas e cuerdas para los nauios y hechar en tierra, 20$000 c. El trayn de artilleria de 12 pieças, 100$000 c. Para se hacer los nauios de remo, 20$000 c. Para las 17000 toneladas ay en Portugal los nauios seguientes: El Galion Santa Anna, 350. 280. Suma: 2780. Ay mas en o Porto los nauios seguientes: El galeon S. Antonio de 1000 toneladas. El galeon S. Dominico de 1.700. S. Benedito de 1000. Santa Tereza de 7000. S. Bernardo de 600. Suma: 4000. Y haziendose cuenta que se tomaran las 10.220 toneladas a flete por assiento costaron por tiempo de hun año como se paga por esta corona de Castilla, 606.300 c. y assi parece que sera neccssario para esta armada 2.601$550 cruzados." 67 CONSULTA do Conselho da Fazenda sobre a offerta que fizera o genovez Nicoláo Paves do seu navio S. João La Rosa, para fazer parte da armada de soccorro ao Brasil, mediante determinadas condições. Lisboa, 14 de maio de 1635. Tem annexa a minuta das instrucções dirigidas ao Provedor dos Armazens sobre o mesmo assumpto. 68-69 CONSULTA do Conselho da Fazenda sobre o requerimento de D. Rodrigo Lobo, Governador da armada do Brasil, em que pede que se lhe abra titulo do seu cargo e o adiantamento de vencimentos para os preparativos da sua viagem. Lisboa, 23 de maio de 1635. 70 REPRESENTAÇão do Capitão mór do Rio de Janeiro Rodrigo de Miranda Enriques, em que pede insistentemente a remessa de soldados, armamento e munições para defeza da Capitania, por ter receio de um ataque dos hollandezes. Rio de Janeiro, 16 de março de 1635. (Copia). "Entrou a doze de marso neste porto hum barco da Bahia cuias cartas e passageiros delle dão por nouas auerem à sua partida chegado áquella Cidade as da entrada do Olandes na parahiba; tomada da fortaleza com perda de muita gente nossa, e de toda a Capitania com que se ficou de sua parte occupando o destrito do porto de Nazaret até o Rio grande, couza que me dá fundamento de recear que achando-se este inimigo tão puiante queira fazer o mesmo nesta cidade hachando-a tão pouco prezidiada que para cinco fortalezas, e hua legoa de praia que defender não ha nos soldados com que me acho, sento e sincoenta, e a gente da terra tem dado bastante experiencia na Bahia e pernambuco no pouco cazo que dela se pode fazer para defender e rezistir ao grande poder com que o inimigo comete estas prassas e pela grande importancia desta me acho obrigado a pedir a V. M. a mande ocorrer com quinhentos soldados armados, e húa duzia de artilheiros e despezas de Artilheria grossa, com poluora e balas enrramadas e palanquetas que das redondas ha cantidade neste almazem mandando aplicar para sustento destes soldados o procedido dos direitos dos Escrauos de Angola que aqui uem, como outras uezes tenho pedido a V. M., pois a Bahia para onde este dinheiro uay tem outros effeitos e rendas grosas de que sustentão o prezidio que tem, e pela grande falta que ha de embarcações daqui para lá está sempre em depozito não se aproueitando nimguem delle e esta prassa sem defensa que só he a liure neste estado, e por sitio tão dificultoza de recuperar se o inimigo a pesuir que quazi o tenho por impossivel V. M. seja seruido mandar considerar estas razões, e a breuidade que este cazo requere e a perda da fazenda Real, e opressão dos vasallos de V. M. se com minha uida se restaurarão estes danos derame pouco cuidado o temor deles, e quando por justas cauzas se não socorra esta prasa com o que aponto, e pesso a V, M. será mercé particular, nomearme sucesor nella que sem obriguação de omenagem irey seruir a V. M. em qualquer outro lugar." 71 INFORMAÇÃO do Provedor dos Armazens Ruy Corrêa Lucas, sobre o soccorro que pedira o Capitão-mór do Rio de Janeiro. Lisboa, 27 de maio de 1635. (Annexa ao n. 71). 72 PARECER do Conselho de Estado sobre o soccorro que se tinha de enviar ao Rio de Janeiro. Lisboa, 29 de março de 1635. (Annexo ao n. 71). 73 DECRETOS (2) em que se contêm diversas instrucções, dirigidas ao Conselho da Fazenda, sobre o soccorro do Brasil. Lisboa, 28 de junho e 31 de julho de 1635. ((Annexos ao n. 71). 74-75 CARTA regia em que se manda prevenir o Governador do Brasil do receio que havia de que os hollandezes atacassem o Rio de Janeiro e se nomeia o Sargento-mór Antonio Ortiz de Mendonça para embarcar para o Rio de Janeiro com todo o soccorro possivel e alguns soldados praticos. 13 de julho de 1635. (Annexa ao n. 71). 76 CARTAS regias (4) relativas aos preparativos da armada de soccorro do Rio de Janeiro. 13 de junho, 5 de maio e 8 de agosto de 1635. (Annexas ao n. 71). 77-80 RELAÇÃO dos soldados, armamento, munições e ferramentas necessarias para o fornecimento do soccorro do Brasil. Lisboa, 2 de agosto de 1635. (Annexa ao n. 71). 81 REQUERIMENTO do Alferes Francisco da Fonseca Saraiva, no qual pede para ser nomeado capitão de uma das caravellas que se estavam preparando para soccorrer o Brasil. 1635. Tem annexa a informação favoravel do Provedor dos Armazens Ruy Corrêa Lucas. 82-83 CARTA regia relativa ao apresto da armada de soccorro do Brasil. 26 de julho de 1635. 81 ORÇAMENTO da despeza a fazer com os soldos, mantimentos, fretes de dois navios, polvora, munições, etc. para o soccorro do Brasil. Lisboa, 9 de agosto de 1635. 85 DECRETO em que se ordena ao Conselho da Fazenda que com a maior diligencia faça apromptar o soccorro do Brasil, e se responsabilisa o mesmo Conselho por qualquer acontecimento adverso que succeda por o soccorro não ir a tempo. Lisboa, 31 de julho de 1635. 86 CARTA de D. Luiz de Almeida, dirigida ao Rei, na qual lhe pede a nomeação de um successor, lhe agradece a mercê concedida a seu filho D. Antonio e participa a |
