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em que existe a precedente, mas na orla septentrional, foi instituida pelo decreto legislativo provincial n. 1,391, de 11 de dezembro de 1868, desmembrando-se da de Santa Rita o territorio necessario. Tem por matriz a capella mandada edificar pelo notavel fazendeiro commendador João Vicente de Almeida.

Com uma área de 391,96 kilometros quadrados e 484 casas habitadas e 7 que o não eram em 1880, a sua população orça por 4,174 habitantes, sendo livres 3,426, dos quaes 211 ingenuos, e escravos 748. Habitantes por kilometro quadrado 9.

Quanto ás profissões, distribue-se a população em

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Todos os escravos não sabem ler.

Havia na freguezia 2 escolas publicas e 1 particular para o sexo masculino e nenhuma para o feminino. Aquellas foram frequentadas por 141 alumnos, de 386 (incluidos 40 ingenuos) que se haviam inscripto. Havia matriculadas 268 meninas, das quaes 30 ingenuas, que não tinham escolas para frequentar. Pelo menos é isso o que colho do Almanak de Campos, em falta de dados officiaes ou fornecidos por outra qualquer fonte, para termo de comparação e rectificação.

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P. II-VOL. XLIX

Na verdade, nas freguezias ruraes, em que a popu lação vive disseminada, ficando as escolas á grande distancia das respectivas residencias, com a carencia de bôas estradas, não é muito de admirar que as meninas não procurem as escolas. E' sem duvida uma falta muito sensivel e grave, mas como remedial-a?

As terras da parochia de S. Benedicto são identicas ás da de Santa Rita: a lavoura em que a população se emprega é a mesma.

Ha nesta freguezia 31 engenhos de assucar e aguardente, dos quaes se movem a vapor 8 e por agua 6. Possue, além d'isso, 58 fazendas de café e mandioca, e cêrca de 100 pequenos lavradores que vivem do cultivo do milho, da mandioca, do feijão e ainda do café, mas em menor escala. As fazendas de assucar estão quasi todas situadas no lugar denominado Rio Preto e as de café nas serras do Imbê e suas vertentes, onde dá bem.

A sua principal via de communicação é o mencionado Rio Preto, especialmente no tempo das aguas. Do lugar denominado Trapiche da Barra, onde se accumulam os productos agricolas da freguezia, descem estes pelo Parahyba á cidade de Campos ou para a de S. João da Barra e d'ahi para o grande emporio da côrte. Os dos estabelecimentos do Imbê e mais proximos á Lagoa, por ella vão ter á cidade pelo rio Ururahy e Canal de Campos á Macahé.

§ 8°

A freguezia de N. Senhora das Dores de Macabú, creada pela lei provincial n. 961, de 2 de outubro de 1857, compõe-se do territorio que constituia o 2o districto da subdelegacia de policia da freguezia de Santa Rita da Lagoa de Cima. Por essa mesma lei se ordenou que servisse provisoriamente de matriz a capella do cidadão Pedro Nolasco Pessanha, até se fazer nova igreja

no lugar denominado Quilombo, designado para séde da nova freguezia.

Tem de superficie 793,34 k. quadrados, com 1,197 casas habitadas.

A sua população era em 1880 de 8,047 almas, sendo livres 5,949 (incluidos 257 ingenuos) e 2,098 escravos. Distribuidos pelas profissões que exercem:

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Havia no mesmo anno de 1880 na parochia uma escola publica e outra particular de instrucção primaria para o sexo masculino. Para o sexo feminino nenhuma. A matricula das primeiras subia a 632, dos quaes 49 ingenuos, e a sua frequencia era apenas de 79. Havia entretanto 785 meninas, das quaes 35 ingenuas, inscriptas, que não tinham onde beber a instrucção!

Os terrenos da freguezia, que se estendem ás serrras do Imbé, Zamba e Macabú, são na maxima parte paludosos, atravessados pela via ferrea de Campos a Macahé.

A vegetação que as reveste é uma especie de junco, que se propaga de modo prodigioso e constitue um constante elemento de febres palustres, a que denominam sezões, e que deixam uma invencivel cachexia, com hypertrophia do baço, de preferencia á do figado, e não raro das duas visceras.

O fumo, que produz maravilhosamente nas terras mais altas do sertão de Macabú, é entretanto cultivado e aproveitado apenas em escala insignificante. O plantio do café tem-se propagado nella. As culturas porém mais em uso na freguezia são a da mandioca, do milho e do feijão: ha mais de 120 pequenos estabelecimentos d'essas lavouras. Ha na parte baixa 21 fazendas de assucar e aguardente, das quaes as mais notaveis pela sua importancia são a do Guriry, dos herdeiros do commendador Joaquim Ribeiro de Castro, e a da Batalha, actualmente do snr. cons. João de Almeida Pereira Filho e que pertenceu outr'ora a d. Isabel Marques de Moraes.

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§ 9.°

A freguezia de N. Senhora da Natividade do Carangola, creada pela lei provincial n. 636, de 23 de agosto de 1853, teve a invocação que tem pela lei n. 1,244, de 14 de dezembro de 1861, que completou a disposição da lei precedente.

Constituia antes d'esses actos legislativos o 2.° districto de paz da freguezia de Guarulhos, creado por deliberação do governo provincial de 12 de agosto de 1844.

A sua extensão mede 793,34 k. quadrados de superficie, com uma população livre de 3,995 almas, contando 389 ingenuos, e 1,764 captivos, fazendo um total de 5,759 habitantes. Ha na parochia 670 casas habitadas, entre essas 33 armazens commerciaes e 20 predios occupados por varias industrias.

Dr. João Baptista Cortines Laxe, Regimento das Camaras Municipaes.

Segundo os misteres em que se emprega divide-se

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Quanto ao estado intellectual:

Dos livres sabem ler-623, os mais, tanto livres como escravos, são analphabetos.

Ha na parochia duas escolas publicas e uma particular de primeiras lettras para meninos e nenhuma para meninas. De 720 alumnos matriculados nas primeiras, entre os quaes 60 ingenuos, só 94 as frequentaram em 1880. Havia entretanto 307 meninas, entre as quaes 25 ingenuas, que não receberam instrucção.

A séde d'esta freguezia assenta em um local aprazivel e contém uma população superior á de muitas villas do interior do Imperio, com um commercio florescente, que certamente a estrada ferrea do Carangola fará mais e mais avultar e desenvolver-se.

Distante 6 k. da sua séde, conta a parochia outro importante nucleo de população no denominado Arrayal de Santo Antonio.

Os seus primeiros estabelecimentos agricolas consagrados ao cultivo do café deve-os a freguezia a importantes familias mineiras que a revolução de 1842 fez emigrar da provincia para aquelles invios, posto que feracissimos sertões e para os do Itabapuana.

Aproveitando-me da mais proxima fonte de informações que a respeito da Natividade do Carangola encontrei de momento, o Almanak de Campos, direi resumidamente. de suas terras o que desenvolvidamente poderá ali encontrar o leitor mais curioso.

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